MARIANA NARRANDO. - 2 MESES DEPOIS. Não vou mentir que tomar essa decisão me machucou demais, eu amo o Heitor com todo o meu coração, mais eu não tinha forças para viver ao lado dele, ter a vida perigosa que ele tem. Tudo bem que todo o mal que eu sofri foi devido ao Thomas, mais quem me garante que no futuro um novo inimigo dele iria aparecer e fazer tudo de novo. Eu juntei as minhas roupas, peguei um voô para Los Angeles, aluguei um apartamento no centro da cidade e dei adeus para uma vida que eu não queria viver. Eu senti falta do Heitor todos os dias, não existiu um só dia no qual eu não chorei de saudade, mais eu não liguei para ele e também não recebi nenhuma ligação dele. Tentei viver a minha vida, eu ainda tinha dinheiro guardado, eu conheci todos os pontos turísticos da cidade, fui em alguns restaurantes, saia para fazer compras, assisti algumas séries e a maioria das minhas noites acabava em vinho e choro de saudade.Nos últimos dias eu ando sentindo muitos enjoos, fui ao m
MARIANA NARRANDO. — O que você está fazendo aqui?— Eu preciso conversar com você. — Federico, pai do Heitor disse.— Como você me achou Federico?— Não é difícil achar alguém Mariana. Eu posso entrar? Ele disse olhando para a minha mão.Eu coloquei a mão com o teste nas costas e abri a porta para ele entrar.— O que você quer comigo? — Eu disse— Eu não vim atrás de confusão, eu só quero conversar com você, eu vim aqui hoje como um pai que quer o bem de seu filho.— Aconteceu alguma coisa com o Heitor?— Aconteceu Mariana, eu estou perdendo o meu filho.— Perdendo o seu filho? Como assim? O que houve? — Eu me exaltei.— Desde que você foi embora, ele caiu em um poço sem fundo.— Federico, você queria me ver longe da vida do seu filho, você deixou claro isso para todo mundo, então por favor eu não quero saber o que está acontecendo lá, vá embora. — Eu disse e me levantei.— Eu sei que errei Mariana, mais por favor me escuta, me escuta. — Ele exaltou a voz e senti que ela estava embar
MARIANA NARRANDO. Eu passei o voo inteiro calada, tentando confiar que essa escolha realmente foi certa. Quando nós chegamos na Itália, um carro já nós esperava fora do aeroporto. Não era muito longe de casa, quando carro parou na porta, eu abri a porta e desci.— Você quer que eu desça também.? — Federico perguntou.— Não precisa, eu não sou nenhum risco para o Heitor, qualquer problema eu te ligo.— Então tudo bem, obrigada Mariana.— Não precisa me agradecer.A casa por fora estava tomada por matos, um segurança abriu o portão e eu entrei.— Só tem você aqui? — Perguntei.— De funcionário apenas eu senhora.Eu subi a escadaria puxando as minhas malas, abri a porta e encontrei tudo fechado. A casa estava tomada pelo pó, tinha várias coisas quebradas pelo chão. Realmente parecia uma casa abandonada, não tinha sinal de vida ali dentro, as cortinas estavam fechadas.— Heitor? — Eu o chamei.Ele não me respondeu, eu subi as escadas, tinha roupa suja jogada pelo corredor, pinos de cocaí
MARIANA NARRANDO. Tudo parecia um verdadeiro sonho, o Heitor levantou-se depois da minha chegada, tudo tinha voltado para o seu devido lugar. Nos primeiros exames descobrimos que dentro de mim batia três corações, isso mesmo nós estamos esperando gêmeos. Eu estava focada na minha gravidez, fazendo tudo corretamente certo e o Heitor estava sendo o melhor pai do mundo. Hoje foi mais um dia no qual jantamos juntos, subimos para o nosso quarto e após o banho ele procurou meu rosto, me beijando delicadamente, depois procurou minha boca, onde ficamos enroscados num beijo cada vez mais quente, eu me virando e acomodando melhor para nos encaixarmos melhor na posição, estranhamente, ficamos muito tempo assim, apenas ele pegou a minha mão e levou por dentro da cueca dele, onde eu segurei levemente e ia aumentando a pressão dos meus dedos naquele pau dele que estava todo quente, carnudo e que pulsava e aumentava na minha mão, então senti a mão dele por baixo nas minhas pernas, num toque sutil,
