— Quero ao menos passar em frente a casa onde fui tão feliz com minha mãe e meu pai. Essa foi a melhor parte da minha vida! — Vamos nessa Cristine, está na hora de seguir viagem. O que houve? Você ficou triste de uma hora para outra, quer mais uma cerveja? — perguntou preocupada. —Estou bem, só estou aflita em ter que voltar onde tudo começou, rever minha tia e aquele monstro — respondi triste. — Fica tranquila amiga, agora você não está sozinha, você tem a mim, Bianca e Matheus. Falando neles, a Bianca ficou louca para vir com nós quando falei com ela no W******p. — E por que não veio? — A avó dela está muito doente e internada, ela ficou no hospital cuidando da avó. — Caramba, não sabia. Tadinha! ela gosta demais da avó, espero que ela fique bem, vou mandar uma mensagem quando chegarmos ao hotel. Uma horas depois... Quando menos esperava entramos na cidade. Foi inevitável não me sentir aflita. O medo me acertou em cheio fazendo com que eu me retraísse, mas não permiti que a
— Não estou sabendo de nada. O que aconteceu? — Perguntei inquieta. — Eu é quem não estou entendendo. Então vou revelar tudo para vocês da forma mais clara possível. — Por favor. — Heloá diz. — Sua tia vendeu essa casa e uma casa de praia que sua mãe havia deixado para você. Como você ainda era menor quando seu pai foi embora, ele passou tudo para o nome da Zára. Quando você fizesse dezoito anos, era para ela passar tudo para o seu nome. — Ah meu Deus. — Sussurrei. — Eu conheço as pessoas que compraram a casa, eles disseram que Zára falou, que tinha aberto uma poupança e depositado todo o dinheiro da venda para você. Depois lhe envio o cartão para você comprar uma casa e para quitar sua faculdade de uma vez. — M*****a. — a maldiçoei. — A casa valia uma pequena fortuna, era enorme, dois pisos e com janelas e portas de vidros. Tinha um carro na garagem, que era o mascote da sua mãe, só ela usava, morria de ciúmes daquele carro vermelho! Depois que ela descobriu a doença, minha a
Juntei o útil ao agradável e parti com Heloá para um barzinho top na cidade. Um lugar bem frequentado pela a população daqui de Florianópolis, o bar é bem famoso por servir a caipirinha mais saborosa da região. Também tem a atração dos grupos de pagodes, que fazem a noite dos turistas bem divertida e interessante. — Cristine, estou amando tudo nesse bar. Nós precisávamos disso e essa caipirinha é maravilhosa. A gente tem que vir aqui mais vezes — ela diz correndo os olhos por todo estabelecimento, por fim ela pede seu terceiro copo de caipirinha. Ficamos lá até duas horas da manhã, atraímos alguns homens e para minha surpresa Heloá não ficou com nenhum, escolheu ficar só bebendo e dançando comigo. Não sou de beber muito, mas ultimamente eu não estou me importando com muita coisa, estou tentando aproveitar cada momento. Saímos do bar embriagadas, porém felizes, andando em zigue-zague, apoiando-se nos ombros uma da outra, rindo por tudo e falando palavras sem fundamentos. Chamamos um
Lucas e sua mãe ficaram revoltados em relação aos acontecimentos horríveis em que vivi naquela casa ao lado. A m*****a casa. — Caramba! Sua tia Zára não podia ter feito isso com você. Que mulher desgraçada. Eu não vou sossegar até por ela na cadeia, deixa comigo Cristine. Vou encontrá-la, espero que ela ainda esteja no Brasil, porque se ela tiver saído do país a busca vai ser bem complicada. — Nem como te agradecer, Lucas. — Eu preciso que você vá a delegacia na segunda e faça um B.O, depois me envie o caso por e-mail. Vamos encaminhar para justiça, Zára vai ter devolver pelo menos o que lhe pertence. E Salomão vai terá o que merece — decretou. — Farei isso na segunda, pode ter toda certeza. — Ok, vai dar tudo certo Cristine. A compreensão, a ternura em seu olhar sobre os meus demonstravam o quanto eu significava para ele. Seus atos inocentes me fazem acreditar que ainda existe humanos bons no mundo que façam algo bom por você sem esperar nada em troca. Ficamos todos a mesa por
