ADAM MARTINI NARRANDO. LONDRES, CAPITAL DA INGLATERRA. ~ início de ligação. ~ — Eu não vou admitir falhas, quero que seja concluído com sucesso. — O meu contato não era senhor Adam, fique tranquilo quanto a isso. — Carlos respondeu.— Espero que seja assim, mate os dois, Leonardo e Rafaella. — Pode deixar, o seu pedido é uma ordem. — Me mantém informado. — Ok. — Carlos respondeu e eu desliguei em seguida. ~ fim de ligação. ~ Eu realmente não ia aceitar falhas, eu quero a cabeça dos dois para que eles aprendam como é mexer comigo. O Leonardo já sentiu um pouco do meu veneno quando perdeu os pais, mas, a Rafaella não sabe o quanto posso ser ruim. Amanhã será o dia do casamento, vou mostrar o inferno que posso fazer por ser traído. Depois que o Gabriel me enfrentou, essa casa tem sido o meu pesadelo, Celina me inferniza todos o
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu não preguei o olho a noite inteira, tudo o que eu queria era notícias do Leonardo. Quando o dia amanheceu, eu me levantei, tomei outro banho e vesti uma roupa. Abri a porta do quarto e a casa ainda estava silenciosa, então eu desci as escadas na pontinha do pé e ouvi uma voz vindo do escritório do Leonardo, me aproximei totalmente em silêncio, a voz era do Rocco e ele dizia: — Ele não morreu, as balas saíram do seu corpo e por meio milímetro não acertou no coração. — Sim, ele deu muita sorte. — Ok, eu vou enviando notícias sobre ele. Em seguida eu comecei a ouvir um barulho de gavetas sendo abertas no escritório, mas, o que Rocco poderia querer nas coisas do Leonardo? Ele saiu do escritório e deu de frente comigo. — Escutando atrás da porta? — Não, eu ouvi a sua voz e vim perguntar sobre o Leonardo. — Eu dei a ordem para que você não saísse do seu quarto. — Rocco, estou na minha casa e eu não sigo ordens suas. Quero no
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. As luzes do teto daquele hospital me deixavam tonto conforme os médicos corriam comigo em cima daquela maca, os meus olhos forçavam para fecharem, eu puxava o ar e ele vinha com dificuldade. — Leonardo, você consegue me ouvir? — Um médico perguntou enquanto examinava os meus olhos. Só que a minha voz não saia, eu tentava falar e não conseguia. — Pisque os olhos três vezes se você consegue me entender. — Ele disse e eu pisquei. — Ótimo, Leonardo eu sou o Doutor Samuel, você foi baleado e está no hospital. Você perdeu muito sangue, mas, as duas balas saíram do seu corpo. Entendeu? — Ele explicou e eu pisquei três vezes. — Confie em mim, você vai ficar bem. Eu levantei o braço, tirei a máscara de oxigênio que colocaram em mim e tentei falar. — Raa... — Preciso que você mantenha o oxigênio,
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Aqui estou eu, outra vez me preparando para sair de casa escondido. E eu que pensava que essa fase tinha acabado, quando ouvi a porta do quarto do Lorenzo fechando, eu fiz um rabo de cavalo nos meus cabelos, abri a porta do meu quarto bem devagar e desci as escadas nas pontinhas dos pés. Olhei pela janela da sala e por sorte não tinha nenhum segurança próximo aos carros. Então eu abri a porta, fui até o carro do Lorenzo e entrei no porta-malas. Fiquei ali encolhida esperando pelo Lorenzo, quando ele entrou no carro e pediu para o motorista dele ir até o hospital. Como eu ia descer desse porta-malas sem ser vista? Não faço a menor ideia, mas, agora já estou aqui e não posso mudar. O carro parou, Lorenzo desceu do carro e eu conseguia ouvir o motorista rir com o próprio celular. E agora? Como vou fazer. — Acho que ele vai demorar, vou comer alguma coisa. — O motorista disse e saiu
