HEITOR NARRANDO. ~ início de ligação. ~ — Heitor? — Enrico atendeu. — Preciso de você. — Aonde eu te encontro? — Vou te mandar a localização. — Ok. — Ele respondeu e eu desliguei. ~ fim de ligação. ~ Eu mandei a localização para o Enrico, enfiei o pé no acelerador e fui atrás da Mariana. É claro que eu pensei que poderia ser uma armadilha, mas essa informação é tudo o que eu tenho, eu preciso arriscar. A única igreja com uma praça que tinha, ficava a 28 minutos da nossa casa, eu não quis saber de nenhum tipo de farol ou sinalização que fosse. Eu queria achar a Mariana. Quando cheguei na rua em que ficava a tal praça, comecei a olhar todas as casas abandonadas que tinha ali, os meus olhos eram certeiros, eu precisava ser certeiro e não podia aceitar mais nenhum tipo de erro. Vi o carro Enrico se aproximar do meu, ele parou o dele, desceu e entrou no meu. — E aqui que a Mariana está? — A irmã dela confessou tudo, disse que acha que ela está
HEITOR NARRANDO. Ela tem razão, o seu ego vai ter matar. — Eu disse com a arma apontada para eles. — He,hei,heitor... — Carolina gaguejou. — Que facada nas costas em Carolina, você sempre foi de confiança. — Heitor, calma, não é isso o que você está pensando. — Carolina se desesperou. — Não? Então você está me dizendo que a Mariana esta mentindo? Está dizendo que o que ouvi agora de vocês dois é mentira? — Se você já sabe o caralho do alfabeto todo, porque você fica se fazendo de idiota. — Thomas disse. Eu apontei a arma e atirei no joelho dele. Ele gritou e a Carolina abaixou chorando para ajuda-lo. — Abaixa sua bola para falar comigo. Entra na porra do carro. — Eu disse apontando com a arma. Carolina arrastou ele até o carro, abriu a porta do carro e colocou Thomas dentro. Ele gemia de dor. — Dirige Carolina. — Eu joguei a chave para ela. Eu abri a porta do carro, entrei e coloquei a arma na cabeça dela. — Sem gracinha, se não v
HEITOR NARRANDO. Eu tomei um banho ali mesmo no galpão, coloquei uma roupa limpa e fui direto para o hospital. Quando entrei, perguntei para a recepcionista o quarto em que Mariana estava, ela informou e eu fui. Quando entrei no quarto, Enrico estava sentado, quando me viu levantou e pegou na minha mão.— Obrigado por ficar com ela.— Não precisa me agradecer, eu sei que você faria o mesmo por mim, vou para casa e tirar essa roupa suja.— Vai lá. — Eu respondi e ele saiu do quarto.Andei até a cama da Mariana, peguei na sua mão e ela estava dormindo. Com o rosto todo machucado, o corpo cheio de hematomas roxos. Me partiu o coração ver ela dessa forma, saber que ela sofreu porque eu fui burro.— Heitor.. — Ela disse com a voz fraca.— Estou aqui meu amor.— O meu corpo dói..— Eu sei, agora vai ficar tudo bem, esse pesadelo acabou.— O que você quer dizer com isso? Como esse pesadelo acabou?— Thomas está morto Mariana, ele nunca mais irá tocar em você.Mariana começou a chorar, eu po
MARIANA NARRANDO. - 2 MESES DEPOIS. Não vou mentir que tomar essa decisão me machucou demais, eu amo o Heitor com todo o meu coração, mais eu não tinha forças para viver ao lado dele, ter a vida perigosa que ele tem. Tudo bem que todo o mal que eu sofri foi devido ao Thomas, mais quem me garante que no futuro um novo inimigo dele iria aparecer e fazer tudo de novo. Eu juntei as minhas roupas, peguei um voô para Los Angeles, aluguei um apartamento no centro da cidade e dei adeus para uma vida que eu não queria viver. Eu senti falta do Heitor todos os dias, não existiu um só dia no qual eu não chorei de saudade, mais eu não liguei para ele e também não recebi nenhuma ligação dele. Tentei viver a minha vida, eu ainda tinha dinheiro guardado, eu conheci todos os pontos turísticos da cidade, fui em alguns restaurantes, saia para fazer compras, assisti algumas séries e a maioria das minhas noites acabava em vinho e choro de saudade.Nos últimos dias eu ando sentindo muitos enjoos, fui ao m
