Isabela arregalou os olhos ao ver a mão gordinha que se aproximava, surpresa ao reconhecer uma tia de cerca de cinquenta anos.A tia, com uma expressão severa, exigiu:- Esse frango é meu, o entregue a mim.- Que absurdo, este frango está marcado com seu nome? Quem pegar primeiro fica com ele, saia da minha frente, não pense que vou me intimidar só porque você é robusta. - Isabela não se acanhou, repelindo prontamente a mão rechonchuda da tia.Contudo, a tia, persistente, avançou novamente na tentativa de agarrar o frango:- Eu vi este frango antes, só não consegui pegá-lo, então me dê agora.Isabela, segurando firmemente o frango, retrucou friamente:- Se você o viu antes, por que não o pegou? Agora que está comigo, ele é meu, se afaste.A tia não desistiu, e as duas entraram em uma disputa acirrada pelo frango.A entrada da loja, já cheia, se tornou um caos com a confusão entre elas.Maria, preocupada com a segurança de Pedro, rapidamente o conduziu até o caixa na entrada da loja.Pe
Na foto, uma mulher de máscara se apoiava em um homem que também usava máscara e chapéu. O homem segurava um frango na mão. Essa foto era particularmente nítida, e pelas formas dos corpos e dos olhos, era possível identificar que a mulher era Maria e o homem, Cláudio. Entre a multidão barulhenta, os dois se destacavam extraordinariamente. Eduardo mantinha os lábios apertados e a linha da mandíbula tensa, sinais de que começava a se irritar. Miguel se aproximou, inclinou a cabeça e, com um olhar travesso no rosto, sorriu e disse: - Você sempre acreditou que essa mulher se importava com você, não é? Agora parece que ela não está nem um pouco preocupada, parece que já te esqueceu completamente.Eduardo jogou o celular para ele, dizendo casualmente: - Eu não estou prestes a morrer, por que ela deveria se preocupar comigo?- Exatamente, eu disse a ela outro dia que você estava morrendo, só para deixá-la preocupada por um momento, para que ela pensasse em você. Mas, pelo que vemos hoj
O pedido de José foi prontamente atendido por vovó Diana.Com um sorriso especialmente gentil, ela concordou:- Claro que sim, mas não vai incomodar seu bom amigo a essa hora?- Não, com certeza o irmão Pedro não estará dormindo agora. - Respondeu Ana imediatamente.Quando ouviu o nome de Pedro, os olhos de Eduardo brilharam.Ele colocou o garfo de lado lentamente e disse a José e Ana:- Se vão fazer uma videochamada, façam-na no sofá, para não atrapalharem a refeição de todos.- Duba, não seja tão severo com eles. - vovó Diana interveio, sorrindo ainda mais gentilmente para as crianças. - Aqui está ótimo, não atrapalham a refeição de ninguém.- Não se pode sempre mimá-los desse jeito, vocês acabarão estragando-os. - Eduardo falou, se levantando e indo em direção a José e Ana. - Vamos, levarei vocês até o sofá.- Tá bom.As crianças concordaram e foram para o sofá, segurando Eduardo de cada lado.Vovó Diana observou-os se afastando e se virou para Antônio com um sorriso:- Esse Duba é
Ana, com os olhos brilhando, perguntou:- Que jogo divertido é esse?Pedro respondeu:- A tia não disse, mas falou que as pessoas estão se tornando mais divertidas, então Ana, todos vocês devem vir, incluindo o tio.Ana olhou esperançosamente para Eduardo.Eduardo, com os olhos fixos na revista, parecia não ver o olhar dela nem ouvir a conversa.Ana se virou, insatisfeita, para José.José também parecia desapontado.- Pedro, é hora do jantar. - Nesse momento, a voz de Maria soou pelo celular.Eduardo tremeu ligeiramente o dedo.Ele ergueu os olhos e viu o rosto de Maria na tela do celular.Não sabia se era porque os últimos dias com Cláudio haviam sido bons, ou se o celular fazia as pessoas parecerem mais cheias, mas ele achou o rosto de Maria mais redondo do que antes.Esperava que fosse pela última razão.- José, Ana, quanto tempo! Estava com saudades de vocês.Ana disse:- Eu também estava com saudades, tia. Podemos passar o Réveillon com você, meu irmão e meu pai?Maria hesitou.Se
