HEITOR NARRANDO. Chego no hotel em que estava hospedado muito bravo por ter caído no jogo da Mariana, tomo um banho rápido me troco e vou direto para a casa do meu pai. Já passava das 20:00 e com certeza o meu pai estava furioso. Estaciono o carro e vejo que na frente da casa tinha um carro diferente, com certeza é do Emerson. Toco a campainha e o Enrico abriu a porta. — Caralho, ele já perguntou de você 30 vezes. — Ele sussurra. — Peguei transito. — Sua futura noiva já chegou. — Ele brinca e eu respiro fundo. Antes de entrar na sala onde eles estavam conversando, paro no bar da entrada, viro uma dose de whisky de uma vez só para enfrentar o que estava por vim. — Boa noite. — Falo ao entrar na sala e encontrar todos no sofá conversando e rindo. — Heitor, filho, está atrasado. — Papai brinca. — Peguei trânsito. — Venha até aqui, esse aqui é o seu futuro sogro Emerson e essa moça linda é a Milena. — Ele — Boa noite Senhor Emerson. — Digo esten
MARIANA NARRANDO. A minha barriga já havia crescido, o Heitor não apareceu depois daquele dia mais. Eu venho me sentindo cada dia mais sozinha, porém tento não mostrar para a Dolores, a uma semana tenho tentado me arrumar para as refeições isso tem me ajudado a elevar a minha auto estima que estava baixa. Quando o Heitor apareceu e questionou sobre a mesa, eu vi ali uma forma de provocar ele. Só que quando ele falou sobre o jantar de noivado, percebi que ele me afetou mais do que eu a ele. — Você acha que ele seria capaz de se casar Dolores? Sabendo que estou aqui sozinha, grávida dele. — Falo chorando no colo da Dolores. — Mariana, se acalma, eu acho que ele não iria fazer isso, talvez foi uma forma de tentar te causar ciumes. — Não sei Dolores, ele sumiu, não vem aqui e terminou tudo entre nós dois. A Dolores não sabia mais como me acalmar, eu tinha até perdido a fome daquela noite, ela fez um chá, me deu um rémedio e eu acabei pegando no sono. Sente
HEITOR NARRANDO. — O que você está fazendo aqui? — Pergunto com raiva. — Fiquei sabendo que estava hospedado aqui a um tempo, pelo jeito você se separou e foi expulso de casa. — Anitta fala com um sorriso no rosto. — Estou separado sim, mas eu sai de casa por vontade própria e não fui expulso. — Não vai me convidar para entrar? — Felizmente não, estou de saída. — Respondo tentando sair do quarto e ela entrou na minha frente me impedindo de sair. — Com licença Anitta. — Falo sem paciência. — Poxa Heitor, qual foi, a gente se curtia tanto e por causa de nada você vai acabar com o que a gente tinha. — Era só sexo Anitta, acabou, bola pra frente. — Falo tentando sair do quarto novamente. — Só que para mim, não era apenas sexo, eu gosto de você. — Ela colocou o braço me impedindo de sair novamente e eu acabei perdendo a paciência. — Olha aqui, eu já não estou em um bom dia, então tira a porra do braço da minha frente antes que eu quebre ele. — Grito
MARIANA NARRANDO. — Olha só, o seu noivo está ligando. — Ele disse do lado de fora da cabine do banheiro. — Ele vai chegar aqui em poucos minutos Thomas, vai embora. — Mariana como você teve a capacidade de fazer isso comigo. Eu não queria causar raiva nele, seria pior. Eu conheço bem o Thomas e sei de tudo do que ele é capaz de fazer. — Não Thomas, calma não é o que você está pensando. — E o que eu estou pensando sim Mariana, na primeira oportunidade você abriu as pernas para outro homem. — Ele gritou e em seguida chutou a porta. A porta começou a rachar, naquele momento eu só conseguia chorar e passar a mão na minha barriga. — Você é uma safada, na primeira oportunidade que teve engravidou de outro, eu vou te matar Mariana, você vai apanhar tanto que vai se arrepender de um dia ter nascido. — Ele gritou e deu outro chute na porta. A porta não aguentou e abriu no meio, ali eu só tinha duas opções me render deixando ele me levar ou então tentar lutar
