MARIANA NARRANDO. Aqui estou eu outra vez, parecia uma menina boba apaixonada, mesmo depois de tudo o que aconteceu com o Heitor, eu não consigo esquecer ele e só de suspeitar que ele tem alguém me causa um desespero muito grande. Coloquei um vestido rose, franzido de alcinha, passei o meu melhor perfume, soltei os meus cabelos e subi em cima de um salto não muito alto. Ouço uma buzina e com certeza era ele, desci as escadas e a Dolores estava na porta com um sorriso maravilhoso.— Não tenha pressa de voltar para casa. — Ela disse saltitante.— Boba, vai ser apenas um almoço, daqui a pouco estou de volta.— Vai com Deus. — Ela respondeu e fechou a porta.Ele desce do carro vestido com uma polo branca, calça jeans escura e óculos de sol. Ele segurava um buquê de rosas vermelhas e quando se aproximou, ele me segurou firme pela cintura puxando o meu corpo para o dele e falou no meu ouvido.— Feliz aniversário meu amor, espero que seu dia seja incrível. — A voz rouca dele no meu ouvido m
MARIANA NARRANDO. — Mariana, Mariana. — Heitor me chamava enquanto me sacudia. — Quem é no telefone? — A Dolores, ela disse que a minha irmã está lá em casa e que está toda machucada. — Sua irmã? — Ele questionou e eu afirmei com a cabeça. — Mari, não é o momento agora de irmos para casa, precisamos descobrir quem é a pessoa que esta vindo visitar a nossa filha. — E você ainda tem dúvida de quem seja Heitor? É aquele maldito do Thomas, aquele homem nunca vai me deixar em paz e agora está tocando na minha família. — Falo com os olhos cheios de lágrima. — Olha para mim Mariana, na nossa filha e em você eu prometo que ele nunca mais irá colocar a mão. Nunca mais, você está me entendendo? — Ele falou segurando o meu rosto com as mãos. O médico responsável pelo hospital chegou na UTI e a afeição dele não era nada boa. — Boa tarde, o que aconteceu aqui? — O que aconteceu é que a meses atrás um homem tentou sequestrar a minha mulher aqui dentro e agora
THOMAS NARRANDO. — Quem é? — Lívia fala por trás do portão. — Thomas. — Respondo e jogo a bituca do cigarro no chão. — O que você quer? A Mariana não está aqui. — Eu não vim atrás da Mariana, quero apenas conversar com você. — Não tenho nada para conversar com você, por favor vá embora. — Se você não abrir, eu entro a força, você que sabe. Daqui do lado de fora eu conseguia sentir o cheiro do medo dela e ela tinha razão de sentir medo, não estou aqui para brincadeira. — Abre a porra desse portão Livia. — Vai embora, pelo amor de Deus. — Ela chorou. — Eu te dei a opção de abrir, já que você não quis, então eu vou arrombar. Quando levantei o pé para arrombar o portão, ouvi o barulho e então o portão se abriu. — Me deixa em paz, eu não tenho nada haver com isso. — Já era Livia, entra na porra do carro. A Mariana vai aprender que quem mexe com fogo, se queima. 40 DIAS DEPOIS... — Para, pelo amor de Deus Thomas. — Prest
HEITOR NARRANDO. É serio mesmo que a irmã da Mariana pensou que eu fosse acreditar nessa história? Dessa vez o Thomas foi burro. Eu poderia ter acabado com esse plano ridículo hoje mesmo, a primeira perguntaria que eu iria fazer era como ela tinha achado a nossa casa? Só que eu vou ficar de olho nela e ficar atento aos próximos passos do Dimitri e Thomas.— Mari, hoje foi um dia muito intenso, vá descansar um pouco. — Me aproximo dela.— Eu vou sim, a minha mente está uma loucura, você fica aqui hoje? — Ela pergunta e eu afirmo que sim.— Preciso apenas fazer algumas ligações e em seguida vou subir.— Tá, fico te esperando então.Fico observando ela subir as escadas e em seguida eu subo atrás, fico no corredor esperando a Dolores sair de um dos quartos e quando ela me vê, eu a chamo com o dedo.— Presta atenção, você vai ficar de olho nessa menina, o tempo inteiro.— Porque? — Dolores me questionou.— Eu não confio nessa menina, isso é um segredo entre nós dois, não posso permitir qu
