HannaA partir dali, tudo era calor e entrega, um turbilhão de sensações que parecia incendiar cada centímetro do meu corpo. Nossos movimentos se encaixavam com uma perfeição, como se tivéssemos sido feitos um para o outro.Seus lábios deslizaram pela minha nuca, enviando ondas de prazer que arrepiavam minha pele e despertavam desejos primitivos. Suas mãos firmes exploravam meu corpo com a intensidade de quem conhece cada detalhe, cada curva. Ele beija minha nuca enquanto segura meus seios com desejo, os dedos provocando arrepios que me faziam gemer baixinho.Seu toque foi descendo pelo meu abdômen, quente e carregado de intenção, até alcançar minhas coxas. Ele me virou suavemente, posicionando-se à minha frente, e com um olhar que parecia me consumir, abriu minhas pernas, como se quisesse me devorar inteira.Cada toque seu era uma confissão. Cada suspiro, uma promessa. E cada gemido que escapava de nós era como uma melodia secreta, composta apenas para aquele instante. O tempo deixou
KevinAmanheceu, e por mais que eu quisesse prolongar aquela bolha de paz que criamos, era hora de voltar à realidade. Meu celular vibrou sobre a mesinha de cabeceira, e Davis enviou uma mensagem informando haver deixado um carro à nossa disposição. Ele também garantiu que não havia mais repórteres na casa de Hanna.— Vamos, meu amor? — perguntei, levantando-me preguiçosamente e estendendo a mão para ela.— Não quero. — A resposta veio com um biquinho que derreteu meu coração.Ri baixo e me inclinei para beijar sua testa.— Eu também não quero ir. Mas precisamos contar a novidade para Kat.O sorriso que iluminou no rosto dela era tudo para mim. Hanna tinha aquele tipo de beleza angelical que te fazia esquecer o mundo. Quando ela estava feliz, parecia que o universo sorria junto.— Ela vai dar pulos de alegria — respondeu, com a certeza de uma mãe que conhece cada detalhe da filha.Tomamos um café da manhã tranquilo, depois descemos de mãos dadas e, enquanto eu fechava a conta na recep
KevinAo chegar no meu apartamento, senti um leve nervosismo se instalar. Não era a primeira vez que eu fazia algo importante por ela, mas este momento tinha um peso diferente. Caminhei direto para o guarda-roupa, abri a porta e procurei no fundo da gaveta onde, por um tempo, aquele anel havia sido esquecido.Quando meus dedos tocaram a pequena caixinha de veludo, uma onda de memórias me atingiu. Lembrei-me do dia em que o comprei, de como imaginei esse instante, mesmo sem saber se um dia ela voltaria para mim. Mas agora, aqui estávamos.Com o anel em mãos, voltei para a sala, onde Hanna me observava com curiosidade. Seus olhos seguiram cada passo meu, e quando me ajoelhei diante dela, sua expressão mudou. Ela sorriu envergonhada.Abri a caixinha, revelando o anel que escolhi para ela com tanto cuidado. O brilho da joia parecia pequeno perto do brilho em seus olhos.— Meu amor, ele é lindo! — ela exclamou, com a voz embargada, lágrimas escorrendo suavemente por suas bochechas.Respire
KevinEu assenti, inclinando-me para beijá-la de leve antes de pegar o aparelho. Quando abri a mensagem, meu corpo congelou."Kevin, para de ser irresponsável e venha apoiar a família Caspian. Ashley sofreu um acidente de carro e faleceu."Meu coração disparou e o mundo pareceu girar ao meu redor. Por um momento, não consegui respirar direito. Aquelas palavras piscavam na tela como se fossem irreais, mas eu sabia que eram verdades.Hanna percebeu a mudança instantânea em minha expressão.— O que foi? — ela perguntou, sua voz agora tensa, cheia de preocupação.Olhei para ela, mas as palavras não saíam. Como eu poderia explicar o que acabara de acontecer? Como contar que a mulher com quem eu estava preso em um relacionamento de fachada, mas que ainda assim fazia parte da minha vida, havia acabado de morrer?Ela segurou minha mão, apertando-a com força.— Kevin, você está me assustando. O que aconteceu?Respirei fundo, tentando processar tudo antes de falar.— É Ashley… — comecei, mas pr
