— Eu te falei que seria massa! Não poderia deixar de lhe trazer num lugar desse.— Disse Heloá ao notar que eu estava empolgada com o lugar.
Bianca — Nossa! E essas dançarinas? Que lindas!
Matheus —Gostei daquela morena usando somente um tapa-sexo. Nooossa que gostosa!!!
Bianca — esqueça essa ideia Matheus, ela não é para o seu bico.
— Matheus, fica aí com a Cristine, eu vou até o bar com a Bianca pegar bebidas pra gente — disse Heloá ao sair piscando um olho para Matheus. Não faço ideia do que eles estão aprontando, mas conheço bem meus amigos e sei que aí tem!
— E aí princesa mais linda da festa! Vamos dançar? Perguntou Matheus me puxando para a pista de dança.
— Palhaço! Vamos sim, — respondi e saí com ele.
De onde eu e Mateus estávamos dançando, dava pra ver as duas conversando no bar. Eu vi algumas pessoas falando com elas e olhando em minha direção. Algo eles estão aprontando, espero que não seja comigo! Depois de uns 40 minutos, Heloá e Bianca voltaram com nossas bebidas.
— Achei que essa bebida não chegaria — falei sorrindo—você trouxe minha beats?
— Lógico, e vamos beber que a noite está só começando! — Diz Heloá super empolgada.
Estávamos lá dançado, bebendo e atraindo muitos olhares.
Essa festa está sendo a melhor que apareceu aqui nessa cidade. Que maravilha! Estava bem animada dançamos até funk.Meia hora depois o som parou — A galera parou de dançar e começaram gritar, — CADÊ O SOM DJ? — As luzes se apagaram e todo mundo gritou! E eu já estava no auge da festa, com a mente cheia de álcool.
— Merda! O que está acontecendo Heloá? — Perguntei espantada em meio a escuridão.
— Espera pra ver amiga! — Diz Heloá rindo, como quem estava aprontando alguma.
De repente, a luz acende e foca somente no palco principal. Tinha um cara lá em cima com o microfone na mão. Ele estava bem apresentável em um terno preto.
— Boa noite galera! sejam todos bem vindo ao nosso clube. Eu sou Rodrigo — disse o cara lá em cima e todos começaram a aplaudir.
Eu ouvi algumas pessoas comentando.— Esse é o empresário dono clube.— Eu pensei, então é por isso!
— Obrigado pelo carinho! Vocês não sabem a imensa alegria em estar aqui hoje inaugurando meu novo clube!
Aqui, temos de tudo como vocês viram. Me dediquei ao máximo para trazer a melhor atração da cidade. Hoje não é apenas a inauguração do clube, temos aqui uma aniversariante e quero dar boas vindas a ela.Matheus amigão, traga a aniversariante aqui no palco.Eu fiquei surpresa e bem nervosa, pois não sou de sair para festas, muito menos ser uma atração para o público!
— O que você fez Matheus?— Perguntei e Matheus apenas sorriu. Ele foi me levando enquanto o grandão lá em cima observava.
Todos me olhando e eu morrendo de vergonha, me sentindo retraída e ao mesmo tempo curiosa.
As meninas deram o maior apoio para Matheus, tenho certeza que elas também participaram do plano.Fomos nos aproximando do palco, começamos a subir as escadas e ao chegar mais perto, eu percebi que o tal Rodrigo, era bem familiar.
Oh não, não acredito! Quando eu vi quem era o tão famoso dono. Era ele, o cara da BMW.Tentei disfarçar dei um sorriso sem graça. Matheus ficou bem atrás, o cara puxou meu braço levemente e meu deu um abraço.— Meus parabéns! Seja muito bem vinda ao meu clube! — Disse o grandão no microfone para que todos ouvissem.
— Ahh, então é você, a baixinha ignorante! —Ele falou no meu ouvido, afastando o microfone durante o abraço.
Eu queria dar um puxão de orelha nele, exatamente naquele momento.
Então ele segurou minhas mãos e viramos de frente para o público.— Está preparada para a surpresa? — Perguntou Rodrigo disfarçadamente.
— Surpresa? —Espera para ver — respondeu com um sorriso maléfico.
—Não acredito no que estou ouvindo!
Eu vou matar a Heloá a Bianca e o Matheus — Falei baixinho disfarçando em sorriso.
Lá embaixo, tinham uns boys gritando, LINDAAAA! E dava para ouvir perfeitamente daqui.
— E aí galera linda! O que esta aniversariante merece de presente hoje?— Falou no microfone e eu já olhei pra ele bufando!
— Sente-se aqui Cristine, seu presente está chegando — Disse Rodrigo, puxando uma cadeira para o meio do palco.
Depois virou-se para o público e se despediu. Ele disse, aproveitem o resto da noite, tchau! Eu me perguntei, "tchau"?