MARIANA NARRANDO. Acordo sentindo o braço do Heitor pesar em cima do meu corpo, levanto o braço dele devagar e fico de frente com ele. Fico ali quieta, observando ele dormir e me assusto quando ele fala ainda de olhos fechados.— Vai ficar me olhando mesmo? — Em seguida ele sorriu.— Que susto, faz tempo que você está acordado?— Tempo suficiente para saber que você está me observando. — Ele abriu os olhos e me roubou um beijo.— Peguei no sono sem tomar banho.— E você continua cheirosa do mesmo jeito. — Ele disse e passou a mão pela minha bunda.— Não senhor, nada de sexo matinal.— Rapidinho, por favor, fiquei tanto tempo longe desse corpo..— Não, vai já pro banho, eu estou morrendo de fome e quero tomar café da manhã do seu lado. — Brinquei.— Sim senhora. — Ele respondeu e levantou da cama rapidinho.Me sento na cama e fico lembrando da nossa noite, de como ele consegue me enlouquecer de tanto prazer. A porta do banheiro estava meio aberta, ele estava nu em baixo do chuveiro e
HEITOR NARRANDO. — Bom dia para você também papai. — Respondo lendo o meu jornal.— Estou te ligando desde ontem a noite.— Eu sei, vi a sua ligação, apenas não quis estragar a minha noite. — Respondo e dobro o jornal colocando em cima da mesa.— O seu irmão foi sequestrado e você aqui brincando de casinha.— Como assim o Enrico foi sequestrado? — Me exaltei.— Isso mesmo, Dimitri pegou o seu irmão.— Que desgraçado do caralho. — Grito e bato as duas mãos na mesa.— Está na hora de você abrir a boca e nos dizer aonde vamos encontrar o meu filho. — O meu pai falou e apontou para a Mariana.— A Mariana não tem nada haver com isso pai.— Não mesmo, eu estou presa nessa casa a dias, o único lugar que eu consigo ir é ao hospital e mesmo assim o Heitor vai junto comigo.— Pai, você sabe muito bem que essa briga com o Dimitri é antiga, aonde que pegaram o Enrico?— No puteiro.— Porra, no puteiro? Ai é foda também. — Levanto nervoso da mesa.— Mariana, preciso sair, fique em casa hoje. — Me
HEITOR NARRANDO. Quando chego na frente do galpão, a movimentação era grande. Vários carros estacionados e muitos homens entrando, quando eu paro o carro lá dentro vejo todos empenhados carregando as vans, todos com roupas pretas e com sangue nos olhos contra o Dimitri.Olho para cima e vejo o meu pai olhando tudo, subo e paro ao lado dele.— Você sabe que não vai não é? — Falo e ele me olha.— É o meu filho, por vocês dois eu vou até o inferno. — Ele respondeu sem tirar os olhos da movimentação dos homens— Você não tem saúde e muito menos idade para isso, vai acabar atrapalhando. Por favor, vai para casa.— Ir para casa não é uma opção Heitor.— Eu sou a porra do chefe, você vai para casa ou então tudo está cancelado. — Respondo e viro as costas.— E você vai ter coragem de deixar o seu irmão nas mãos do Dimitri?— E você vai me fazer escolher entre enterrar você ou o Enrico? — Respondi ainda de costas para ele.Não fiquei para ouvir a resposta, eu não deixaria o Enrico lá, de jeit
THOMAS NARRANDO. — Gostosa. — Dou um tapa na bunda da p.uta que passou por mim.Já tinha um tempo que não eu comia uma mulher com vontade mas, era só eu fechar os olhos que o rosto da Mariana aparecia na minha mente. Jamais irei perdoar o que ela fez comigo!No outro dia pela manhã, acordei no chão da cozinha, todo vomitado. Seguro a cabeça com as mãos sentindo dor, levanto com dificuldade, subo as escadas e vou direto para o banheiro. Depois de recuperar toda a minha dignidade no banho, saio enrolado na toalha e pego o meu celular. Ligo para a Lívia e ela não atende, ligo novamente e ela não atende.— Vadia.Coloco uma roupa, mando uma mensagem para a mulher que limpa aqui e desço. Deixo algumas notas de dinheiro em cima da bancada e saio de casa. Antes de entrar no galpão, eu ligo mais uma vez para a Lívia, dessa vez ela atende.~ início de ligação. ~— Eu não consigo ficar falando com você Thomas. — Ela cochichou.— Quando eu ligar, você precisa se virar para atender, como está as