No dia seguinte, o que só se comentava na casa era o surto de Kauane e suspeitas de quem o havia rasgado.
Não seria uma tarefa fácil descobrir, já que Kauane não se dava bem com muitas garotas e era mais odiada do que amada.
Sentada no sofá perto da televisão, assistia a novela, notando algumas delas entrando e saindo da casa.
– Maria – diz Jô do outro lado do cômodo, a olho no mesmo instante – Vem aqui – Meu coração acelera rapidamente, a medida que levanto e me aproximo dela, a seguindo até seu quarto que, por sinal era bem arrumado.
Ela fecha a porta, pegando um celular em cima da cama.
– Vou deixar você falar com sua m&at
Já estava no quarto pronta para dormir, quando Lidiane entra.– Já vai dormir?– Tô cansada de ficar sentada na sala.– Vamos sair? Olho para ela no mesmo instante.– Sair?– É. Tá tendo um baile aqui na favela – Ela nota minha expressão confusa e continua – É umas festa com muita gente. Meus olhos vagam pelo chão, avaliando a possibilidade de ir.– E a Jô vai...deixar? Ela dá de ombros.– Você não tem cliente e eu já terminei por hoje. Sorrio.–
Marco faz questão de ter certeza de que iríamos para a casa da Jô.– Vou tirar a camisa – murmuro quando ele para diante da casa vermelha.– Depois me dá – diz indo embora. Entro na casa, ouvindo Lidiane trancar a porta.– Por quê fez aquilo? E o que estava fazendo com a correntinha dele? – pergunta nervosa.– Encontrei a correntinha e queria devolver.– Você encontrou? Nem transou com ele ontem.– Estava aqui na sala! – digo rapidamente – Só queria entregar pra ele. Lidiane balança a cabeça incrédula, levando as mãos para a cintura.– N&atil
– Ele está esperando você no quarto – Lidiane continua mau humorada. Passo as mãos no cabelo, saindo do quarto. Não estava esperando ver Gael tão cedo. Não achava que quisesse me ver... Diminuo os passos quando começo a me dar conta que talvez quisesse terminar o que havia apenas começado. Engulo em seco, antes de abrir a única porta fechada do corredor, o encontrando em pé no meio do quarto. Fecho a porta atrás da mim, ao entrar no quarto.– Queria falar comigo? – pergunto baixo.– Por quê tu tava usando as roupas da Marcela? Franzo o cenho levemente.–  
Acordo primeiro do que as meninas.Do lado de fora no quarto, podia ouvir as demais conversando baixo e andando pelo corredor.Mais um dia.Desço da minha cama, vendo Lidiane virada para a parede.Kauane dormia com todo o corpo coberto, até a cabeça e Katiane nem estava coberta, deitada de barriga para cima.Entro no banheiro, me adiantando em fazer xixi e em seguida escovar os dentes.Ao abrir a porta, me assusto quando me deparo com uma menina bem magra, com os olhos vermelhos arregalados.– Tem como ficar no meu lugar lá na cozinha hoje? – pergunta rapidamente, puxando o ar com força pelas narinas – Tenho que dar uma saída.– Tá...bom – digo devagar, a olhando com atenção. Ela se afasta, entrando no terceiro quarto ao lado do banheiro.
– Sabe cozinhar? – Jô pergunta, pouco tempo depois do café da manhã, quando termino de limpar a cozinha. Colocando uma sacola grande de carne sobre a pia.– Sei.– Faz alguns bifes para o almoço e janta. O restante da carne você congela.Não era um bicho de sete cabeças para mim retalhar carne.Aprendi vendo mainha. Ela se sempre se sentava nos fundos de casa, com uma bacia grande no meio das pernas. Ali, retalhava a carne com espessuras finas e me dava para pendurar no varal.E ainda tínhamos que vigiar, pra nenhum bicho comer.Fazíamos isso por que não tínhamos geladeira e pra carne não estragar.Faço os bifes, como Jô queria, deixando numa bacia pequena. Coloco todos os temperos que encontro na geladeira e tempero a
Estava suando vestida no vestido de Katiane, isso por causa do calor que estava fazendo naquela noite.Sentada perto da escada, observava o movimento de sempre, as mesmas meninas de sempre serem escolhidas primeiro e a impaciência de Kauane para ganhar dinheiro.Estava levantando para ir na cozinha beber água, quando vejo um Civic preto parar em frente da casa e reconheço Marco ao descer.– Boa noite – diz ao entrar na casa.– Boa noite – diz Jô com um leve sorriso no rosto – Veio sem o Gael?– Hoje foi – Ele me nota em pé, apontando na minha direção – Ela ali tá disponível? – Jô olha na direção.– Está. Está sim – Concorda, apesar de saber que Kauane gostaria que dissesse o contr&aacu
Deito de lado na cama, Marco deitando em minhas costas.Sua mão desliza pela minha coxa, desviando o caminho para meu abdômen, indo para a parte úmida entre minhas pernas.– Já se masturbou? – pergunta com a boca no meu pescoço – É só tocar aqui – Ele leva minha mão para minha vagina, colocando meu dedo indicador sobre o clitóris, fazendo movimento circular.Gemo baixo.– Tá gostoso?– Tá – digo baixo.Marco mordisca o lóbulo da minha orelha, apertando um dos meus seios.Ficar estimulando meu clitóris, não era o suficiente para mim, precisava do pau dele.– Põe seu pau?– Quer mesmo? – Ele sorri contra meu pescoço.– Por favor.Ele dob
Permanecemos na recepção por mais algum tempo, até a enfermeira voltar.– A amiga de vocês vai ser transferida para o hospital mais próximo – comunica – Precisamos dos documentos dela.Olho para Marco, voltando a olhar para ela.– Não trouxemos.– Então preciso que vão buscar – Assinto.– Toma – Ele estende a chave do carro.– O quê?Ele me olha.– Vai lá buscar.– Não sei dirigir.Sua expressão se torna incrédula. Soltando o ar dos pulmões, levanta.Entro no carro suspirando.– Como tu não sabe dirigir? – pergunta sério quando dá partida.– Só não sei. Nunca tive um carro pra aprende