Acordo primeiro do que as meninas.
Do lado de fora no quarto, podia ouvir as demais conversando baixo e andando pelo corredor.
Mais um dia.
Desço da minha cama, vendo Lidiane virada para a parede.
Kauane dormia com todo o corpo coberto, até a cabeça e Katiane nem estava coberta, deitada de barriga para cima.
Entro no banheiro, me adiantando em fazer xixi e em seguida escovar os dentes.
Ao abrir a porta, me assusto quando me deparo com uma menina bem magra, com os olhos vermelhos arregalados.
– Tem como ficar no meu lugar lá na cozinha hoje? – pergunta rapidamente, puxando o ar com força pelas narinas – Tenho que dar uma saída.
– Tá...bom – digo devagar, a olhando com atenção. Ela se afasta, entrando no terceiro quarto ao lado do banheiro.
– Sabe cozinhar? – Jô pergunta, pouco tempo depois do café da manhã, quando termino de limpar a cozinha. Colocando uma sacola grande de carne sobre a pia.– Sei.– Faz alguns bifes para o almoço e janta. O restante da carne você congela.Não era um bicho de sete cabeças para mim retalhar carne.Aprendi vendo mainha. Ela se sempre se sentava nos fundos de casa, com uma bacia grande no meio das pernas. Ali, retalhava a carne com espessuras finas e me dava para pendurar no varal.E ainda tínhamos que vigiar, pra nenhum bicho comer.Fazíamos isso por que não tínhamos geladeira e pra carne não estragar.Faço os bifes, como Jô queria, deixando numa bacia pequena. Coloco todos os temperos que encontro na geladeira e tempero a
Estava suando vestida no vestido de Katiane, isso por causa do calor que estava fazendo naquela noite.Sentada perto da escada, observava o movimento de sempre, as mesmas meninas de sempre serem escolhidas primeiro e a impaciência de Kauane para ganhar dinheiro.Estava levantando para ir na cozinha beber água, quando vejo um Civic preto parar em frente da casa e reconheço Marco ao descer.– Boa noite – diz ao entrar na casa.– Boa noite – diz Jô com um leve sorriso no rosto – Veio sem o Gael?– Hoje foi – Ele me nota em pé, apontando na minha direção – Ela ali tá disponível? – Jô olha na direção.– Está. Está sim – Concorda, apesar de saber que Kauane gostaria que dissesse o contr&aacu
Deito de lado na cama, Marco deitando em minhas costas.Sua mão desliza pela minha coxa, desviando o caminho para meu abdômen, indo para a parte úmida entre minhas pernas.– Já se masturbou? – pergunta com a boca no meu pescoço – É só tocar aqui – Ele leva minha mão para minha vagina, colocando meu dedo indicador sobre o clitóris, fazendo movimento circular.Gemo baixo.– Tá gostoso?– Tá – digo baixo.Marco mordisca o lóbulo da minha orelha, apertando um dos meus seios.Ficar estimulando meu clitóris, não era o suficiente para mim, precisava do pau dele.– Põe seu pau?– Quer mesmo? – Ele sorri contra meu pescoço.– Por favor.Ele dob
Permanecemos na recepção por mais algum tempo, até a enfermeira voltar.– A amiga de vocês vai ser transferida para o hospital mais próximo – comunica – Precisamos dos documentos dela.Olho para Marco, voltando a olhar para ela.– Não trouxemos.– Então preciso que vão buscar – Assinto.– Toma – Ele estende a chave do carro.– O quê?Ele me olha.– Vai lá buscar.– Não sei dirigir.Sua expressão se torna incrédula. Soltando o ar dos pulmões, levanta.Entro no carro suspirando.– Como tu não sabe dirigir? – pergunta sério quando dá partida.– Só não sei. Nunca tive um carro pra aprende
Jô não perguntou nada.A impressão que passava, era de que não se importava.Algumas meninas ainda vieram me perguntar de Taise, preocupadas ou só querendo mesmo saber se estava viva.Não encontrei Lidiane no quarto, ao ir pegar minha toalha para tomar banho. O que era estranho. Já que não havia mais clientes naquela noite.– Fez o boquete? – Katiane pergunta, quando volto do banheiro, tirando a roupa no meio do quarto.– Fiz – Engulo em seco com vergonha.Ela sorri.– Conseguiu fazer direito? – Assinto de imediato, sem querer entrar em detalhes.– Onde tá a Lidiane? – pergunto olhando para a cama vazia.Ela dá de ombros.– Sei lá. Ela saiu assim que saiu, quando veio pegar o documento &n
Jô precisou me levar até onde Gael estava.Já que Lidiane ainda não havia voltado e a maioria das meninas nem estavam na casa e, sim na rua, gastando o dinheiro que haviam recebido.Subimos uma rua que nunca parecia ter fim. Mesmo tentando não suar, o suor se acumulava em minha testa e nos meus braços.Jô para em frente a uma casa branca com música alta.– É aqui. Boa sorte – Em seguida começa a descer a longa rua.Me aproximo do portão de grande, o abrindo.O cheiro de maconha veio até mim, antes mesmo de chegar na porta da sala.Nos sofás de couro preto, havia um homem careca fumando. Sobre a mesa de centro, havia pinos bem lacrados com fita isolante cinza.Na parede ao lado da porta, uma TVD de LCD passava o jornal da manh&atil
Gael continua naquela “reunião” por mais uma hora, discutindo o que parecia ser o abastecimento das bocas.Meu estômago ronca faltando duas horas para o almoço.Cansada e entediada de ficar sentada no canto da sala, ouvindo Rubinho ligar para pessoas, volto para a cozinha.Abro os armários e a geladeira, decidindo que cozinharia macarrão.Enquanto o macarrão cozinhava, corto os temperos, preparando o molho.Quando finalmente fica pronto, Gael entra na cozinha, abrindo a geladeira, franzindo o cenho ao me notar perto do fogão.– Cozinhou? – pergunta baixo.– Cozinhei – Um meio sorriso trêmula no meu rosto – Quer que ponha um pouco pra você? – Minha mãe sempre colocava a comida do meu pai e do meu padrasto. Não entendi
Almoço sozinha.Ouvindo a voz de Gael, Rubinho, homem careca e um quarto homem, vindo da sala.Na minha cabeça, tentava entender por quê Lidiane não gostava de Gael e Gael não gostava de Lidiane.Tinha alguma coisa que estava deixando passar.Termino de comer, lavando os pratos da pia.– Faz isso aí que tô dizendo – diz Gael, quando me aproximo, olhando para os três que saiam, incluindo Rubinho – Já comeu? Não quero que saia falando que não deixei você comer – pergunta sem me olhar, olhando o celular.– Já comi – Inclinado para frente, a medalhinha em seu pescoço pendia para frente – Que santo é esse que está na medalhinha?– É uma santa – Ele toca a medalhinha com uma m