KevinO som abafado do murmúrio de vozes preenchia o ar, enquanto eu observava o salão decorado com flores brancas. O perfume delas era enjoativo, como se tentassem mascarar a sensação de perda que pairava por todos os cantos. Ashley estava deitada ali, dentro do caixão, com um semblante sereno que nunca vi antes. Era irônico pensar que, na morte, ela parecia mais em paz do que em todos os anos que passamos juntos.Meus dedos formigavam ao lado do corpo. Mantive as mãos nos bolsos do terno, tentando me ancorar. Olhares curiosos pousavam sobre mim, como se esperassem alguma reação, um colapso, talvez. Mas tudo que eu sentia era um misto de vazio e um peso esmagador de responsabilidade. Ashley não era uma mulher fácil. Nossa relação nunca foi simples, mas ela não merecia esse fim.Minha mente vagava enquanto as palavras das pessoas ao meu redor se tornavam indistintas. As condolências, os sussurros sobre como ela era uma mulher incrível… Tudo parecia uma peça ensaiada. Queria acreditar
Duas semanas depois…DylanAs paredes brancas e sem vida da cela pareciam refletir a monotonia que tomou conta dos meus dias nos últimos meses. O som estridente da porta de ferro sendo destrancada cortou o silêncio. O guarda me lançou um olhar vazio antes de anunciar:— Mcnold, você está livre para aguardar julgamento.Livre. A palavra ecoou na minha mente como uma promessa e uma maldição. Peguei minhas coisas, uma sacola plástica que continha quase nada além de roupas usadas e a amargura de quem já perdeu muito. Meu advogado, sempre impassível, esperava do lado de fora. Ele ajustou a gravata enquanto me acompanhava até a saída.— Você teve sorte — disse ele, com o tom frio de quem se importa apenas com o próximo cheque. — Ou conhece as pessoas certas. Mas isso não é o fim. Agora é hora de agir corretamente e pensar na sua defesa.Eu não respondi. O sol cegava meus olhos ao atravessar os portões. Uma sensação estranha de alívio e desconforto tomou conta de mim. As pessoas na rua passa
As palavras ficaram presas na garganta. Eu queria protegê-la, mas sabia que não podia esconder isso dela. Ela precisava saber.— Hanna, precisamos conversar. — Minha voz soou rouca, quase um sussurro.O sorriso no rosto dela desapareceu, dando lugar a uma preocupação profunda. Ela mandou Kethellen subir para brincar no quarto e se virou para mim, agora completamente atenta.Eu me sentei ao lado dela, tomando suas mãos nas minhas. Mas mesmo assim, as palavras não vinham. Como dizer algo que você sabe que vai destruir a pessoa que ama?— Kevin, por favor, diga logo. — O tom dela era firme, mas os olhos já denunciavam o medo.Respirei fundo, tentando encontrar coragem. Mas naquele momento, tudo o que eu queria era que aquela conversa não fosse real. Que aquela notícia não fosse real.Eu a amava mais do que qualquer coisa no mundo, mas não sabia como protegê-la dessa dor.E, ainda assim, eu precisava tentar.— Dylan… Ele foi solto hoje, vai aguardar o julgamento em casa.…HannaEu sabia
HannaEu estava empurrando o carrinho de compras pelo corredor de frutas quando ouvi a voz. Aquela voz. Estridente, cheia de raiva, ecoando pelo ambiente como um trovão.— Hanna Roux!Meu coração disparou. Virei-me lentamente e lá estava Alicia, com os olhos faiscando de ódio, segurando uma bolsa que balançava perigosamente ao lado do corpo.Ela veio em minha direção como um furacão, ignorando olhares curiosos e cochichos de outros clientes.— Por sua causa, minha vida virou um inferno! — ela gritou, parando a poucos centímetros de mim. — Dylan pediu o divórcio! Ele destruiu tudo, e é culpa sua!Eu congelei por um segundo, tentando processar as palavras dela. O supermercado parecia ter ficado em silêncio absoluto, exceto pela respiração pesada de Alicia e pelos batimentos acelerados do meu coração.— Alicia, do que você está falando? Eu não tenho nada a ver com isso! — tentei dizer, mas ela não quis ouvir.— Não minta! — Ela levantou a mão, como se fosse me bater, mas parei o moviment