Fernando recobrou os sentidos e balançou a cabeça rapidamente.- Não se preocupe, não se preocupe, vou sair imediatamente. - Disse Fernando, e saiu do quarto às pressas.Ele não queria atrapalhar o momento íntimo entre o Presidente Alves e a senhora, ainda mais porque sentia que seu patrão estava de bom humor ultimamente. Ele até tinha chamado Maria de "senhora" e o presidente não tinha se zangado. Se fosse antes, ele seria fuzilado por um olhar furioso.Enquando isso, no banheiro, Maria abriu a sacola e tirou de lá um belo vestido de mangas longas e um conjunto de lingerie em um tom lilás suave.Ao olhar para o conjunto de lingerie, as bochechas de Maria ficaram levemente coradas. Não era de admirar que Fernando a tivesse olhado daquela maneira.Afinal, Eduardo havia enviado Fernando para comprar lingerie para ela, o que era embaraçoso só de pensar. Mas no fim ela decidiu não se importar com aquilo.Ela rapidamente vestiu o conjunto, que surpreendentemente lhe serviu perfeitamente. E
Mariana se aproximou com um sorriso radiante. - Comemorando, comemorando! Vivi finalmente venceu aquela rival.- É verdade, pai! Nos últimos dois dias, aquela mulher está sendo destruída nas redes sociais. Agora praticamente todos na internet estão pedindo que ela deixe a indústria do entretenimento. Meu plano foi genial, não foi? Nós nem precisamos nos esforçar muito para derrotá-la!Rivaldo ficou com o rosto sério e não disse nada. Mariana rapidamente beliscou o braço dele e exclamou com raiva:- Por que você está fazendo essa cara séria? Você está realmente preocupado com aquela filha ilegítima? Vou te dizer só uma coisa, ela já está no fundo do poço! Não estrague nossa felicidade com essa atitude.- É, pai, venha, vamos comemorar em família. - Disse Viviane enquanto puxava Rivaldo para dançar.Rivaldo afastou a mão dela com irritação e disse:- Quem disse que ela está derrotada? Quem disse que você a venceu? Vocês não viram as notícias desta tarde?Mariana e Viviane se olharam, am
Viviane observou a cena no vídeo em que Eduardo cuidava de Maria, e seu peito se encheu de raiva. De repente, ela arremessou o celular com força na taça de vinho sobre a mesa, derrubou a mesa com fúria e chutou o aparelho de som, gritando descontroladamente.- Por quê? Eu quero aquela mulher desgraçada morta, quero que ela se vá. O Duba é meu, o Grupo GK também só pode ser meu!Os funcionários ao lado cochichavam entre si.- Lembro que a senhorita disse que, se Maria não fosse embora, ela comeria merda ao vivo.- É verdade, eu também me lembro.- Pensar nisso me deixa enojado....Quando Maria e Eduardo chegaram à creche, as crianças já estavam saindo. Maria olhou para ele e disse:- Estarei esperando no carro, vá buscá-los.- Iremos juntos.- Eu não vou.- Então eu também não vou.- Você! - Maria o encarou com raiva. - Você ainda se considera um pai responsável? Você nem mesmo vai buscar as crianças.Eduardo ficou em silêncio, mas também não agiu. Maria estava furiosa e cruzou os bra
Isabela sorriu com um toque de malícia. - Olhem só para vocês, quem não te conhece poderia pensar que vocês são uma família feliz.A ironia sutil fez o coração de Maria tremer. Sim, ela e Eduardo eram inimigos; como poderiam se comportar como um casal normal na frente das pessoas quando havia um abismo de ódio entre eles?Eduardo já se aproximava, franzindo a testa enquanto observava Isabela, sentindo pouca simpatia por aquela mulher. Ele disse a Maria:- Vamos embora.Ela baixou a cabeça e ficou imóvel. De repente, Ana viu Pedro e exclamou com alegria.- Irmãozinho, te encontrei de novo. - Ela puxou José e continuou. - Irmão, este é o irmãozinho de quem falei, ele é muito legal, foi ele quem colocou o meu curativo.José, com sua mochila nas costas, se aproximou de Pedro e disse educadamente:- Eu sou o José, irmão da Ana. Obrigado por cuidar da minha irmã. Como você se chama?- Pedro. - O menino respondeu sem expressão e depois olhou para Isabela. - Madrinha, eu quero ir embora.Isab
