— Cristine, seu pai não está bem de saúde. Vou te levar até ele e deixar que o mesmo lhe conte tudo — diz Melissa enxugando suas lágrimas com o dorso da mão. — Oi, você é a minha irmã? — a garotinha que entrou correndo com os pés cobertos de terra do jardim, me aborda com sua voz delicada. Ela parecia uma boneca. — Sim meu amor, essa é Cristine, ela é sua irmã, a que eu te falei — sua mãe informou. A menina me abraçou pela cintura, num gesto tão gostoso e puro, com um sorriso inocente e meigo no rosto que senti vontade de levá-la para mim. — Eu me chamo Emily. — É um prazer Emily, você é linda — abaixei ficando da sua altura e dei um beijo na bochecha gordinha e contribuí seu abraço.Eu tenho dois irmãos, é isso mesmo? Eles são lindos e doces. Não aguentei tanta fofura, me apaixonei por cada um. Queria ter conhecido meus irmãos antes. Não entendo porque meu pai me excluiu assim da vida dele. Seguimos eu e Melissa ao encontro do meu pai. Ele esta internado no hospital do câncer. Eu
Cristine Castro.Acordei com o barulho da água do chuveiro caindo sobre o piso. Não deve ser Rodrigo, se fosse, com certeza ele teria me acordado. Pensei comigo. Logo Lembrei-me que havia esquecido de trancar a janela antes de dormir. Esses últimos acontecimentos tem me deixado paranoica. Levantei bem devagar com os olhos fixos na porta do banheiro. Próximo a porta, tem uma coleção de tacos de golfe importados que Rodrigo coleciona e, usa só como decoração. Peguei logo um deles e armei meus braços e saí andando à passos lentos e, silenciosos em direção ao banheiro. Ergui minha arma de defesa quase na altura da cabeça, pronta para bater no meio da cabeça do sujeito. Abri a porta bem devagar e me posicionei para dar o golpe.— Cristine, você está louca? — Rodrigo regalou os olhos, assustado se cobrindo com uma toalha. Quando vi que era ele respirei fundo com a mão no peito e me senti péssima. — Desculpa, eu.. eu achei que era um ladrão — sua expressão assustada foi substituída automat
Quando entramos no ateliê eu pude ver com clareza felicidade estampada no rosto de dona Lilian, a satisfação que estava sentindo ao casar seu único filho. Enquanto sou praticamente arrastada pela estilista para provar o primeiro vestido, Lilian ficou me aguardando, sentada em uma linda poltrona cor nude que combinava com a decoração do provador dos vestidos. O lugar é lindo, perfeitamente exclusivo para noivas.— Esse ficou lindo Cristine! Meu filho tem sorte, você é muito bonita — minha sogra afirma com um brilho intenso em suas írises. O vestido era simples e ao mesmo tempo demonstra a fineza em cada detalhes seus, estes que são bordados minúsculos feitos a mão. Para um casamento no jardim de casa aquele vestido estava perfeito. — Não quero vestir o segundo. Eu vou me casar com este! — Concluí. Lilian e a estilista bateram palmas e me elogiaram dizendo que tenho bom gosto. Depois de escolher o vestido, Lilian foi para casa esperar Bernard. Eu fui me encontrar com Heloá e Bianca. O
Rodrigo Bennett. Era uma tarde tranquila, estava curtindo minha despedida de solteiro com meus amigos, entre copos de whisky e conversas descontraídas. Estávamos no meu clube, assistindo a apresentação das belas dançarinas, elas estavam nuas. — Rodrigo esta é para você — e lá vem Marcos com o braço em volta da cintura de uma dançarina, que não era do meu clube. Comecei a rir dele, mas parei quando ouvi meu celular tocar repetidamente, eu não ia atender, hoje era um dia só para meninos. Falei com Cristine que só iríamos nos falar amanhã na hora do casamento, mas quando eu vi que era o celular da Heloá, me preocupei e atendi. — Rodrigo a Cristine foi sequestrada. Vem rápido — Bianca despeja as palavras de um só vez. O sentimento de perda antecipado me deixou vulnerável de modo rápido. Esta Foi a sensação que tive quando Bianca me falou com todas as letras, "a Cristine foi sequestrada" minha voz desaparece por uns segundos por conta da forte pontada no peito, tão forte que me faltou