Então eu vou ficar aqui sozinha?— Eu vou assistir você lá de baixo, quero ver você com sua marra agora.— Disse Rodrigo no meu ouvido e saiu dando gargalhadas.
— volta aqui, chamei e ele deu as costas.
Que filho da p**a! Me deixou sozinha aqui nesse palco. Aquele babaca vai me pagar bem caro, ahh se vai!
As luzes começaram a acender e apagar. Começa a tocar uma música bem agitada, no ritmo "striptease" e eu lá sentada naquela cadeira. Já tinha tomado umas cinco beats lá embaixo.
Entrou um dançarino, — UAUUUUU! — Um cara bombado, alto, moreno, bonito e tudo de bom!
A galera lá embaixo foi a loucura! Avistei lá no fundo do salão de dança, o tal Rodrigo com um copo de bebida na mão, rindo e me assistindo.O bendito dançarino sentou no meu colo de frente pra mim, pegou minhas mãos e começou a passar no corpo dele. Eu não achei tão legal, maaas, eu estava ali para me divertir mesmo, então foda-se o resto!Capítulo 4O dançarino começou a rebolar fazendo caras e bocas para mim, eu só dava gargalhadas.Ele levantou e rasgou a camisa , fiquei de queixo caído, o cara é sarado mesmo! Que vergonha!!! Depois ele puxou a calça preta que estava usando, a rasga facilmente e fica só de cueca. Dei um grito e tapei meus olhos, eu estava eufórica!A galera lá embaixo estava indo à loucura!Ele pegou minha mão, levantei da cadeira e fiquei em pé. Conforme a música ia ficando lenta, ele passava por trás de mim, me abraçava esfregando seu corpo no meu. Eu tentei sair, mais ele me puxou de volta e me sentou novamente na cadeira. Acho que ele percebeu, eu não me senti a vontade com tamanha ousadia.Ele continuou dançado para mim, teve momentos bem agradáveis. Então ele pegou minha mão, deu um beijo e saiu se despedindo das pessoas lá em baixo. Todos o aplaudiram!Não perdi tempo, desci imediatamente! Cheguei lá embaixo e vi meus amigos rindo horrores da minha vergonha.
CristineAquela garçonete veio atender o Rodrigo com a alto estima nas alturas, o sorriso de ponta a ponta, parecia que ela estava vendo um anjo, mas também, Rodrigo é bonito, rico e tem charme de sobra, além de tudo é bem educado. Qualquer mulher por aí queria ser uma senhora Bennett, já no meu caso, até que não! Estou muito bem sozinha, não quero mais problemas para minha vida.— Então Cristine, você está tão calada, veio até aqui não deu uma palavra, o que estava fazendo de bom hoje? Estava trabalhando? Aconteceu alguma coisa no seu trabalho? Se não quiser conversar não tem problema —perguntou Rodrigo.— Sem problemas senhor Bennett — respondi segurando um pequeno guardanapo e olhando ao meu redor.— Não Cristine, me chame de Rodrigo por favor — disse me enterropendo, antes que eu desse continuidade na conversa.— Ok, então Rodrigo, esse é o problema é que eu não tenho emprego, saí a procura de um e o resultado? Sem sucesso! Faço uns
— Eu estava sentada na areia, quando o Rodrigo se aproximou e falou comigo. Do nada ele apareceu lá na praia, estava indo almoçar e me convidou para ir com junto, acabei aceitando. Eu já estava com fome mesmo. Rodrigo foi educado e generoso a todo momento comigo, no restaurante a gente colocou o papo em dia, digamos que nos conhecemos um pouquinho. — Hmm... e aí? O que mais? Não rolou nem um beijo? — perguntou, na torcida de ter rolado algo a mais. — Não! Sua apressadinha. Já disse, foi só isso. Vou avisando mais uma vez, não quero namorado agora — respondi deixando-a decepcionada. — Tudo bem amiga, estou brincando. Eu te entendo, tudo tem sua hora, mas que homem gostoso esse Rodrigo! Meu Deus, parece ter sido esculpido pelos deuses — Heloá faz seu comentário me fazendo rir. — Você está muito assanhada pro meu gosto, está precisando de um boy novo já que não deu certo com o tal, Allan. — Verdade amiga, estou a ponto de explodir! Quero muito um macho pra apagar meu fogo, mas mudan
— E não parou por aí, porém não vou entrar em detalhes, pois a história é longa e dolorida, também não quero ver você chorar — dou por encerrado. Salomão não me estuprou só uma vez, daquele dia em diante os abusos foram constantes. Até que um dia eu não consegui suportar e quando revelei tudo para minha tia, o que ela fez? Ela me bateu muito, disse que eu estava apaixonada pelo marido dela e que eu não valia nada, que eu era uma putinha igual minha mãe. Isso me doeu mais do que os t***s que ela me dava. Aquele desgraçado preparou tudo, ele já sabia que um dia eu ia estourar e ele fez a cabeça dela. Só depois eu entendi o porquê dela me tratar tão mal, Salomão falou para ela que eu dava em cima dele pelas suas costas, que eu ficava me insinuando, vestindo roupas curtas para chamar sua atenção. No fim das contas, ela mandou eu arrumar minhas coisas e ir embora. — Com dezenove anos eu fui tocar minha vida sozinha. Por este motivo eu não consegui me relacionar com homens. Você entende
