Viviane estava internamente radiante, mas superficialmente fingiu indiferença: - Por causa de Dario, eu te perdoo.Vitória se endireitou e olhou para Dario: - Posso ir agora?Ela não queria ficar ali nem por mais um segundo.Ela apanhou o acordo de divórcio do chão e o entregou a ele, desta vez com uma resolução particularmente firme.Dario examinou o documento e franziu a testa inconscientemente, surpreso por ela ter assinado tão prontamente. Antes, ela sempre recorria à avó para resolver essas questões. Ele havia planejado como convencer a avó, mas agora isso se tornou desnecessário.No fundo, Dario se sentiu desconfortavelmente perturbado. Ele notou a mala no chão. “Ela estava se preparando para ir embora?”Dario ergueu os olhos: - Você encontrou um lugar para morar?- Não.Vitória respondeu instintivamente e depois olhou para ele surpresa. “Dario estava preocupado com ela agora?”Dario rapidamente desviou o olhar: - Vá pegar gelo para Viviane aplicar. Ela torceu o tornozel
Vitória pensava nos acontecimentos que se seguiriam naquela cama, sentindo uma onda de náusea. Contudo, ela conseguiu se controlar e se virou para arrumar suas coisas no guarda-roupa. Uma mala foi rapidamente preparada.- Empregado, aquela mala parece ser de marca, encontre um saco para que ela leve suas coisas.Rapidamente, o empregado trouxe um saco sujo e o jogou diante dela: - Use isto.Vitória se agachou para abrir a mala, ouvindo a voz de Viviane atrás de si: - Depois, vamos verificar a bagagem dela para garantir que não roube nada.Ao ouvir isso, Vitória se lembrou do que Dario tinha dito sobre abortar o bebê. Ele estava no banheiro ao lado e se descobrissem sobre o relatório de gravidez, o bebê certamente não seria salvo.O empregado e Viviane observavam do lado de fora do guarda-roupa. Ela olhou para o relatório de gravidez escondido e tomou uma decisão.De costas, ela secretamente rasgou o relatório de gravidez e o engoliu, pedaço por pedaço. Ela olhou para as roupas d
Dario observou os objetos espalhados pelo chão. Eram todas roupas comuns, nenhuma peça de grife havia sido levada.Não é ela se casar consigo mesma apenas para cobiçar esses bens? E agora, não quis levar nada!Dario, ao olhar para um saco extremamente sujo no chão e franzindo a testa, comentou: - Outra jogada de manipulação, a quem ela quer impressionar desta vez com essa encenação? Minha avó nem está aqui!Durante os três anos de casamento, ele nunca gostou dela, mas financeiramente sempre a tratou bem.No divórcio, concedeu a ela uma generosa compensação, suficiente para que vivesse sem preocupações.“Ela realmente desejava ir embora ou estava apenas fingindo?”Vitória segurava seu celular descarregado, ainda refletindo sobre a notícia que a tia lhe dera, sobre encontrar sua família. Ela sempre sonhou em ser encontrada por sua família e nunca mais se sentir sozinha.Distraída, Vitória foi interpretada por Dario como consentindo com a situação.Viviane, fingindo dificuldade para an
Ele nunca havia pensado em se casar com ela, mas, uma vez que o fez, se ela se comportasse e fosse obediente, ele não se importaria com sua origem humilde, afinal, tinha dinheiro suficiente para sustentá-la. No entanto, essa mulher continuava a causar problemas repetidamente, e agora, parecia que nem mesmo queria mais fingir, revelando sua verdadeira face! Ele deveria se sentir aliviado, mas, ao ver a assinatura dela no acordo de divórcio, se sentiu como se estivesse batendo um punho em algodão, completamente impotente. Vitória estava profundamente magoada. Ela tentava parecer indiferente, não querendo que sua dignidade fosse pisoteada ao sair. Viviane, percebendo a tensão da situação, disse rapidamente: - Vitória, você está tão ansiosa para assinar o divórcio, já encontrou um novo parceiro para casar?Dario olhou para Vitória com uma expressão muito fria e um olhar escrutinador. Vendo a desconfiança no rosto de Dario, Vitória respondeu, sem mostrar fraqueza: - Sim, desde que o