— Martin, pegue a mala que está no carro. Dentro dela tem o dinheiro combinado e os novos documentos. Você pode ir — Martin continuou no mesmo lugar em pé e me observando de forma estranha. — Sabe madame... — ele coçou sua barba rala — quando envolve muito dinheiro, as pessoas mudam de ideia. Mudanças de plano senhorita Victória —aponta a arma para o meu rosto.— Desgraçado. Não foi esse o nosso combinado. Eu paguei bem para você me trazer a secretariazinha. O que você quer mais? — Senti um ódio absurdo daquele verme.— Eu sei, você até me pagou bem, mas o tão disputado Rodrigo Bennett, pode me dar mais pela mulher grávida. Eu quero mais dois milhões, mas antes quero matar a saudade dela — diz lançando um olhar perturbador sobre a Cristine. — Eu tenho nojo de você — Cristine o desdenhou cuspindo em direção a ele.Quem esse verme pensa que é para fazer isso comigo? Eu imaginava que poderia aparecer algum imprevisto, e por isso eu trouxe a minha pequena arma presa na minha coxa direita
Uma semana depois... Cristine Castro. Hoje é o dia mais feliz da minha vida! Depois de tudo que passei, me sinto cada vez mais forte. O passado não foi generoso comigo, mesmo assim, eu não me dei por perdida. Caí e levantei inúmeras vezes e se, for preciso escalar um arranha-céu, eu o faço. Serei mãe daqui uns meses e esposa daqui a vinte minutos. Isso mesmo, em menos de meia hora estarei casada com um homem incrível! Se foi sorte? não, quem precisa de sorte quando se acredita em Deus? Só ele sabe o que eu passei para estar aqui hoje. Tenho muito orgulho da mulher que me tornei. Hoje posso concordar que sou um mulherão da porra! Ainda mais assim, vestida de noiva, me sinto linda e confiante! — Vamos Cristine, todo mundo está esperando. — seus olhos arregalaram —Como você consegue ficar mais linda? — Lucas faz o elogio ao abrir a porta do meu quarto. — Engraçadinho — sorri para meu amigo, ele estendeu o braço para mim. Descemos as escadas de braços dados. Todos aguardavam minha e
Abrimos a porta e entramos na bela propriedade. É bem espaçosa, andamos até uma das salas onde tinha uma bela lareira rústica, acima dela haviam fotos e eu não contive a curiosidade, me aproximei querendo saber quem era os donos daquela linda mansão, no entanto me surpreendi ao ver uma foto da minha mãe, dos meus avós, e uma minha quando era criança. Meu coração batia freneticamente, eu não consegui mais segurar as lágrimas. Aquela surpresa foi demais para mim. Era a casa da minha mãe. — Rodrigo, como você conseguiu? — Eu comprei. Os moradores não queriam vender de forma alguma. Então dobrei o preço e eles cederam. Os objetos que eram de sua família ainda estavam no porão. Contratei umas empregadas. Elas vieram organizar tudo para você há dois dias. — Ai meu Deus Rodrigo! Eu não sei como agradecer ou o que devo dizer — mal terminei de falar o Rodrigo tomou minha boca em um beijo urgente. — Não precisa dizer nada, só me deixa tirar esse vestido, pois estou ficando sem paciência — f
Epílogo 1751 palavras. Cristine Bennett. 16 anos depois...— Anda logo, Aurora. Estamos atrasados. — É que o Cayo ainda não chegou. — olha pela janela pela décima vez e nada de Heloá aparecer. — Ôh meu amor, não fica assim, eu sei que eles vão vir. Heloá me prometeu. — tento acalmá-la.Nossos filhos foram criados juntos, meu amigo Lucas mudou para nossa cidade assim que casou com Heloá. Três meses depois que tive minha bebê, Cayo, o filho deles, nasceu. São da mesma idade, porém com poucos meses de diferença. São muito grudados, às vezes penso que nossos adolescentes estão apaixonados um pelo outro. Essa mudança vai ser muito difícil para ambos. No entanto, quero que minha filha vá para a faculdade antes de se envolver com qualquer homem.Estamos acabando de fazer as malas para irmos ao aeroporto. Rodrigo nos espera na nossa nova casa em Massachusetts, EUA. Ele cumpriu o que prometeu, disse que nossa filha iria estudar em Harvard e aqui estamos a caminho de uma nova vida longe do