HEITOR NARRANDO. — Francisco olhe em cada canto desse hospital, não deixe passar nada. — Ordeno.— Pode deixar chefe. — Ele respondeu e começou a distribuir os homens pelo hospital.Enquanto os outros homens iam vasculhando, fui direto para a sala de segurança. Quando chego na frente da sala, vejo escrito na placa que era permitida apenas a entrada de funcionários. Óbvio que eu não iria bater na porta e ficar esperando a boa vontade de alguém aparecer. Abro e vejo um segurança com as pernas em cima da mesa e rindo para um vídeo engraçado no celular.— O senhor não pode entrar aqui. — O homem fala.Eu tiro a arma das costas, destravo e coloco na cabeça dele.— Eu quero ver as imagens de até 1:00 atrás e eu quero ver agora.— Calma, eu mostro, pode abaixar a arma, de qual andar o senhor precisa, tem alguns que estão fazendo manutenção nas cameras hoje. — A voz dele saiu tremula.— Quero da recepção e do andar da Dra Sabrina.As mãos do segurança tremiam, ele foi puxando a gravação e qu
HEITOR NARRANDO. Quando ouvi o grito dela, um frio percorreu por todo o meu corpo. Eu não pensei duas vezes e sai correndo feito um louco, quando entrei no quarto presenciei umas das piores cenas da minha vida, nunca em 27 anos uma cena me deixou paralisado da forma em que fiquei.A Mariana estava sentada na cama, havia sangue entre as suas pernas e na sua mão. Eu fiquei paralisado ao ver aquela cena, não conseguia me mexer.— Heitor, eu estou sangrando. — Ela chorou.— Ma, mariana, eu não sei o que fazer. — Gaguejei me aproximando dela.— Eu preciso ir para o hospital Heitor, acho que estou perdendo a bebê.Eu não tive outra reação a não ser pegar ela no colo, eu fui um pai ausente e logo agora que eu realmente me dei conta do meu erro essas coisas começam a acontecer.— Fica calma, nós vamos imediatamente para o hospital.Eu não podia perder tempo, desci as escadas correndo.— O que aconteceu? — Dolores perguntou desesperada.— Ela está sangrando Dolores, eu não sei o que fazer.—
HEITOR NARRANDO. Eu precisava de notícias, andando de um lado para o outro esperando ansioso alguma resposta. O meu coração está carregado de culpa, tudo o que fiz a Mariana passar sozinha durante esses 6 meses. Mesmo que tenha deixado ela sozinha na casa para que as minhas desconfianças não a machucassem, eu mesmo assim machuquei muito ela.A cirurgia demorou 45 minutos, foram 45 minutos de desespero e angustia. Quando vi a Doutora passando pela porta da sala de cirurgia, eu pensei que teria acontecido o pior.— E então Doutora?— Senhor Heitor, foi uma cirurgia muito delicada, a Mariana perdeu muito sangue e foi muito difícil controlar a hemorragia, ela está viva, porém a cirurgia foi bem delicada e agora ela requer muito cuidado.— E a Pérola?— A Pérola a situação dela é um pouco grave, ela é prematura, tem cardiopatia e ela realmente precisa um grande milagre, assim que nasceu a nossa pediatra já levou ela para a UTI e em breve irá conversar com vocês dois.— Graças a Deus, as d
HEITOR NARRANDO. Os últimos dias foram bem difíceis, a Mariana sentia muita dor tanto física quanto emocional, ela queria a filha, a sua pressão estava alta e enquanto ela não ficasse melhor, não estava liberada para descer na UTI. Ela passava o dia chorando, se lamentando e eu não sabia mais como acalma-lá.A enfermeira estava dando banho na Mariana, enquanto eu estava sentado na poltrona ao lado da cama dela. O meu celular tocou, vi que era o Francisco, me levantei e sai do quarto.~ ínicio de ligação. ~— Francisco. — Atendi.— Encontramos o Rodrigo.— E então? Ele está bem?— Largaram ele jogado em uma mata, todo machucado e com dois tiros na barriga.— Vivo?— Um bicho comeu um pedaço da perna dele, estamos a caminho do hospital pois os batimentos dele está bem fraco.— Me de notícias. faça o possível para salvar ele Francisco.— Pode deixar comigo chefe. — Ele respondeu e desligou.~ fim de ligação. ~Voltei para o quarto e a enfermeira estava secando o corpo da Mariana.— Acon