Massimo voltou ao escritório depois de duas semanas fora, esta era a única ocasião em que tinha se ausentado por tanto tempo desde que se tornou presidente da empresa. Tinha uma aparência cansada, mas não havia opção, devia manter a mente longe das lembranças e pensamentos sobre sua mulher, que estava sendo cuidada desde ontem por Emma.— Massimo! Fico muito feliz em ver você de volta! Como está? Como está a dramática da sua mulher? — Disse Alessia esboçando um enorme sorriso.— Senhorita Amato, vou pedir que tenha mais respeito pela Guadalupe, ela não está passando nada bem e tudo foi a partir do que viu, então seu comentário está fora de lugar.— Massimo! Desculpa, mas pensei que você se incomodasse com a atitude da sua mulher!— O fato de eu fazer comentários depreciativos sobre minha esposa não te dá o direito de fazer o mesmo, você deve conhecer muito bem seu lugar e por enquanto você é minha amante.— Desculpa Massimo! Não pensei que isso te incomodaria, não vou fazer de nov
Massimo se levantou do banco com uma sensação de peso no corpo e sobretudo no coração, todo este tempo tinha sido um imbecil, ele tinha se tornado o carrasco de Guadalupe sem razão. Ela nunca quis machucá-lo, ela só entregou seu coração, sua juventude e sua inocência, só para ser pisoteada. Com a mão tremendo, tirou seu telefone e ligou para Matteo:— Matteo, preciso que me ajude a investigar o que aconteceu no dia que me casei com Guadalupe.— Senhor? Especificamente o que quer que eu procure?— Pra começar quero saber se Alessia esteve lá!— Mas senhor, isso o senhor sabe, ela foi ver o senhor...As palavras que Matteo tinha deixado escapar ecoaram nos ouvidos de Massimo. Era verdade, ele tinha esquecido, Alessia sim esteve lá, foi pedir que ele não se casasse, ela poderia procurar trabalho em outro lugar, propôs. Mas Massimo estava embevecido pela relação que tinham e não pensava direito nas coisas, sabia muito bem que sua esposa seria Guadalupe e isso não tiraria méritos, mas
Emma, ao ver que a vovó Caterina estava indo embora, se preparou para voltar à mansão de Massimo. Enquanto caminhava em direção à saída, ouviu Massimo pronunciar seu nome.— Emma, espera que eu te levo pra casa, estou indo pra lá. — Disse o homem com uma expressão fria, que fez Emma tremer.— Senhor, não quero incomodar, o senhor deve ter que voltar pro escritório.— Não Emma, o que eu preciso fazer na mansão não pode esperar mais, vamos.Emma não teve escolha e caminhou ao seu lado em silêncio. Chegaram ao carro e ela entrou, percebendo que algo na expressão de Massimo tinha mudado, mas não conseguia decifrar o que era. Depois de tanto tempo trabalhando pra ele, tinha aprendido a ler suas emoções, mas desta vez estava difícil definir o que estaria passando pela sua cabeça.Chegaram em casa e ela disse:— Senhor, quer que eu prepare algo pro jantar?— Não Emma, preciso que você me acompanhe até o escritório. Quero conversar com você sobre um assunto particular.Emma sentiu um s
Na manhã seguinte, Matteo acordou com dor de cabeça, tinha quebrado a cabeça só pra pensar em como rescindir o contrato de Alessia, sabia muito bem que assim que informasse, essa mulher ficaria louca e o pior era que ele tinha que avisar por ser seu superior.Massimo, por outro lado, naquela manhã se levantou, estava com dor de cabeça, tinha bebido muito durante a noite e isso tinha causado estragos, com sua mão direita tocou a ponte do nariz tentando aliviar a dor na testa. Tomou banho, saiu e vestiu um elegante terno preto que o fazia parecer tão imponente como sempre, olhava seu celular e queria ligar pra casa da vovó Caterina, mas ainda não encontrava as palavras certas pra Guadalupe, então preferiu só guardar e não pensar nisso por enquanto.Emma preparou o café da manhã, Massimo só tomou café e disse que ia pro escritório, ela pensava que ele iria atrás de Guadalupe depois de conhecer a parte da história que foi mantida escondida, mas não foi assim. Pensou que era verdade, Ales
