Maria dirigiu com Cláudio até um restaurante português.Ela desabotoou o cinto de segurança e sorriu para Cláudio: - Este restaurante tem uma comida deliciosa. Eduardo já me trouxe aqui uma vez com as crianças. Você pode experimentar.Cláudio sorriu: - Ótimo, adoro comida portuguesa.Enquanto saíam do carro, Maria perguntou: - A sua viagem a negócios correu bem?Cláudio acenou com a cabeça.Os dois entraram no restaurante.Eduardo observava em silêncio, com as mãos firmes no volante.Maria reservou uma mesa privativa. Ela tirou a máscara, respirou fundo e comentou: - É tão bom assim.Cláudio a olhou com um sorriso e perguntou: - Ser uma estrela é cansativo, não é?- Está tudo bem, a glória e o trabalho árduo sempre caminham lado a lado.Cláudio sorriu e seus olhos ficaram mais suaves ao olhá-la.- Aliás, dei uma olhada nos números da estreia da sua série. A avaliação, a audiência e até a crítica, tudo está muito bom. Daniel está muito satisfeito com o seu desempenho.Ao ouvir isso
A expressão de Maria congelou por um momento enquanto comia vegetais. Ela lentamente pousou o garfo e perguntou com uma voz séria: - Onde está ele? Você... Pode me ajudar a marcar um encontro com ele?Cláudio escondeu o brilho sombrio nos seus olhos e respondeu: - Ele veio para cá por causa do trabalho e pode estar ocupado nos próximos tempos. No entanto, fique tranquila, ele marcará um encontro com você por vontade própria.Maria ficou surpresa: - Ele vai marcar um encontro comigo?Cláudio assentiu, pegou uma colher e serviu-lhe alguns pedaços de costela, dizendo: - Ele é também um investidor de sucesso. Ele me disse que planeja investir em uma peça teatral em breve e quer que você seja a protagonista. Por isso, de qualquer forma, ele marcará um encontro contigo.Maria assentiu, curiosa sobre essa Pessoa Misteriosa que a salvou.No entanto, ela estava ainda mais curiosa sobre como Cláudio descobriu essa Pessoa Misteriosa.Ela olhou para Cláudio: - Como soube que ele era a Pessoa
A rota que eles estavam seguindo claramente não era de volta para suas casas. Mal tinham se separado por tão pouco tempo, e ela já estava saindo para um encontro com outra pessoa. Pensando nisso, a raiva de Eduardo fervilhava em seu interior. O carro à frente finalmente parou em frente a um cinema. Eduardo estacionou o carro do outro lado da rua. Através da rua, ele viu os dois caminhando lado a lado em direção ao cinema. Eles pareciam um casal apaixonado, suas figuras harmoniosas causavam uma dor chata em seus olhos. Lembrando do passado, ele percebeu que nunca tinha ido ao cinema com aquela mulher. Aparentemente, não era que ela não gostasse de cinema, apenas o homem com quem assistia não era o Cláudio.- Neste momento, só resta um filme de ficção científica. Você está interessada? - Cláudio checou o celular algumas vezes e perguntou a Maria. - Se tivéssemos chegado dez minutos mais cedo, poderíamos ter assistido a um filme romântico. Mas, se você realmente não quiser ver um
Não havia sinal de Maria no quarto. A cama estava arrumada, e parecia que Maria esteve fora a noite toda."O que Mariinha terá feito a noite toda?"Lembrando que Mariinha havia saído na noite anterior para encontrar Cláudio e lhe disse isso, Helena de repente teve uma ideia e exclamou surpresa: - Não pode ser, Mariinha passou a noite fora com o Sr. Cláudio?Depois de falar, ela percebeu que tinha dito algo errado e rapidamente cobriu a boca, olhando cautelosamente para Eduardo. Felizmente, Eduardo não estava ouvindo; ele estava com os olhos fechados no sofá.Nesse momento, as três crianças saíram dos seus quartos. Ana viu o pai no sofá e aproximou-se rapidamente: - Papai, quando chegou?Com medo de que o mau humor de Eduardo afetasse as crianças, Helena puxou Ana para longe.Ana ficou perplexa: - Tia Helena, o que está acontecendo?- Não... Não é nada, é que o seu pai acabou de chegar e está cansado. Não vamos incomodá-lo. Vão escovar os dentes e lavar o rosto, e quando terminar