Maria não tinha mais disposição para discutir com ele. Respirou fundo e, em seguida, deu a partida no carro.À noite, Eduardo estava de volta à cozinha, preparando sua refeição como de costume.No entanto, Maria não apareceu para comer. Desde que retornara, trancara-se em seu quarto.As cortinas estavam fechadas, e ela permanecia diante do espelho, acariciando a cicatriz queimada em suas costas, os olhos vermelhos de tanto chorar.A imagem do bebê machucado e sem vida veio à sua mente mais uma vez. Ela se apoiou no espelho, mordendo as costas da mão para conter as lágrimas.Não odiava aquele homem por causa da cicatriz desfigurante, nem mesmo pelo fogo doloroso que a feriu. O que odiava era a crueldade implacável dele, o desespero e a sufocação que o incêndio lhe trouxe, e a dor insuportável da perda silenciosa daquela criança.- Eduardo... - Ela soluçou baixinho. - Nunca te perdoarei nesta vida!Na sala de estar, José observou o semblante sombrio de Eduardo e perguntou com cautela:-
Isabela pressionou os lábios e, subitamente, se silenciou.Ela nunca esqueceria aquela cena.Naquela época, Maria estava coberta por queimaduras e foi levada à sala de emergência. Quando Pedro foi retirado de dentro dela, ele já estava roxo, completamente sem vida. Todos os médicos afirmaram que era um bebê morto e já o haviam colocado em um saco plástico.Mas Cláudio se recusou a acreditar naquela tragédia e, como um louco, retirou o bebê do saco. Ele gritava com os médicos para que eles salvassem o bebê, batendo freneticamente nas costas dele na esperança de fazê-lo chorar.Aos olhos dos médicos, ele parecia um louco que se recusava a aceitar a realidade. Foi quando o bebê começou a chorar.Cláudio horou de alegria, mas ninguém mais ouviu além dele. Todos disseram que ele estava tendo alucinações, que estava obcecado com a ideia de que o bebê ainda estava vivo.Finalmente, após três de luta obstinada, o bebê miraculosamente sobreviveu.Devido à fragilidade do bebê e à terrível situaç
Ela apertou os lábios e não respondeu. Em breve, a voz gentil de José ecoou do lado de fora da porta:- Tia, acordou? Vamos tomar o café da manhã.Maria fechou os olhos levemente, fingindo que não ouvia. Ela não estava ignorando José; simplesmente não desejava encontrar Eduardo.- Tia? Tia...O menino chamou várias vezes do lado de fora da porta, com uma voz baixa e cheia de culpa - Tia, não gosta que a gente fique aqui? Se... Se não gosta, nós... nós não voltaremos mais.A voz de José ficou cada vez mais baixa. O coração de Maria se apertou inexplicavelmente.Ela soltou um suspiro profundo e depois se virou na cama.A porta se abriu, e José e Ana estavam parados na porta, ambos com os olhos cheios de lágrimas, olhando para ela. Maria prendeu a respiração, sentindo um aperto no coração.Ela acariciou a cabeça das crianças, sorrindo como se nada estivesse errado. - O que está acontecendo? A tia acabou de acordar.Não importava o quanto ela detestasse Eduardo; ela simplesmente não conse
Maria abaixou os olhos, sem saber como responder àquela pergunta. No seu íntimo, Eduardo estava longe de ser considerado um bom homem; ele era até mesmo o tipo mais cruel e implacável.No entanto, uma resposta franca definitivamente desapontaria as duas crianças. Ela continuou a tomar o café da manhã em silêncio, refletindo sobre como responder à pergunta.Enquanto isso, Eduardo relaxou na cadeira, a observando com interesse. Havia um sorriso sutil em seu rosto, como se estivesse curioso sobre a resposta dela.Possivelmente impaciente, José pressionou:- Tia, afinal, o que você acha do meu pai? Na minha opinião, ele é o melhor para você.Ao ouvir a última parte da frase, Maria quase sorriu. As crianças eram verdadeiramente ingênuas, só conseguiam enxergar a superfície das coisas.Para ela, Eduardo era o pior.Sem querer desapontar as crianças, Maria refletiu sobre como responder, independentemente de como realmente se sentisse em relação a Eduardo. Na verdade, ele também sabia como el