José rapidamente passou o celular para ele.Eduardo pegou o celular, deu uma olhada e as sobrancelhas franzidas relaxaram lentamente, até a sombra em seu rosto começar a desaparecer."Réveillon, depois que a vovó adormecer, traga o José e a Ana para cá, eu vou esperar por vocês."Ela hesitava agora porque estava preocupada com a avó?Ou será que tinha medo que ele e as crianças incomodassem ela e o Cláudio?Pensando assim, seu coração também se tranquilizou instantaneamente.Ele devolveu o celular a José, sorrindo:- Vamos, vamos jantar, depois do réveillon, levo vocês à casa da tia.José e Ana trocaram olhares, ambos com expressões confusas.Na noite de Santo Estêvão, todas as famílias estavam celebrando animadamente, exceto Fernando, um solteirão, que estava em seu apartamento jogando videogame.E o pior é que, durante o jogo, ele só encontrava casais.Um jogo terminou.Ele deixou o celular de lado, frustrado, olhando para a cidade iluminada lá fora, sentindo de repente uma onda de s
Ao ver Durval, Cláudio franziu levemente a testa: - Você também está aqui?Durval sorriu, sem entender, falando naturalmente: - Todo ano, no Dia de Santo Estêvão, janto com o Sr. Jacarias. Você não sabia?O canto dos lábios do homem tinha um ar de malícia.Cláudio não disse nada, apenas se sentou à mesa.Seu semblante estava abatido, e ele disse a Jacarias: - Você me chamou aqui por algum motivo?Jacarias se endireitou, falando: - Vamos jantar primeiro, hoje é Dia de Santo Estêvão, vamos aproveitar a refeição juntos.Cláudio esboçou um sorriso forçado.Por alguma razão, essa frase de Jacarias soou irônica e até mesmo cômica aos seus ouvidos.Ele se levantou e disse: - Eu já comi. Se não tem mais nada, vou embora.- Pare! - Jacarias já estava com o rosto fechado.Ele puxou a gravata, irritado, e falou friamente para Cláudio: - Eu só queria que você me fizesse companhia para jantar. É tão difícil assim?- Não é que você já tem companhia? - Cláudio riu ironicamente, lançando um olha
As ruas estavam cheias de vozes animadas, e várias praças grandes organizavam eventos de entretenimento, transbordando alegria.Cláudio caminhava silenciosamente pelas ruas, sozinho, se destacando em meio à animação ao seu redor.Sem perceber, se encontrou em frente ao portão da Mansão da Alves.Na memória, era nessa mansão que ele sentia o espírito do Ano Novo.Naquela época, ele, Eduardo e a avó jantavam juntos na noite de Ano Novo.Apesar de serem apenas três pessoas, nunca parecia solitário.Na virada do ano, a avó sempre preparava um presente para ele e para Eduardo.Ele abraçava aquele presente, tão feliz que mal conseguia dormir.Perdido em lembranças, já estava no meio do portão.O portão estava entreaberto.No jardim, havia alguém, e com um olhar, viu que era a vovó Diana.Ele instintivamente se virou para ir embora, mas foi chamado por vovó Diana.Vovó Diana e Antônio conversavam no jardim.Ao vê-lo, a expressão dela se tornou sombria.Ela se aproximou com a ajuda de sua beng
Maria sentiu um aperto no coração e se agachou rapidamente diante de Pedro: - O que aconteceu, Pedro?Pedro fez beicinho e entregou um bilhete para Maria: - Tia, meu padrinho e minha madrinha foram embora.Foram embora?Maria franziu a testa, preocupada, e rapidamente olhou para o bilhete.Cláudio: “Mariinha, desculpe, mas vou ter que te incomodar para cuidar do Pedro. Tenho alguns assuntos para resolver na Cidade R, nos vemos depois do Ano Novo.”“Estranho, por que ainda teria assuntos na Cidade R agora, durante as festas de fim de ano?”Sem pensar muito, ela rapidamente levou Pedro para dentro de casa:- Não fique triste, este ano a tia vai passar o Ano Novo com você.Pedro fungou, se sentando no sofá, se esforçando para não chorar.Depois de acomodar Pedro, Maria pegou seu celular e respondeu a Cláudio.“Você cuide dos seus assuntos, eu vou cuidar bem do Pedro. Feliz Ano Novo, Cláudio.”No quarto escuro, Isabela olhava para a tela do celular de Cláudio iluminada com aquela mensag