MARIANA NARRANDO.Eu sai daquele quarto arrasada, realmente não poderia acontecer, só que eu também não queria ouvir que ele não queria se envolver comigo.Quando entrei no meu quarto, eu estava totalmente diferente de quando eu sai daqui. Sai alegre e voltei triste, parei em frente ao espelho e vejo que as lágrimas borraram toda a minha maquinagem.Qual é o problema comigo? Que insegurança é essa que estou sentindo? — Eu sento no chão e abraço as minhas pernas chorando.Porque esse sentimento estranho dentro de mim? Porque o fato de saber que ele me rejeita dói? Isso é amor?Eu me lembro que todas as brigas que eu tinha com o Thomas, a minha mãe sempre enxugava as minhas lágrimas e ela me dizia.— Minha filha, o amor não machuca. — Repito aquelas palavras em meio ao choro.Ah, se eu tivesse escutado a minha mãe e eu jurei no caixão dela que eu iria ser feliz, mas olha para mim, chorando por outro homem.Levanto do chão, entro em baixo do chuveiro e começo a me esfregar para tirar aqu
HEITOR NARRANDO. — Droga! — Falo assim que ela sai do meu quarto.— Isso não vai voltar a se repetir. — Respondo, pego a minha roupa que ficou no chão e vou direto para o banheiro.Ligo o chuveiro e entro de baixo, que porra eu não posso mas me aproximar dessa mulher. O problema é esquecer, esquecer tudo o que aconteceu. Me seco e vou direto para a cama. Confesso que me esforcei muito para pegar no sono, com muito custo consegui. Mas, sabe quando você está dormindo e lá no fundo você escuta um barulho, abro os olhos devagar e quando caio na real, era o meu celular tocando, nem vi quem era, apenas atendi.~ início de ligação. ~— Alo. — Atendo ainda sonolento.— Bom dia filho. — Era o meu pai, respiro fundo e respondo:— Bom dia pai.— Tudo bem? E a Mariana como está? Dormindo ainda?— Sim pai, tudo bem, Mariana está... ela está tomando banho. — Menti.— Eu quero te parabenizar, ela é muito bonita e educada, vocês formam um casal lindo.— Obrigado pai.— Inclusive hoje é inauguração d
MARIANA NARRANDO. O Heitor me apresentou como noiva dele para todos os amigos que estavam no camarote, inclusive a advogada dele, que por sinal é muito bonita.— Carolina, essa é a Mariana, minha noiva. — A moça sorri e me cumprimenta com um beijo no rosto.— Prazer, Carolina. — Ela fala.— Prazer, eu sou a Mariana.Até que o clima na boate estava agradável, o Heitor estava mais relaxado. A roupa que ele estava vestindo era diferente das quais estou acostumada ver ele usando, parecia que o sorriso dele se destacava usando essas roupas.— Você quer beber algo? — Ele perguntou no meu ouvido por conta do barulho da música.— Quero sim, pode ser gin com frutas.— Vou até o bar pegar, me espere. — Ele fala e vira as costas.Apoio os meus braços na grade e fico observando o pessoal que estava no andar de baixo, muitas mulheres bonitas e elegantes. A Carolina, a tal da advogada encostou do meu lado.— E então, como vai o noivado? Ouvi dizer que ganhou um anel maravilhoso.— Vai tudo bem, o
MARIANA NARRANDO. — Quer acabar com essa noite no meu quarto? — Ele perguntou baixinho no meu ouvido e eu só confirmei com a cabeça.Eu precisava do som da voz dele nos meus ouvidos, ela era capaz de me fazer entrar em combustão espontânea, me fazia pirar e desejar muito mais...Os nossos beijos já foram se intensificando ali mesmo, as mãos dele deslivazam pelo meu corpo que ainda estava vestido. Subimos a escada quase tropeçando um no outro.Eu já entrei no quarto desabotando a camisa dele e ele foi abrindo o ziper do meu vestido.Eu amava o cheiro do corpo dele, e a forma como o Heitor chupava o meu pescoço com toda aquela violência, me deixava derreter em sua mãos e em seus abraços e em suas puxadas de cabelo.Eu não sei qual era o limite que eu estava tentando encontrar. Eu me entregava inteiramente para ele e me deixava levar pelo toque de suas mãos quentes passando em mim.As mãos dele... ah as mãos dele... elas me levavam a loucura e eu ficava esperançosa por mais, mais dele e
THOMAS NARRANDO.Nenhum sinal da Mariana, tenho procurado ela em todos os lugares, fui em hospitais, delegacias e até o IML. Mas, nada, nem sinal. A minha vida tem sido essa, a noite eu não consigo pregar o olho, fico sentado no sofá da sala com o cigarro na boca e para me manter acordado eu acabo cheirando cocaína, essa desgraçada que não volta logo para casa. Aonde será que ela se enfiou, não é possível que ela está conseguindo se virar na rua, sem dinheiro e so com a roupa do corpo.O Dimitri também não desiste de ir atrás do Heitor, ele é fissurado nesse homem e enquanto Heitor não estiver morto, Dimitri não irá descansar.Tomo um banho e vou direto para o galpão. Quando chego, vejo que está todo mundo meio calado, cochichando um com o outro.— Que mimimi do caralho é esse? Parecem mulher fazendo fofoca. — Falo nervoso e eles apenas tentam disfarçar.Quando subo para a sala do Dimitri, vejo ele e o Gabriela com a cara fechada.— O que está acontecendo? Tá um cochicho lá em baixo.
