Capítulo 86

ADAM MARTINI NARRANDO.

ITÁLIA.

Enquanto deixava aquela casa abandonada, senti um peso enorme no meu peito. Sabia que a minha filha estava despedaçada, mas não podia ficar ali. Tinha que lidar com os meus próprios demônios.

Dirigi por ruas desertas, a minha mente cheia de pensamentos conflitantes. Rafaella jamais deveria ter descoberto a verdade dessa forma. Era para protegê-la, mas acabei causando mais dor. Não havia como voltar atrás agora.

Cheguei ao lugar onde estava me escondendo, um pequeno apartamento em uma parte isolada da cidade. Estacionei o carro e entrei, o silêncio me cercando. Fechei a porta e fiquei parado no meio da sala, sentindo a fúria crescer dentro de mim.

O lugar era simples, mobiliado apenas com o essencial. Caminhei até o quarto e, sem pensar, derrubei um abajur que estava em uma mesinha. O som do vidro quebrando ecoou pela sala, refletindo a minha frustração.

— Droga! — Gritei com a voz cheia de raiva.

— Maldita seja, Celina!

A raiva fervia dentro de mim, uma
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