RAFAELLA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. DIA DO CASAMENTO... Eu estava parada em frente ao espelho, o nervosismo tomava conta de mim, o meu vestido extremamente perfeito, a minha maquiagem sem nenhuma falha e eu juro que nunca me senti tão linda quanto hoje. Mas, o sentimento de tristeza também tomava conta do meu coração, afinal toda menina sonha com esse dia, o casamento dos sonhos, o pai a levando para o altar e no altar encontrar o amor da sua vida... No meu caso, eu irei entrar sozinha e não, eu não estou indo de encontro ao amor da minha vida. Estou indo de encontro com o homem que irá se vingar das pessoas que sempre quiseram o meu mal. — Eu nunca vi uma noiva tão perfeita como você. — Leonardo apareceu na porta. — Dizem que ver a noiva antes do casamento dá azar. — Eu brinquei. — O nosso maior azar é ter se conhecido Rafaella. — Está pronto?
LEONARDO RIZZI NARRANDO. ITÁLIA.— Você vai insistir mesmo nesse casamento Leonardo? — Rocco apareceu na porta do meu quarto enquanto eu me arrumava para o casamento. — Achei que você não iria ir para o casamento. — E não irei, essa é a minha última tentativa de convencê-lo contra essa loucura. — Então você pode dar meia volta e ir embora, eu não irei desistir. — Leonardo... — Chega Rocco, eu não quero mais ouvir nada, hoje é o dia do meu casamento e quero estar calmo. — E depois que passar esse um ano? O que você vai fazer? — Isso não te diz respeito Rocco, obrigado pelos conselhos que me deu até aqui, agora eu sigo sozinho. — Ok, tudo bem, faça como achar melhor, bom casamento para você. — Ele respondeu e saiu do quarto. Depois que passei pelo quarto da Rafaella, desci as escadas e fui direto para o carro. Eu
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. ITÁLIA. Tudo aconteceu em uma fração de segundos, o motoqueiro atirou no peito do Leonardo. — NÃO. — Eu gritei em desespero. O sangue começou a jorrar pela sua camisa branca, ele colocou a mão sobre o sangue e me olhou. A moto acelerou e a única coisa que eu consegui olhar foi uma tatuagem no braço da pessoa, eu tirei o cinto de segurança e pressionei a ferida dele. — Me ajuda. — Calma Leonardo, por favor, fica calmo, me diz como pedir ajuda, eu não sei dirigir. — O meu celular, liga para o meu segurança. Eu peguei o celular dele, desbloqueei com a face dele e liguei para o segurança. ~ início de ligação. ~ — Senhor Leonardo, aconteceu alguma coisa? — Por favor me ajude, o Leonardo levou um tiro. — Onde vocês estão? Me mande a localização.