MARIANA NARRANDO. Me aconcheguei novamente na cama, o céu ainda estava escuro quando o despertador tocou e eu não precisava levantar tão cedo. O semblante do Heitor me passava um sentimento de paz, fechei os olhos novamente e peguei no sono.Quando acordei, a cama estava vazia, o sol já batia na janela, levanto da cama e me enrolo no lenço.— Heitor. — O chamo.Olho no banheiro, no closet e nem sinal dele. Onde será que ele está? Acho que se ele tivesse saído, teria me avisado. Pego o meu celular, nenhuma mensagem. Será que ele não gostou da nossa noite. Já com esses pensamentos na cabeça, pego o meu vestido coloco, pego as minhas sandálias na mão e quando vou abrir a porta vejo um papel e uma caneta em cima da mesa que ficava do outro lado do quarto. Me aproximo e pego o pedaço de papel na mão.Você estava dormindo profundamente, não quis te acordar. Não pense que eu sou aquele tipo de homem que some no dia seguinte, tenho um compromisso importante na França e volto em dois dias, qu
HEITOR NARRANDO. Ela estava deitada, completamente nua e mais linda do que o normal. Queria poder ficar aqui, só que eu preciso ir para a França, essa reunião está marcada há muito tempo e eu não podia faltar. É uma união que a La Rosa precisa nesse momento.Levanto devagar, evitando fazer qualquer barulho. Vou para o banheiro, tomo um banho, me troco e pego a minha mala que já estava pronta. Não posso sair sem deixar um recado, o que ela irá pensar sobre mim, então escrevo o bilhete deixo em cima da mesa e desço.— Bom dia Senhor Heitor. — Dolores fala quando chego na sala.— Bom dia Dolores, não irei tomar café hoje, apenas para a Mariana, ela ainda está dormindo.— Ah tudo bem, o senhor irá viajar não é?— Sim, não posso perder essa viagem, volto em dois dias.— Deus te acompanhe senhor Heitor.— Amém Dolores, até mais.O Francisco já me esperava do lado de fora do carro, quando me viu abriu a porta.— Bom dia.— Bom dia Francisco, tudo pronto?— Tudo pronto senhor Heitor, já pode
HEITOR NARRANDO.TRÊS MESES DEPOIS... Eu ainda estou me recuperando, eu passei por três cirurgias delicadas, uma bala se alojou próximo ao meu coração, fiquei em coma e fiquei mais de um mês internado. Permaneço na França, aqui até o momento é o lugar mais seguro, tenho contato apenas com o meu pai e por ele fico sabendo das notícias. A La Rosa está fraca, depois que me atacaram as coisas não ficaram muito legais. Eu ainda não estou 100% recuperado, me lembro dos dias terríveis que tive no hospital, das dores e de como eu desejava a minha casa. O Francisco já estava bem, ele também ficou um tempo internado mas já está recuperado. Eu pedi para que puxasse nome por nome daqueles homens que estavam dentro do carro, eu quero saber quem são porque eu vou derrubar um por um.Assim que o fisioterapeuta saiu do quarto, o Francisco apareceu e eu afirmei com a cabeça para que ele entrasse.— Senhor, as notícias que eu tenho não são boas. — A afeição dele não era boa.— O que houve Francisco? —