A água quente escorria pelo corpo, lavando toda a exaustão. Sentindo-se confortável embaixo do chuveiro, Maria ficou ali por um bom tempo antes de desligar a água quente. Envolveu-se em uma toalha e caminhou até a penteadeira, pegando o secador de cabelo pendurado na parede.Seus cabelos eram grossos e longos, levando bastante tempo para secar. Desligou o secador e apertou a toalha em volta do corpo antes de abrir a porta do banheiro e sair.A casa estava silenciosa, perfeita para dormir. Ela bocejou de cansaço e preguiçosamente pegou o celular, dirigindo-se ao quarto.Dentro do quarto, a primeira coisa que fez foi fechar as cortinas. As cortinas eram completamente opacas, e quando fechadas, a sala que antes estava bem iluminada se tornou completamente escura.Ela se virou e tateou para acender a luz. Com o interruptor da lâmpada ao lado da cama, o quarto instantaneamente se encheu de uma luz amarela suave.Dirigiu-se ao guarda-roupa, soltou a toalha e começou a procurar um roupã
Ela realmente achava que esse homem tinha problemas, sempre explodindo dessa maneira.- Eu te pergunto, o que você fez a noite toda com o Cláudio ontem? - Eduardo perguntou com os dentes cerrados, com uma voz ainda mais sombria e rouca do que antes.Maria disse, perplexa: - Eu não fiz nada com ele, por que você está tão bravo?- Você não fez nada? - Eduardo riu friamente. - Você o encontrou no aeroporto, jantou, assistiu a um filme e, por fim... Tiveram relações íntimas em um quarto de hotel?- Você me seguiu? - Maria não percebeu as duas últimas palavras, apenas se deu conta de que esse homem a tinha seguido na noite anterior. Sentiu-se enojada e questionou. - Você está doente? Por que você me seguiu?- Se você não fez nada impróprio com ele, por que se preocupa comigo te seguindo?Maria riu com desprezo: - Impróprio? Bem, pessoas de mente suja acham que tudo é sujo.- Cale a boca! - Eduardo ficou tão furioso que seu corpo tremia, sua grande mão quase quebrou o pulso dela.Maria est
Ela olhou para baixo e percebeu que estava recebendo uma ligação de Cláudio. Pensando que a chamada de Cláudio poderia estar relacionada ao seu benfeitor, ela instintivamente afastou Eduardo e se agachou para pegar o telefone. Porém, antes que pudesse atender, o celular foi arrancado de suas mãos por Eduardo.Ela tentou pegá-lo com urgência: - Devolva meu celular.Eduardo olhou para a tela de chamada com frieza e riu de maneira sarcástica: - Você se importa tanto com a chamada dele, mas diz que não é nada.- Não, é que... - Maria começou a falar, mas parou abruptamente. Ela não podia revelar nada sobre seu benfeitor para esse homem. Afinal, a verdade sobre o incêndio naquela época ainda não estava clara, e as suspeitas sobre ele ainda não haviam sido totalmente eliminadas.Vendo que ela de repente ficou em silêncio, Eduardo ficou ainda mais frio: - O que está acontecendo? Por que não está falando?- Eu vou explicar mais tarde, devolva meu celular agora. - Maria disse.Eduardo de
Eduardo abriu a torneira e lavou o rosto com água fria. Apoiou as mãos na pia e contemplou o reflexo vermelho de seus olhos no espelho, puxando os lábios de forma irônica."Pela mulher, ele realmente se tornou irreconhecível. Relembrando suas ações loucas, ele sentiu uma mistura de satisfação e arrependimento. Ele disse que não faria mais isso com aquela mulher, mas o que ele fez agora?"Sua têmpora doía constantemente. Ele bateu com raiva na pia, agravando ainda mais as articulações já lesionadas. Seus cabelos desgrenhados ainda estavam pingando água, e ele se observou no espelho por um longo tempo antes de sair.De repente, a porta do banheiro foi violentamente arrombada. Uma faca de frutas brilhava com um fio afiado e se aproximava rapidamente dele. Eduardo não se esquivou, apenas olhou para a mulher que o estava esfaqueando com um rosto cheio de ódio. Ele parecia estar apostando se aquela mulher era realmente tão cruel a ponto de esfaquear seu coração. Se ele ganhasse a apo