DylanSaio em direção à casa da Hanna. Após investigar um pouco, descobri finalmente o endereço dela. Estaciono à distância e fiquei observando, enquanto decidia se me revelaria de imediato ou se me divertiria um pouco antes disso. Optei pela diversão e comecei a provocar: primeiro enviei uma mensagem dizendo que eu já sei que a "pirralha" é minha filha. E também para que se afaste de Kevin, não quero ele perto delas.Fiquei imaginando ela lendo aquelas palavras. Será que você ficou assustado? Confusa? Esse pensamento me diverte, mas minha satisfação dura um pouco. Logo vejo Kevin estacionando o carro em frente à casa. Instantaneamente, meu humor azeda.— Mas que diabos ele está fazendo? E... ele está de pijama? — murmuro, irritado e incrédulo no que via, de dentro do meu carro.A simples ideia de imaginá-los juntos me consome, e decido agir novamente. Digito outra mensagem para Hanna, espero o caos acontecer.Após um tempo, observo Kevin sair furioso, e sorrio em vitória.Ganhei a no
Hanna— Desde quando você defende tanto o Kevin? — Digo, encarando minha irmã.— Desde que eu sei o quanto vocês se amam, ouviu no plural, SE AMAM. — Ela respondeu com sinceridade. — Mas, mudando de assunto, já faz mais de um mês que você está de molho desde que teve alta. Vai fazer o coquetel da Bella Vitta?— Vou. Dei uma olhada no cardápio e vi que tem canapés e sinceramente, você e o Luigi são um desastre com os canapés.Hazel fez uma careta, mostrando a língua como uma criança.— Então bora se arrumar, sua chata, senão vamos nos atrasar. Ligarei para July.— Está bem. Tomarei um banho rápido. Depois, você faz aquela trança embutida para mim?— Claro. E Hanna.— O quê?— Precisamos de um quadro novo, esse realmente é melancólico. Ele é lindo, mas precisamos de alegria nesta casa.Vou para o meu quarto rindo dela. Enquanto a água quente escorria, um frio na barriga se instalou. Será a primeira vez que volto para a cozinha depois do que aconteceu. Confesso que dá medo, mas preciso e
KevinEstava tocado no sofá, zapeando pelos canais sem realmente prestar atenção em nada. A saudade da Hanna e da Kat me sufocava. Como pude ser tão machista e idiota? Ela nunca vai me perdoar.Enquanto travo essa batalha interna, meu celular começa a tocar. Olho no identificador e é Davis. Suspiro antes de atender.— Fala, comigo.— “Fala”? É assim que um CEO atende o telefone agora?— Ah, como se você fosse o presidente da República. Fala logo, cara.— Você vai a um coquetel comigo. Já está mofando nesse apartamento há semanas.— Nem pensar. Me deixa aqui na minha paz. — Digo já querendo desligar.— Hum... OK. Então, comerei tudo o que sua amada preparar e ainda vou te mandar fotos. Quem sabe mando uma foto com ela junto.Me endireito no sofá, com o coração disparando.— Hanna, vai servir o buffet?— Sim, meu querido amigo idiota.— Que horas e onde eu pego o convite?Ele dá uma gargalhada que ecoa do outro lado da linha.— Relaxa. Te encontro no evento e entrego o convite lá. Já pe
Hanna— Está tudo bem? Você está vermelha? — Hazel pergunta preocupada, me olhando do outro lado da pequena cozinha reservada a nós.— Preciso de um ar, se importam de ficar sozinhos por alguns segundos? Preciso respirar um pouco. Acho que minha pressão, não sei.— Claro, quer que eu vá junto? — Luigi pergunta preocupado, o encaro séria e nego com a cabeça e digo:— Não obrigada.— Qualquer coisa me liga. — Hazel diz, voltando a atenção ao prato que decorava.Continuo chateada com como Luigi agiu com Kevin, sei que foi para me proteger, mas ele passou do limite.Estou caminhando, tentando organizar meus pensamentos, quando uma mulher grávida surge no meu campo de visão. Na verdade, eu nem estava prestando atenção nas pessoas ao meu redor; meu foco estava perdido, entre o aperto no peito e a leve dor de cabeça que começava a pulsar. Cada passo parecia pesar mais do que o anterior, e a última coisa que eu queria era ter que lidar com os convidados.Já estava prestes a chamar um dos meni