LEONARDO RIZZI NARRANDO VERONA, ITÁLIA. Algo me dizia que Rafaella realmente estava falando a verdade, os olhos dela me dizia isso. Mas, o que Rocco queria no meu escritório? Ele nunca teve essa liberdade de mexer nas minhas coisas. Alguém bateu na porta e em seguida a porta abriu. Rocco entrou, quando viu Rafaella em pé ao meu lado, ele parou e colocou as mãos no bolso. Rafaella tinha medo do Rocco, ela pegou na minha mão e as mãos dela estava geladas. — Pelo jeito está sendo bem cuidado. — É um pouco, ela demorou para chegar aqui. — Leonardo, podemos conversar em particular? — Rocco perguntou. — Rafaella, você quer sair ou participar dessa conversa? — Leonardo... — Rocco disse coçando a cabeça. — Eu prefiro sair, quando ele sair eu volto. — Rafaella disse pegando a sua bolsa e saiu. — Como você está se s
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu me esforcei para me levantar, a dor ainda me incomodava, mas eu sei que estou melhorando. O tiro que levei vai deixar marcas profundas, tanto físicas quanto emocionais, mas o desejo de retaliação era mais forte que qualquer fraqueza. Eu me sentia cansado por ficar deitado, esperando pela minha recuperação. Me levantei, tomei um banho, coloquei o meu resto e desci.— Bom dia. — Falei ao ver a Rafaella na mesa.— Bom dia, tem certeza de que irá sair?— Sim, vou enlouquecer se ficar aqui Rafaella.— Cuidado, você ainda não está 100%.— Não se preocupe, vou tomar cuidado.Após comer e tomar os remédios fui para o carro e pedi para que o motorista me levasse até o galpão.Os meus passos hesitantes estavam ecoando no chão velho galpão. Rocco, já estava lá com uma expressão carregada de seriedade, com os olhos sombrios.— Leonardo, encontrei o homem que atirou em você. — Rocco disse com a voz grave.Senti um arrepio ao ouvir isso, finalmente iria
CELINA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. A vida sempre foi bem complicada para mim, se hoje eu tenho tudo o que eu tenho, foi porque me esforcei para chegar aqui. Quando eu tinha os meus 20 anos, o meu caminho cruzou com o de Rocco, em um jantar no qual a minha mãe era funcionária da casa. E lá estava ele, lindo e cheiroso. Naquela noite, eu entreguei tudo o que tinha de mais precioso para o Rocco, a minha pureza, a minha inocência. Só que na minha vida também tinha o Adam. O problema era que Adam era casado, eu sabia que não passava de um passatempo para ele e com isso o meu contato com o Rocco passou a ser presente, claro que escondido da minha mãe, ela não podia saber disso. Só que Rocco sempre disse que eu e ele nunca teríamos algo sério, mas, ele sabia do meu sonho de ser casada com um homem importante dentro da Máfia e com isso ele me ajudou com o plano da morte de Amélia. A partir dai, eu estava dentro da casa do sub-chefe da Máfia Inglesa e com uma dívida eterna com Rocco. Sim, foi
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu passei o dia inteiro trancada em meu quarto, perdida nos livros que tinham no escritório do Leonardo. Estava evitando encontrar com Lorenzo ou Rocco. Em alguns momentos, eu me perdia na leitura ao pensar no Leonardo. Será que ele está bem? Ele é teimoso, resolveu ir trabalhar sem que o médico liberasse. Quando a noite chegou, eu desci para a cozinha e comi ali mesmo. Voltei para o meu quarto, tomei um banho e me enrolei na toalha. O pouco de roupa que eu tinha ali, no meio tinha uma camisola que a bruxa da Celina não tinha gostado e eu nunca pensei que fosse usar aquilo. Passei um hidratante pelo corpo, coloquei a camisola sem calcinha, me perfumei, soltei os meus cabelos e parei em frente ao espelho.As minhas mãos passaram pelo meu próprio corpo, eu me olhei e como eu estava me achando bonita, será que algum dia um homem vai me olhar como uma mulher, será que um dia homem vai sentir tesão em mim, será que um dia algum homem vai me amar