Capítulo 4
Viviane estava internamente radiante, mas superficialmente fingiu indiferença:

- Por causa de Dario, eu te perdoo.

Vitória se endireitou e olhou para Dario:

- Posso ir agora?

Ela não queria ficar ali nem por mais um segundo.

Ela apanhou o acordo de divórcio do chão e o entregou a ele, desta vez com uma resolução particularmente firme.

Dario examinou o documento e franziu a testa inconscientemente, surpreso por ela ter assinado tão prontamente.

Antes, ela sempre recorria à avó para resolver essas questões.

Ele havia planejado como convencer a avó, mas agora isso se tornou desnecessário.

No fundo, Dario se sentiu desconfortavelmente perturbado.

Ele notou a mala no chão.

“Ela estava se preparando para ir embora?”

Dario ergueu os olhos:

- Você encontrou um lugar para morar?

- Não.

Vitória respondeu instintivamente e depois olhou para ele surpresa.

“Dario estava preocupado com ela agora?”

Dario rapidamente desviou o olhar:

- Vá pegar gelo para Viviane aplicar. Ela torceu o tornozelo por sua causa, você realmente quer ir embora assim?

Era por Viviane, afinal.

Por um instante, Vitória pensou que Dario se preocupava com ela.

Três anos de casamento e ela não valia nem um fio de cabelo de uma amante.

Vitória deixou o quarto com passos firmes, a amante dormindo descaradamente na cama conjugal, e ela ainda tinha que levar gelo para a amante.

“Vitória, por que é tão submissa?”

Quando ela descia as escadas, tropeçou por acidente e instintivamente estendeu a mão, agarrando apenas o vaso de planta mais próximo, rolando escada abaixo com o vaso.

Nesse momento, alguém segurou sua mão.

Vitória olhou atônita para Dario, era ele quem a salvava!

O homem a puxou com força, sua cabeça batendo em seu peito, seu rosto junto ao coração dele, ouvindo claramente o batimento cardíaco forte.

Vitória recuou em pânico, tentando aumentar a distância entre eles.

Então ela sentiu seu corpo ser aliviado, alguém a segurava pela cintura e a carregava escada abaixo, seu rosto pressionado firmemente contra seu peito, envolvida instantaneamente pelo aroma masculino maduro.

Quando foi colocada no chão, a temperatura de seu rosto aumentou consideravelmente.

Embora estivessem casados há três anos, nunca tiveram contato físico, exceto pelo incidente de sexo inesperado do mês passado.

A voz fria do homem ecoou acima dela:

- Preste atenção por onde anda para não cair e ficar tonta.

Vitória apertou os lábios, seu humor gradualmente se acalmou ao ver o vaso quebrado na escada, a terra espalhada por todos os lados:

- Vou limpar isso agora.

- Deixe a empregada fazer isso. Você não tem mais o que fazer?

Dario franziu a testa ainda mais.

Ele não contratava tantas empregadas sem motivo.

Foi então que Vitória se lembrou do que tinha descido para fazer: “pegar gelo para Viviane”.

Um olhar de autoescárnio passou por seus olhos enquanto ela levantou a cabeça e notou a camisa dele manchada de terra, provavelmente de quando a salvou mais cedo.

Esse homem tinha uma obsessão por limpeza, certamente não suportaria isso.

Ela ia avisá-lo, mas ele já estava subindo as escadas rapidamente, indo em direção ao quarto principal.

Ele estava tão preocupado com Viviane que nem mesmo se importava com a terra em sua roupa.

Vitória suspirou profundamente, subiu as escadas com o gelo, abriu a porta, mas não viu Dario.

“Onde estaria ele?”

Viviane estava encostada na cabeceira da cama, seus lábios vermelhos curvados em um sorriso:

- Coloque o gelo ali e saia. Você realmente quer ficar aqui me servindo? Ou talvez você queira assistir a mim e Dario fazendo amor, não nos vemos há três anos.

Viviane falava sem pudor!

Foi então que Vitória ouviu o som da água vindo do banheiro.

Dario estava tomando banho!

Seu rosto ficou pálido!

Eles acabaram de se divorciar e ele já estava com tanta pressa de ter relações sexuais...

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