ADAM MARTINI NARRANDO. LONDRES, CAPITAL DA INGLATERRA. ~ início de ligação. ~ — Eu não vou admitir falhas, quero que seja concluído com sucesso. — O meu contato não era senhor Adam, fique tranquilo quanto a isso. — Carlos respondeu.— Espero que seja assim, mate os dois, Leonardo e Rafaella. — Pode deixar, o seu pedido é uma ordem. — Me mantém informado. — Ok. — Carlos respondeu e eu desliguei em seguida. ~ fim de ligação. ~ Eu realmente não ia aceitar falhas, eu quero a cabeça dos dois para que eles aprendam como é mexer comigo. O Leonardo já sentiu um pouco do meu veneno quando perdeu os pais, mas, a Rafaella não sabe o quanto posso ser ruim. Amanhã será o dia do casamento, vou mostrar o inferno que posso fazer por ser traído. Depois que o Gabriel me enfrentou, essa casa tem sido o meu pesadelo, Celina me inferniza todos o
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Eu não preguei o olho a noite inteira, tudo o que eu queria era notícias do Leonardo. Quando o dia amanheceu, eu me levantei, tomei outro banho e vesti uma roupa. Abri a porta do quarto e a casa ainda estava silenciosa, então eu desci as escadas na pontinha do pé e ouvi uma voz vindo do escritório do Leonardo, me aproximei totalmente em silêncio, a voz era do Rocco e ele dizia: — Ele não morreu, as balas saíram do seu corpo e por meio milímetro não acertou no coração. — Sim, ele deu muita sorte. — Ok, eu vou enviando notícias sobre ele. Em seguida eu comecei a ouvir um barulho de gavetas sendo abertas no escritório, mas, o que Rocco poderia querer nas coisas do Leonardo? Ele saiu do escritório e deu de frente comigo. — Escutando atrás da porta? — Não, eu ouvi a sua voz e vim perguntar sobre o Leonardo. — Eu dei a ordem para que você não saísse do seu quarto. — Rocco, estou na minha casa e eu não sigo ordens suas. Quero no
LEONARDO RIZZI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. As luzes do teto daquele hospital me deixavam tonto conforme os médicos corriam comigo em cima daquela maca, os meus olhos forçavam para fecharem, eu puxava o ar e ele vinha com dificuldade. — Leonardo, você consegue me ouvir? — Um médico perguntou enquanto examinava os meus olhos. Só que a minha voz não saia, eu tentava falar e não conseguia. — Pisque os olhos três vezes se você consegue me entender. — Ele disse e eu pisquei. — Ótimo, Leonardo eu sou o Doutor Samuel, você foi baleado e está no hospital. Você perdeu muito sangue, mas, as duas balas saíram do seu corpo. Entendeu? — Ele explicou e eu pisquei três vezes. — Confie em mim, você vai ficar bem. Eu levantei o braço, tirei a máscara de oxigênio que colocaram em mim e tentei falar. — Raa... — Preciso que você mantenha o oxigênio,
RAFAELLA MARTINI NARRANDO. VERONA, ITÁLIA. Aqui estou eu, outra vez me preparando para sair de casa escondido. E eu que pensava que essa fase tinha acabado, quando ouvi a porta do quarto do Lorenzo fechando, eu fiz um rabo de cavalo nos meus cabelos, abri a porta do meu quarto bem devagar e desci as escadas nas pontinhas dos pés. Olhei pela janela da sala e por sorte não tinha nenhum segurança próximo aos carros. Então eu abri a porta, fui até o carro do Lorenzo e entrei no porta-malas. Fiquei ali encolhida esperando pelo Lorenzo, quando ele entrou no carro e pediu para o motorista dele ir até o hospital. Como eu ia descer desse porta-malas sem ser vista? Não faço a menor ideia, mas, agora já estou aqui e não posso mudar. O carro parou, Lorenzo desceu do carro e eu conseguia ouvir o motorista rir com o próprio celular. E agora? Como vou fazer. — Acho que ele vai demorar, vou comer alguma coisa. — O motorista disse e saiu
LEONARDO RIZZI NARRANDO VERONA, ITÁLIA. Algo me dizia que Rafaella realmente estava falando a verdade, os olhos dela me dizia isso. Mas, o que Rocco queria no meu escritório? Ele nunca teve essa liberdade de mexer nas minhas coisas. Alguém bateu na porta e em seguida a porta abriu. Rocco entrou, quando viu Rafaella em pé ao meu lado, ele parou e colocou as mãos no bolso. Rafaella tinha medo do Rocco, ela pegou na minha mão e as mãos dela estava geladas. — Pelo jeito está sendo bem cuidado. — É um pouco, ela demorou para chegar aqui. — Leonardo, podemos conversar em particular? — Rocco perguntou. — Rafaella, você quer sair ou participar dessa conversa? — Leonardo... — Rocco disse coçando a cabeça. — Eu prefiro sair, quando ele sair eu volto. — Rafaella disse pegando a sua bolsa e saiu. — Como você está se s