MARIANA NARRANDO. - 7 MESES DEPOIS..Sentir o cheiro de álcool dessa sala me trazia várias lembranças, lembranças essas que por muito tempo me matou por dentro. Foi nesse mesmo hospital que eu tive a Pérola, foi nesse mesmo hospital que ela deu o último sopro de vida dela. Agora estamos aqui, Heitor e eu esperando os nossos meninos Henrique e Henry.Conseguimos chegar as 37 semanas, com 33 semanas eu comecei a ter sangramento, o meu médico me fez ter repouso total, me medicando sempre e em uma consulta de rotina com o médico, a minha bolsa resolveu estourar enquanto ele fazia a última ultrassom. Não achamos seguro fazer um parto normal, com isso decidimos a cesarea e aqui estamos nós. Eu entrei na sala de cirurgia andando, com as enfermeiras segurando a minha mão, elas me colocaram sentada na mesa e em seguida o cirurgião entrou.— Fica tranquila, tudo dará certo. — Ele me tranquilizou.— Será que eu posso abraçar alguém enquanto você me anestesia?— Claro que sim querida, estou aqui
ALERTA GATILHO!!!ALERTA GATILHO!!!ALERTA GATILHO!!!ISADORA NARRANDO ~— Carlos: Eu vou te ensinar como você vai me respeitar. — Ele disse me dando mais um tapa.Esse inferno é assim quase todos os dias..Meu nome é Isadora, tenho 22 anos e desde o dia que a minha mãe foi internada por causa daquele maldito cancêr o desgraçado do marido dela chega todos os dias bêbado.Ela esta internada a 22 dias e desde então ele que fica com o cartão que cai o dinheiro da aposentadoria dela, ele não compra comida, não paga as contas e só sabe viver drogado e bêbado.Quando chega em casa quer comida pronta, mais não tem um grão de arroz se quer no armário.— Isadora: Eu to de saco cheio de você. — Eu gritei enquanto ele me segurava pelo cabelo.— Carlos: Não tenho nada haver com isso, eu quero a porra da comida pronta quando eu chegar.— Isadora: Compra a merda da comida que eu faço.— Carlos: Você tem que dar o seu jeito, sua vagabunda, eu passei anos sustentando você.A minha mãe sempre se impor
ISADORA NARRANDO. Continuei ali do lado da minha mãe, aproveitando cada segundo ao lado dela, porque eu sabia que seria o último, e que depois de toda terra jogada em cima dela naquele cemitério, mais do que nunca, seria eu por mim mesma. Não é fácil, mas Deus sabe de todas as coisas, e é exatamente nesses momentos que encontramos com uma fortaleza que na maioria das vezes nem imaginamos que temos, e que realmente existe dentro de nós. Minha mãe estava muito diferente, bem amarela, gelada, e já nem dava mais para sentir o seu perfume, muito menos ouvi-la gritar comigo pra não sair de casa com um short tão curto. Todos esses anos depois que ela conheceu esse maldito desse Carlos, eu via o brilho dela sumindo dia após dia, e ela ia se tornando exatamente aquilo que ele queria que ela se tornasse, e em cada um desses dias, ia se distaciando um pouco mais de mim, porque segundo ele, tudo que eu contava para ela tinha um único objetivo: fazer ela terminar com ele. O amor deixa
ISADORA NARRANDO — ALGUNS DIAS DEPOIS... O inferno permanecia, só que dessa vez muito pior, porque não dava sinal nenhum de melhora, muito pelo contrário... O maldito do Carlos agora deu de trazer as drogas da rua para dentro de casa, não esperou se quer o corpo da minha mãe esfriar. Fora isso, tá trazendo também qualquer mulher que ele encontra por aí, e bêbado traz pra dormir aqui também. Passei a noite inteira ouvindo ele transar com uma mulher na sala, sem medo nenhum de que eu passasse lá e visse alguma coisa, com uma liberdade tão grande que parece que ele mora sozinho. E por incrível que pareça gemia tão alto que foi impossível eu dormir. Quando eu acordei, me troquei e sai do quarto, ele estava lá jogado no chão, uma mulher estava pelada no sofá e vários pinos de pó vazios jogados pela sala. — Isadora: Eu sinto nojo de você, maldita hora que a minha mãe te colocou dentro de casa — Eu gritei bem alto. — Carlos: Cala a porra dessa boca, não está vendo que eu to dor