Kiara,Partimos dois dias depois da morte da Karina. A Aurora fica de colo em colo, mas dentro do jatinho, ela fica no meu colo junto com o Nando. Algumas horas de voo e chegamos na Espanha, onde os carros já nos aguardam para nos levar até a mansão dos meus pais.Depois de tantos anos sem vir aqui, até parece que tudo mudou. Não me sinto mais em casa agora, me sinto realmente uma visita. Como chegamos bem no horário do almoço, seguimos todos até a mesa.– Cadê meus irmãos? – Depois que Klaus, Kallel e eu nos casamos, minha mãe adotou um casal de bebês que estão agora com 7 anos.– Estão na escola. Eles ficaram com as babás enquanto íamos te buscar. Mas são lindos e bem educados. Eles parecem mais com o Kallel do que com você e o Klaus, sabe, menos agitados.Olho para o Nando com vergonha, pois Klaus e eu testávamos os batimentos cardíacos da minha mãe. Acho até que sou um pouco bruta por causa da minha criação com o meu irmão. Kallel era muito sem graça, as melhores brincadeiras eram
Kiara,Estou tão nervosa que parece que vou explodir de tanta ansiedade. Cada passo parecia mais pesado do que o anterior, carregando consigo a esperança e o medo de receber notícias desanimadoras. Chegando no consultório do médico, não demora e ele nos chama para entrar. Olho para aquele homem que parece um deus grego. Que Nando não ouça os meus pensamentos, mas o cara é o cara.— É por isso que as mulheres conseguem engravidar. Um médico desse não tem como não voltar aqui toda semana. Meu Deus. Desculpa, sogra, mas olha essas mãos. — Clara fala, fazendo a gente rir e o médico ficar com vergonha.— Eu falei. — Minha mãe fala, sorrindo para ele.Ele não cumprimenta e manda sentarmos nas cadeiras para começar a consulta. Ele pergunta há quanto tempo estou tentando engravidar, quais métodos já utilizei e o que uso agora para evitar a gestação. Vou dando todas as respostas para ele, enquanto Clara e minha mãe observam atentas.— Kiara, entendo suas preocupações e a gravidade da sua condi
Fernando,Contei tudo para o Klaus sobre o Castello. Ele ficou visivelmente irritado com a situação, especialmente ao descobrir as intenções de vingança envolvidas. A desavença original era entre meu pai e o pai de Castello. Ele tomou para si as mágoas daquela época e agora quer me usar como peça central em sua retaliação.— Vou colocar o nome dele aqui no campo de busca. Pelo menos com o sequestro da Kiara, ela conseguiu descobrir a identidade dele e o nome completo. Vou fazer uma pesquisa agora e mostrar as opções para ela. Assim, saberemos exatamente quem estamos procurando.— Eu tô tão cansado disso tudo, Klaus, que o meu maior sonho era me tornar o dom, mas quando o meu pai reassumiu o cargo eu senti um peso saindo das minhas costas. Mas tenho que encontrar esse desgraçado, porque mesmo que eu queira voltar, meu pai não vai deixar até eu levar a cabeça do Castello para ele.— Vamos encontrar, deixa o aplicativo trabalhar ai. E essa história de barriga de aluguel? — reviro os olho
Fernando,Fizemos nossas malas, e entre lágrimas, Kiara se despede de nossa filha. Eu a abraço com força, dando um beijo carinhoso em sua cabecinha antes de entregá-la para minha mãe. É um momento difícil, mas sabemos que é temporário e que estaremos juntos novamente em breve. Respiro fundo, tentando controlar a saudade dela que já me invade antes mesmo que a gente saia.— Se cuidem, e volte com meu neto na barriga. — Minha sogra fala, e seguimos para o carro. Olho para os lados e não encontrei Klaus e Clara. Acho que foram para casa brigando por causa do médico.Chegamos à pista de pouso e entramos rapidamente no jatinho. Ainda sinto meu corpo formigar de raiva por causa daquele médico desgraçado. Kiara pega na minha mão, e eu a olho sem entender. Há uma mistura de preocupação e determinação em seu olhar, e sei que ela está tentando me acalmar e me manter focado no que precisamos fazer. E vai ser bom esse tempo só para nós dois, mesmo eu não acreditando naquele médico.— Para com iss