MARIANA NARRANDO. — O que você está fazendo aqui?— Eu preciso conversar com você. — Federico, pai do Heitor disse.— Como você me achou Federico?— Não é difícil achar alguém Mariana. Eu posso entrar? Ele disse olhando para a minha mão.Eu coloquei a mão com o teste nas costas e abri a porta para ele entrar.— O que você quer comigo? — Eu disse— Eu não vim atrás de confusão, eu só quero conversar com você, eu vim aqui hoje como um pai que quer o bem de seu filho.— Aconteceu alguma coisa com o Heitor?— Aconteceu Mariana, eu estou perdendo o meu filho.— Perdendo o seu filho? Como assim? O que houve? — Eu me exaltei.— Desde que você foi embora, ele caiu em um poço sem fundo.— Federico, você queria me ver longe da vida do seu filho, você deixou claro isso para todo mundo, então por favor eu não quero saber o que está acontecendo lá, vá embora. — Eu disse e me levantei.— Eu sei que errei Mariana, mais por favor me escuta, me escuta. — Ele exaltou a voz e senti que ela estava embar
MARIANA NARRANDO. Eu passei o voo inteiro calada, tentando confiar que essa escolha realmente foi certa. Quando nós chegamos na Itália, um carro já nós esperava fora do aeroporto. Não era muito longe de casa, quando carro parou na porta, eu abri a porta e desci.— Você quer que eu desça também.? — Federico perguntou.— Não precisa, eu não sou nenhum risco para o Heitor, qualquer problema eu te ligo.— Então tudo bem, obrigada Mariana.— Não precisa me agradecer.A casa por fora estava tomada por matos, um segurança abriu o portão e eu entrei.— Só tem você aqui? — Perguntei.— De funcionário apenas eu senhora.Eu subi a escadaria puxando as minhas malas, abri a porta e encontrei tudo fechado. A casa estava tomada pelo pó, tinha várias coisas quebradas pelo chão. Realmente parecia uma casa abandonada, não tinha sinal de vida ali dentro, as cortinas estavam fechadas.— Heitor? — Eu o chamei.Ele não me respondeu, eu subi as escadas, tinha roupa suja jogada pelo corredor, pinos de cocaí
MARIANA NARRANDO. Tudo parecia um verdadeiro sonho, o Heitor levantou-se depois da minha chegada, tudo tinha voltado para o seu devido lugar. Nos primeiros exames descobrimos que dentro de mim batia três corações, isso mesmo nós estamos esperando gêmeos. Eu estava focada na minha gravidez, fazendo tudo corretamente certo e o Heitor estava sendo o melhor pai do mundo. Hoje foi mais um dia no qual jantamos juntos, subimos para o nosso quarto e após o banho ele procurou meu rosto, me beijando delicadamente, depois procurou minha boca, onde ficamos enroscados num beijo cada vez mais quente, eu me virando e acomodando melhor para nos encaixarmos melhor na posição, estranhamente, ficamos muito tempo assim, apenas ele pegou a minha mão e levou por dentro da cueca dele, onde eu segurei levemente e ia aumentando a pressão dos meus dedos naquele pau dele que estava todo quente, carnudo e que pulsava e aumentava na minha mão, então senti a mão dele por baixo nas minhas pernas, num toque sutil,
MARIANA NARRANDO. - 7 MESES DEPOIS..Sentir o cheiro de álcool dessa sala me trazia várias lembranças, lembranças essas que por muito tempo me matou por dentro. Foi nesse mesmo hospital que eu tive a Pérola, foi nesse mesmo hospital que ela deu o último sopro de vida dela. Agora estamos aqui, Heitor e eu esperando os nossos meninos Henrique e Henry.Conseguimos chegar as 37 semanas, com 33 semanas eu comecei a ter sangramento, o meu médico me fez ter repouso total, me medicando sempre e em uma consulta de rotina com o médico, a minha bolsa resolveu estourar enquanto ele fazia a última ultrassom. Não achamos seguro fazer um parto normal, com isso decidimos a cesarea e aqui estamos nós. Eu entrei na sala de cirurgia andando, com as enfermeiras segurando a minha mão, elas me colocaram sentada na mesa e em seguida o cirurgião entrou.— Fica tranquila, tudo dará certo. — Ele me tranquilizou.— Será que eu posso abraçar alguém enquanto você me anestesia?— Claro que sim querida, estou aqui