Guadalupe acordou depois de uma longa soneca, Pietro tinha razão, o óleo essencial de lavanda a tinha relaxado. Seja pela mudança de casa, seja porque a vovó Caterina e Pietro estavam ali ou só porque devia ser forte pra se recuperar o mais rápido possível pra ver seu avô, ela tinha conseguido dormir como um anjinho.— Guadalupe... Posso entrar? — Se ouviu a voz masculina de Pietro.— Claro! Entra!— Como amanheceu a mulher mais bonita desta casa?— Pietro, and, entra. Guadalupe deve estar morrendo de fome... — Se ouviu a voz da avó.— Ah vovó! Não fique com ciúmes, Guadalupe seria a segunda mulher mais bonita desta casa. — Disse enquanto arrumava na cama uma bandeja com um delicioso café da manhã pra Guadalupe.— Nossa! Que cheiro delicioso! São meus pratos favoritos. — Disse a moça com os olhos bem abertos.— Eu disse que cuidaria de você e ajudaria na sua recuperação. Pra isso, antes de tudo, você precisa estar de barriga cheia e coração contente.— Pietro acordou cedo e pre
Massimo levantou-se e pegou o primeiro voo para outra cidade. Sua esposa o havia convidado para conversar, e ele não desperdiçaria essa oportunidade. Ao chegar, dirigiu o mais rápido possível para a Valderosa. Naquele dia específico, os campos pareciam mais reluzentes. Ele carregava uma mistura de emoções que não conseguia descrever, mas só de ter ouvido a voz de sua esposa e pensar que a veria hoje, ficou de bom humor.Por outro lado, algo fez com que Guadalupe acordasse. Não sabia se foi um sonho ou um de seus costumeiros pesadelos, mas lembrava-se de ter falado com seu marido. Sentiu uma pontada no estômago quando viu seu telefone na cama. Rapidamente o verificou e, de fato, havia uma chamada de Massimo. Isso fez com que o sono desaparecesse. Pegou seu roupão e saiu para caminhar pelos jardins da mansão. A manhã estava fresca e havia uma leve brisa.Leopoldo, ao ver um automóvel chegando à mansão, saiu para recebê-lo pensando que se tratava do Sr. Pietro, mas não era.— Senhor Pe
Depois que a avó Caterina levou Guadalupe da mansão de Massimo, o tempo seguiu seu curso. Alessia estava demonstrando muitas qualidades que a tornavam superior a vários colegas do escritório, algo que não passava despercebido aos olhos de seu amado, que apenas por alguns dias sentiu a ausência de Guadalupe em casa.As notícias de que Alessia Amato era o atual relacionamento do presidente do Conglomerado Pellegrini tornaram-se tendência nos meios que cobriam eventos sociais. Eram um casal digno de admiração: ambos tinham a mesma idade, trabalhavam juntos, ombro a ombro, mão a mão, além de ser a primeira vez que viam o presidente da companhia com uma mulher, e não qualquer mulher — era uma requintada e distinta mulher.As páginas sociais diziam que eram um casal de sonho e previam um casamento em breve. Era possível vê-los saindo de algum restaurante luxuoso, algum café, e até mesmo se davam tempo para assistir a estreias de filmes, como se fossem qualquer casal normal.A mídia gostav
Assim que Massimo e Guadalupe saíram do salão onde foi realizada a cerimônia, chegaram à mansão. Guadalupe estranhou o silêncio sepulcral durante a viagem, além do fato de que Massimo só abriu a boca para dizer que a lua de mel havia sido cancelada.Chegaram à mansão. Massimo desceu do carro e se adiantou para entrar na casa sem sequer olhar para Guadalupe, que ainda estava dentro do veículo. Ela abriu a porta, ainda com o buquê de noiva na mão. Viu-o subir os degraus da entrada, apertou os caules das flores e caminhou para dentro. Quando entrou, viu Massimo esperando apenas para dizer que não dormiria no quarto principal e continuaria dormindo no quarto de hóspedes.Ela ficou sentada na sala por um longo tempo, ainda usando o vestido de noiva. Massimo havia se trancado em seu escritório. Depois de um bom tempo, Guadalupe criou coragem e foi caminhando até o escritório para perguntar o que estava acontecendo com ele. Estava prestes a abrir a porta quando esta foi aberta e aquele home