Fernando,Pois quando a Kiara está determinada a alguma coisa, ela se entrega de corpo alma e coração. Respiro fundo, antes de dar início a mais uma rodada de sexo. Só nesse dia, transamos quatro rodadas de uma vez, e só parando quando ela caiu na cama cansada, e acabou dormindo. Aproveitei e dormir também, para recarregar as energias de amanhã. Já que essa semana será bem longa para nós dois.Nos dois primeiros dias, o sexo toda hora tava bom de mais, só que chegou uma hora que o meu corpo estava pedindo arrego. Eu tentava convencer ela a parar um pouquinho, para descansar, mas Kiara com a sua obsessão, não parava, e agora parece que o meu pau ficou esfolado.— Vamo logo Nando, tem uma praia paradisíaca aqui que a gente pode fazer amor na água, eu quero tentar. — Ela fala batendo na porta do banheiro, eu estou a ponto de chorar. — Nando, me responde.— Calma amor estou sentado no trono, logo eu saio. — Olho para o meu pau que está mais vermelho que pimentão, até em tocar nele para l
Fernando,Acordo e Kiara continua dormindo. Será que eu exagerei ao colocar cinco gotas do remédio? Não, ela precisa descansar tanto quanto eu. Não é possível que a boceta dela não esteja ardida depois de tanta foda.Levanto indo direto para o banho, e ao olhar para o meu pau, vejo que talvez precise que ela entre em coma para ele se recuperar totalmente. Ainda estamos no quarto dia de lua de mel, e como ela disse que precisamos ficar aqui por uma semana, vai ser difícil eu conseguir a recuperação.“Mais três dias, Fernando, só mais três dias.”Mando força para mim mesmo para que aguente passar por isso sem muitos danos, o que é impossível, é claro. Uma coisa é na teoria, onde o cara fala que dá várias gozadas sem tirar de dentro, outra é a verdade nua e crua, onde ele tem que passar por isso na vida real.Saio do banho, e ela continua dormindo na mesma posição, serena e tranquila. Aproximo-me dela sem fazer nenhum ruído, com medo de acordá-la. Verifico delicadamente se ela está respi
Kiara,Quando desperto, sinto a luz intensa do hospital iluminando o ambiente ao meu redor. Percebo o médico debruçado sobre mim, com o estetoscópio em mãos, examinando-me com atenção. Seguro firmemente em sua mão e pergunto com voz trêmula o que está acontecendo e onde exatamente estou, tentando desvendar o cenário ao meu redor. — Você está no hospital, seu marido te trouxe apavorado. Como está se sentindo? — Ai, como um flash tudo vem na minha mente, me lembrando que estava com ele caminhando, e simplesmente apaguei. Ele me drogou, com certeza.— Doutor, te pago o dobro da conta hospitalar para você me ajudar a dar uma lição no meu marido.— Isso vai contra a nossa política senhora...— O triplo. Ele me drogou ontem a noite e eu preciso saber o porque. Se você falar que eu estou bem, ele não vai falar nada. Só preciso que ele fique acordado a noite toda, para aprender a lição.Ele balança a cabeça, mostrando uma preocupação, achando que vai sobrar para ele, mas acaba aceitando o me
Fernando,Kiara sai do banheiro com os olhos cheios de lágrimas, ela aponta o teste para o médico e, com um sorriso radiante, volta o olhar para mim.— Positivo. Temos um bebê a caminho, mamãe. Pensei que nem ia aparecer tão cedo, já que são poucos dias desde a concepção.— Pode ser um falso positivo, doutor? — pergunto, buscando uma confirmação, enquanto o médico balança a cabeça negativamente, descartando essa possibilidade. A tensão no ar me consumia, e o balançar da cabeça dele negando só me conforta.— É muito raro um falso positivo. Pode haver vários casos de falso negativo, mas positivo é positivo. Mas vamos fazer a transvaginal para ter certeza.— Vaginal? Tá de brincadeira, né? — Isso não pode ser verdade. Kiara pisa no meu pé, e eu solto um grunhido de dor, sentindo a mistura de surpresa e desconforto diante dessa safadeza do médico.— Sim, o bebê ainda é muito pequeno para conseguirmos vê-lo pela ultrassonografia normal. Pode colocar a camisola que está ali no saquinho. O b