Levar ela embora?Vitória observava o helicóptero à sua frente, se recordando da ligação que acabara de receber de grande grande tia, a qual lhe informou que havia encontrado sua família.Seria mesmo um membro da família que enviou o helicóptero para buscá-la?Ela beliscou o próprio rosto, se questionando se estaria sonhando.Como um helicóptero poderia descer dos céus para levá-la para casa?Vinte anos sonhando e, agora, aquilo se tornava realidade?Viviane, com um ar de escárnio, disse:- Vitória, você realmente sabe atuar, não sabe? De onde trouxe esses atores tão convincentes? Pobre continua pobre, não importa o quanto se disfarce, nunca mudará sua essência miserável. Um helicóptero, sério? Aposto que é a primeira vez que você entra em um, pobre que nunca viu o mundo!Vitória ainda não tinha tido chance de responder quando um de seus guarda-costas ergueu a mão e deu um tapa em Viviane, fazendo ela perder o equilíbrio e cair.Viviane gritou:- Vitória, como ousa mandar alguém me bat
Naquele momento, a tia de Vitória a segurou firmemente: - Não tenha pressa, seus outros irmãos chegarão em breve. Você pode voltar para casa depois de encontrar ele. Onde está a família, aí está o lar.Hélio olhou agradecido para a tia. Se não fosse por essa mulher, que sempre cuidou da irmã com tanto carinho, a vida dela teria sido muito mais difícil. Hélio falou respeitosamente: - Já reservei os quartos, vamos primeiro comer no restaurante.Vitória caminhava ao lado da tia, seguindo seu irmão mais velho, que acabava de conhecer. Percebeu que ele falava pouco e parecia um pouco distante, difícil de se relacionar. Mas pareceu que seu irmão era bastante rico! Ela desceu do andar superior do luxuoso hotel. Nunca havia estado em um lugar tão elegante.Hélio pensou na irmã voltando para aquela velha casa e sentiu uma dor profunda no coração. Vitória olhou para Hélio: - O que aconteceu?- Não é nada, entrou areia no meu olho. Irmã, você não gostaria de considerar se mudar? - Hélio
Vitória viu seus pais adotivos e seu sorriso desapareceu imediatamente:- Como vocês têm coragem de dizer que são meus benfeitores? Quando eu quase morria de fome em casa, foi minha tia quem me deu um pedaço de pão. Depois, vocês me abandonaram com ela para ser criada.A tia ficou um pouco surpresa:- Como vocês encontraram este lugar? Eu não contei a ninguém.A mãe adotiva colocou as mãos na cintura:- Cunhada, como tem coragem de dizer isso? Claramente somos os pais adotivos de Vitória e agora você quer tomar esse crédito para ti? Impossível!O pai adotivo cuspiu um catarro grosso:- Exatamente. Onde estão os familiares de Vitória? Se conseguem pagar um hotel tão caro, devem ser muito ricos. Eles têm que nos compensar.Eles nunca imaginaram que a criança que pegaram aleatoriamente seria de uma família tão rica.Eles tinham se dado bem.Vitória protegeu a tia e olhou friamente para seus pais adotivos:- Impossível, eu não vou dar um centavo a vocês. O tio brigou por causa de vocês e a
Ela não disse nada desta vez, apenas acompanhou obedientemente a tia para fora.Após ver sua irmã partir, Hélio se virou, adotando uma expressão de frieza severa. Já fazia muitos anos que ele não se envolvia pessoalmente, mas agora ele não conseguia mais se conter, alguém havia maltratado sua irmã! Isso era imperdoável!Um grupo de seguranças formou um círculo, bloqueando a visão externa.Hélio olhou para baixo, para seus pais adotivos, com um olhar assassino no canto dos olhos: - Trancada em um quarto pequeno? Sem comida?- Ela, ela estava lá porque não havia quartos suficientes em casa, o quarto de lenha era, na verdade, muito quente.- Sim, sim, naquela época éramos muito pobres, a família mal tinha o que comer.Hélio não mostrou hesitação. Ao agir, não piscou nem uma vez. Rapidamente, o casal de meia-idade não conseguiu mais falar uma palavra, vários dentes caíram, seus rostos cobertos de sangue.Agora, os pais adotivos se arrependiam amargamente. Esse homem, com aparência tão