— Ke… Kevin! O que faz aqui? — Nego com a cabeça. — Desculpe, fui indelicada. Ele me ignora e continua:— Lembro como se fosse hoje, estávamos sentados em nosso banco, eu pelo menos estava. — Ele sorri, o sorriso mais lindo e sincero do mundo. — Você estava deitada em meu colo com os joelhos encolhidos para caber no banco da praça. Estava usando seu moletom roxo, a noite estava gelada como hoje — ele diz enquanto tira o casaco e coloca-o sobre meus ombros — havia chovido o dia inteiro, mas conseguimos escapar para nos ver, pois era uma tortura ficar longe de você. — Ele coloca as mãos nos bolsos de sua calça impecável, olhando para a mesma estrela que brilhava no céu. — O tempo passou e continua sendo torturante.— Kevin… — Tento falar.— Não terminei, eu disse, olhando em seus lindos olhos azuis, vou comprar aquela estrela para você e darei seu nome, porque assim como ela está iluminando o céu escuro, você ilumina a minha vida. E isso continua sendo verdade… — Sinto lágrimas escorre
HannaMeu coração disparou enquanto as palavras de Hazel ecoavam em minha memória como um alarme ensurdecedor:"Amor, você lembra o que estava na mensagem? Foi uma ameaça clara! Se ela não se afastar de Kevin, ele brigará pela guarda da Kat. Ele é um monstro! Não pode chegar perto da minha sobrinha."Meus olhos arregalaram, a taça nas mãos de Dylan era como um símbolo para eu me lembrar do que havia dito na maldita mensagem, um pouco lembrete de que ele sempre encontraria uma forma de se infiltrar em nossas vidas, de manipular e destruir a paz que tentávamos construir. A abertura no peito voltou com força, e a certeza de que algo ruim estava para acontecer me jogou o ar.Imediatamente, dou um passo para trás.— Estou muito tempo fora da cozinha, preciso ir. — Digo ao dar mais um passo para trás.— O que aconteceu, quem está ali? — Ele vira e vê Dylan, o infeliz levanta a taça como fez para mim, Kevin fecha uma mão em punho, tão forte que seus dedos chegam ficar brancos.Kevin não diz
HannaComo posso ser tão ingênuo? Ele estava me beijando há alguns minutos, e agora está aos beijos com aquela víbora de cabelo vermelho. Meu peito está apertado, mas finjo não me importar enquanto tento me afastar da cena.Sinto um puxão no braço. Viro e lá está Kevin, com aquele olhar insistente.— O que foi? Volta para sua ruiva. — Disparo, tentando esconder a dor.— Não é o que você está pensando! Amor, eu estava indo embora quando ela me abordou. Estava dizendo a ela que não quero nada, mas ela me agarrou. Você precisa acreditar em mim.— Tanto faz. Não estamos juntos, faça o que quiser. Agora solte meu braço. — Tento manter minha voz firme, mas por dentro estou em frangalhos.— Tanto faz? Então você não se importa? — A pergunta dele é cortante, cheia de expectativa.— Não, não me importo. — Minto, sentindo meu coração disparar.— Certo. Então, não vai se importar com isso. — Antes que eu possa reagir, Kevin me puxa e sela seus lábios nos meus. Tento resistir, mas sou fraca, e ce
HannaA cozinha estava mergulhada em silêncio, exceto pelo tique-taque do relógio na parede. Encostei no balcão, segurando uma xícara de chá que já estava fria. Olhava para o nada, perdida nos meus pensamentos. O encontro com Kevin pairava sobre mim como uma nuvem de incertezas. O que eu diria? O que ele diria? Meu coração estava dividido entre me entregar de cabeça ou correr para longe.— Hanna, está tudo pronto, vamos? — A voz animada de Hazel me trouxe de volta à realidade. Ela estava me olhando como se me analisasse.Ergui os olhos, ainda hesitante. — Hazel, eu… eu combinei de conversar com o Kevin hoje.Hazel parou e, por um momento, me olhou com compreensão, antes de sorrir suavemente. — Vai lá, espero que dê tudo cer…— Não acredito que vai dar outra chance para esse babaca! — A voz de Luigi cortou o ar como uma lâmina. Ele apareceu na porta, os braços cruzados, o olhar pesado de frustração. — Não cansa sofrer, Hanna?Senti um aperto no peito. Sabia que ele dizia aquilo porqu