— Quero ao menos passar em frente a casa onde fui tão feliz com minha mãe e meu pai. Essa foi a melhor parte da minha vida! — Vamos nessa Cristine, está na hora de seguir viagem. O que houve? Você ficou triste de uma hora para outra, quer mais uma cerveja? — perguntou preocupada. —Estou bem, só estou aflita em ter que voltar onde tudo começou, rever minha tia e aquele monstro — respondi triste. — Fica tranquila amiga, agora você não está sozinha, você tem a mim, Bianca e Matheus. Falando neles, a Bianca ficou louca para vir com nós quando falei com ela no W******p. — E por que não veio? — A avó dela está muito doente e internada, ela ficou no hospital cuidando da avó. — Caramba, não sabia. Tadinha! ela gosta demais da avó, espero que ela fique bem, vou mandar uma mensagem quando chegarmos ao hotel. Uma horas depois... Quando menos esperava entramos na cidade. Foi inevitável não me sentir aflita. O medo me acertou em cheio fazendo com que eu me retraísse, mas não permiti que a
— Não estou sabendo de nada. O que aconteceu? — Perguntei inquieta. — Eu é quem não estou entendendo. Então vou revelar tudo para vocês da forma mais clara possível. — Por favor. — Heloá diz. — Sua tia vendeu essa casa e uma casa de praia que sua mãe havia deixado para você. Como você ainda era menor quando seu pai foi embora, ele passou tudo para o nome da Zára. Quando você fizesse dezoito anos, era para ela passar tudo para o seu nome. — Ah meu Deus. — Sussurrei. — Eu conheço as pessoas que compraram a casa, eles disseram que Zára falou, que tinha aberto uma poupança e depositado todo o dinheiro da venda para você. Depois lhe envio o cartão para você comprar uma casa e para quitar sua faculdade de uma vez. — M*****a. — a maldiçoei. — A casa valia uma pequena fortuna, era enorme, dois pisos e com janelas e portas de vidros. Tinha um carro na garagem, que era o mascote da sua mãe, só ela usava, morria de ciúmes daquele carro vermelho! Depois que ela descobriu a doença, minha a
Juntei o útil ao agradável e parti com Heloá para um barzinho top na cidade. Um lugar bem frequentado pela a população daqui de Florianópolis, o bar é bem famoso por servir a caipirinha mais saborosa da região. Também tem a atração dos grupos de pagodes, que fazem a noite dos turistas bem divertida e interessante. — Cristine, estou amando tudo nesse bar. Nós precisávamos disso e essa caipirinha é maravilhosa. A gente tem que vir aqui mais vezes — ela diz correndo os olhos por todo estabelecimento, por fim ela pede seu terceiro copo de caipirinha. Ficamos lá até duas horas da manhã, atraímos alguns homens e para minha surpresa Heloá não ficou com nenhum, escolheu ficar só bebendo e dançando comigo. Não sou de beber muito, mas ultimamente eu não estou me importando com muita coisa, estou tentando aproveitar cada momento. Saímos do bar embriagadas, porém felizes, andando em zigue-zague, apoiando-se nos ombros uma da outra, rindo por tudo e falando palavras sem fundamentos. Chamamos um
Lucas e sua mãe ficaram revoltados em relação aos acontecimentos horríveis em que vivi naquela casa ao lado. A m*****a casa. — Caramba! Sua tia Zára não podia ter feito isso com você. Que mulher desgraçada. Eu não vou sossegar até por ela na cadeia, deixa comigo Cristine. Vou encontrá-la, espero que ela ainda esteja no Brasil, porque se ela tiver saído do país a busca vai ser bem complicada. — Nem como te agradecer, Lucas. — Eu preciso que você vá a delegacia na segunda e faça um B.O, depois me envie o caso por e-mail. Vamos encaminhar para justiça, Zára vai ter devolver pelo menos o que lhe pertence. E Salomão vai terá o que merece — decretou. — Farei isso na segunda, pode ter toda certeza. — Ok, vai dar tudo certo Cristine. A compreensão, a ternura em seu olhar sobre os meus demonstravam o quanto eu significava para ele. Seus atos inocentes me fazem acreditar que ainda existe humanos bons no mundo que façam algo bom por você sem esperar nada em troca. Ficamos todos a mesa por