Algum tempo depois ouvi um barulho vindo da porta, me senti acuada no momento em que foi aberta, mas logo relaxei quando vi que era nossa amiga. Os últimos acontecimentos tem me deixado sensível o que me faz as vezes duvidar até da minha própria sombra. — Cheguei! Que saudade de vocês, meninas! Desde o dia do aniversário de Cristine, que não as vejo. — Veja só, se não é Bianca — falei quando a vi entrar, igual a um furacão: alegre e com seu sorriso contagiante de sempre. — Sente-se aqui com a gente. Heloá já pediu uma pizza e eu já escolhi um filme… hoje, vai ser noite de terror! — Já sabem que eu vou dormir agarrada com as duas, né? — Heloá resmunga, com medo de dormir sozinha, acabamos por rir dela. Heloá sempre foi a medrosa do trio. Ela tem pavor de dormir sozinha, depois de assistir filmes de terror. A última vez que assistimos um, "Annabelle", ela escondeu todas as minhas bonecas, antes de dormir. Mais tarde, estávamos entretidas na sala, vendo o filme quando meu celular c
— Nem pensar, Cristine. — Bianca sobressalto do sofá — ligue para ele e peça para vir buscar você. Ficamos aqui até você sair e, depois, a gente vê o que faz. Mas nesta casa, você não pode ficar mais. — Bianca, obrigada! Vou fazer isto. Mandei uma mensagem no W******p do Rodrigo, pedindo para vir me buscar e ele aceitou, numa boa. Ele vai passar aqui às onze horas. — Tudo bem, Cristine, eu vou comprar algo para tomarmos café. Já volto. Tomamos café, juntas, e ficamos na cozinha conversando, enquanto passava o tempo. Quando meu horário de sair se aproximava fui ao quarto para começar a me organizar. Coloco um vestido na cor Rose, bem básico, com uma sandália aberta. Faço uma "make" bem leve, pra não chamar muita atenção. Por fim, me olho no espelho e me sinto linda com o resultado. — Nossa! Tá linda, Cristine. Esse vestido caiu muito bem em você! — Heloá diz. — Arrasou! Tá linda demais. Desse jeito o Rodrigão passa mal. — Bianca concordou o que me fez estremecer antecipadamente
Cristine Castro. O almoço com o Rodrigo foi maravilhoso. Ele foi gentil e educado comigo o tempo todo. Assim que terminarmos, ele fez questão de me deixar em casa. E eu não via na hora de contar as novidades para Bianca e Heloá. Ao descer do seu luxuoso veículo, me despedi dele, sair do carro e apressei meus passos ansiosa para entrar logo em minha casa. — Cheguei, minhas raparigas! — Heloá me arrastou pelo braço e me conduziu para sentar no sofá entre as duas. — Meninas, eu fui contratada como secretária do Rodrigo Bennett! Elas me abraçaram, felizes pela minha recente conquista. — Adivinhem quanto vai ser o meu salário? Dois mil e oitocentos reais, com direto à motorista, para me levar aonde eu quiser! Enfim, vocês não fazem ideia de como estou me sentindo agora. — encho o peito de ar quase surtando de tanta felicidade. — Eu disse que esse homem caiu do céu. Ai Deus, eu nem dizer o tamanho da alegria que estou sentindo no momento por você, Cris... — Heloá fala com os olhos ma
— Estou pensando em algo diferente hoje. Já sei...vou fazer um macarrão ao molho de tomate com almôndegas! Tenho alguns ingredientes no armário, então vou usar já que quase não cozinho. O que vocês acham de irmos para a cozinha e vocês me ajudarem? Passamos o nosso finalzinho de domingo, juntas. Fizemos um jantar para nós, como despedida, da última noite em minha casinha. Meu coração está partido, só em pensar em sair de perto da Heloá, minha irmã do coração. Mas, ao mesmo tempo, penso no recomeço, na minha volta por cima. Dali em diante, será uma nova vida. Conversa vai, conversa vem e acabamos dormindo na minha cama. Parecíamos sardinha enlatada, encolhidas num espaço pequeno. O dia amanheceu mais colorido, me sinto motivada para iniciar minha jornada. Eu estou amando essa nova etapa. Heloá acordou mais cedo para trabalhar. Eu fui direto para o banheiro fazer minha higiene diária porque daqui uns minutos preciso ir até a delegacia de polícia. Bianca me acompanhou. Chegando lá