Os olhos de Eduardo finalmente se fixaram no 17º andar.

Naquele andar, as cortinas estavam puxadas, mas uma suave luminosidade se infiltrava.

Ele hesitou diversas vezes em subir, temeroso de se deparar com algo que não desejasse presenciar.

Ele tinha receio de encontrar Cláudio e Maria como um casal, compartilhando uma refeição caseira e dialogando sobre banalidades.

Ele tinha medo de vislumbrar os gestos íntimos entre os dois, sonhando com um porvir cintilante.

Tinha ainda mais receio... De enxergar a alegria profunda nos olhos deles.

Ele acendeu um cigarro, tragou profundamente e exalou a fumaça, fazendo seu semblante se obscurecer ainda mais.

Maria estava sentada à beira da janela, sem muito o que fazer, lendo o roteiro. Enquanto se espreguiçava e se preparava para dormir, seu celular soou de forma inesperada.

Instintivamente, ela conferiu o aparelho e viu uma mensagem da avó Diana.

Maria tinha muito apresso pela vovó Diana. Afinal, a vovó costumava ser muito boa com ela.

Ela inspir