Capítulo 5
Vitória pensava nos acontecimentos que se seguiriam naquela cama, sentindo uma onda de náusea.

Contudo, ela conseguiu se controlar e se virou para arrumar suas coisas no guarda-roupa.

Uma mala foi rapidamente preparada.

- Empregado, aquela mala parece ser de marca, encontre um saco para que ela leve suas coisas.

Rapidamente, o empregado trouxe um saco sujo e o jogou diante dela:

- Use isto.

Vitória se agachou para abrir a mala, ouvindo a voz de Viviane atrás de si:

- Depois, vamos verificar a bagagem dela para garantir que não roube nada.

Ao ouvir isso, Vitória se lembrou do que Dario tinha dito sobre abortar o bebê.

Ele estava no banheiro ao lado e se descobrissem sobre o relatório de gravidez, o bebê certamente não seria salvo.

O empregado e Viviane observavam do lado de fora do guarda-roupa.

Ela olhou para o relatório de gravidez escondido e tomou uma decisão.

De costas, ela secretamente rasgou o relatório de gravidez e o engoliu, pedaço por pedaço.

Ela olhou para as roupas do homem no guarda-roupa, profundamente desapontada.

A partir de agora, este bebê não teria nada a ver com a família Lopes.

Vitória arrastou o saco para fora do guarda-roupa e perguntou friamente:

- Vão verificar?

Viviane cobriu a boca com a mão, com uma expressão de nojo:

- Leve ela lá fora para verificar, esse saco cheira mal.

Se Dario saísse do banho, não seria possível se livrar dela e ela não podia permitir que esse perigo permanecesse.

O empregado avançou e empurrou Vitória:

- Ouviu? Vá embora logo!

Vitória caminhou sozinha até a porta da mansão, um curto período de tempo que lhe pareceu um século.

O mordomo arrancou o saco das mãos dela e despejou tudo no chão, como se estivesse procurando algo.

Infelizmente, para eles, o relatório de gravidez já havia sido engolido por ela.

Vitória se agachou, tentando recolher suas coisas do chão.

Foi então que o celular tocou.

Ao atender, ouviu a voz da tia, as lágrimas começaram a cair.

Ela havia suportado as humilhações da amante e os mal-entendidos com Dario sem chorar, mas ao ouvir a voz da tia, não conseguiu se conter e falou com a voz embargada:

- Tia.

- Vitória, por que você está chorando?

- Tia, eu me divorciei, não tenho mais um lar.

- Quem disse que você não tem um lar? Eu liguei justamente para te contar uma boa notícia, sua família me encontrou. Você tem três irmãos biológicos na Cidade B, de sobrenome Pires, e mais três primos. Ao todo, são seis irmãos. Eles estão procurando por você, são sua família.

Vitória ficou surpresa:

- Minha família?

Ela sempre soube que era órfã, mas nunca havia pensado em procurar sua família biológica.

Se seus pais não a queriam, ela também não via necessidade de encontrá-los.

- Vitória, não chore, volte para casa. Não precisamos dessa nobreza! Quer que eu peça para o seu irmão ir te buscar...

Antes que Vitória pudesse responder, o celular desligou por falta de bateria.

Seu coração estava confuso. Será que ela realmente havia encontrado sua família?

- Vitória, o que você está fazendo?

Nesse momento, Dario apareceu, vestindo um roupão largo, saindo do salão.

Ele tinha a intenção de deixá-la ficar alguns dias para se recuperar, mas durante o tempo que estava no banho, ela já havia começado a arrumar as coisas para ir embora.
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