- Eu quero, eu quero me vingar deles. - Disse Maria assim que terminou de falar, assinando seu nome com habilidade no local indicado. No final, ela acrescentou:- Depois que tudo estiver terminado, vou devolver essas ações para você.- Claro.Maria apertou os lábios, olhando fixamente para o contrato à sua frente. Antes, ela achava que sua vida estava quase no fim e só desejava aguardar a morte em paz. Embora estivesse cheia de ressentimento em relação àquelas pessoas, não tinha forças para planejar uma vingança.No entanto, agora que o destino lhe deu uma segunda chance, estava determinada a buscar reparação por todas as dores e humilhações que havia sofrido. Além disso, agora que estava viva, Eduardo e vovó Diana não desistiriam facilmente. Poderia se esconder com Cláudio por um tempo, mas não poderia viver escondida para sempre....Cedo da manhã.Maria foi acordada por um olhar nada amigável. Abriu os olhos rapidamente e se deparou com um rosto extremamente sedutor. De pé ao lado d
- Não entenda mal, o Pedro não é nosso filho, ele foi apenas acolhido pelo Cláudio.- Fora!O semblante de Cláudio ficou completamente sombrio.Isabela deu de ombros:- Tudo bem, tudo bem, estou indo agora mesmo.Depois que Isabela saiu, embora Maria tivesse muitas perguntas em mente, decidiu não perguntar nada afinal, pois tudo isso era assunto particular de Cláudio.Cláudio também não mencionou nada, como se Isabela nunca tivesse aparecido.Depois de um breve silêncio, Cláudio sorriu para ela:- Cuide bem de sua saúde, daqui a um mês, vou te levar de volta ao país.Voltar ao país significava enfrentar Eduardo novamente.Pensar na aparência implacável daquele homem ainda fazia o coração de Maria doer.Nesse momento, Cláudio de repente entregou-lhe um espelho.Maria pegou o espelho com surpresa e viu que ele estava retirando a bandagem de sua cabeça.Conforme a bandagem saía, as cicatrizes feias da queimadura desapareciam completamente, restando apenas uma marca de cor de carne leve.-
- Presidente Alves, o que está olhando?Eduardo fixou seu olhar na figura sedutora por um longo tempo, sentindo que aquela silhueta familiar lhe causava uma dor aguda no coração.Instintivamente, deu um passo para segui-la, mas Fernando o interrompeu abruptamente com sua voz.Quando olhou novamente, a figura já tinha virado o canto da parede.Ele nunca viu o rosto daquela mulher desde o começo até o fim.Mas a sensação de familiaridade continuou a assombrá-lo, persistente e inabalável.Observando a distração de Eduardo, Fernando sugeriu:- Que tal cumprimentarmos o Sr. Daniel, dizendo que a negociação de hoje foi cancelada e que discutiremos amanhã? Afinal, você já não descansa bem por tanto tempo, e hoje também voou por várias horas. Sua saúde certamente...- Não se preocupe!Eduardo desviou o olhar:- Você escolheu o presente para o Sr. Daniel?- Sim, escolhi.- Então vamos.Eduardo lançou mais um olhar na direção do canto da parede, antes de sair....Maria usava um vestido de alcin
Cláudio saiu do carro, seus olhos fixos em Maria, com um olhar profundo e um tanto assustador.Maria abaixou a cabeça nervosamente: - Cláudio, será que... Essa roupa que estou usando... Não fica bem?Isabela escondeu a escuridão em seus olhos e lançou um sorriso sedutor a Cláudio: - E então, as roupas que escolhi para ela são mais bonitas do que as que você comprou?- Ela não fica bem usando essas roupas.Cláudio disse, pegou um lenço branco de dentro do carro e o colocou sobre os ombros de Maria.O branco combinava lindamente com o roxo enevoado.Se antes a aparência dela era sensual, agora ganhava um toque a mais de elegância e dignidade.Sob o olhar de Isabela, Maria segurou o lenço e rapidamente deu alguns passos para trás, aumentando a distância entre ela e Cláudio.Embora não soubesse exatamente qual era a relação entre Isabela e Cláudio, preferia evitar mal-entendidos.Diante da evidente hesitação de Maria, Cláudio não disse nada, apenas se dirigiu a Isabela: - Da próxima vez
Ao sair do restaurante, ela se esgueirou rapidamente entre os arbustos verdes ao lado.Pelos intervalos dos arbustos, avistou Eduardo saindo apressado atrás dela.No rosto de Eduardo, se misturavam indignação, ódio e um toque de resignação.Maria cerrou os punhos, sentindo uma dor amarga no coração.Agora ela sabia que, viva ou morta, não importava onde se escondesse, ele só sentia ódio por ela.Esse ódio era como um nó que nunca desataria.- Presidente Alves, o que está acontecendo de novo?Fernando saiu apressadamente, olhando ansiosamente para Eduardo.Não sabia ao certo o que estava ocorrendo. Desde que tinham chegado aqui, o Presidente Alves parecia ter perdido a alma, sem saber o que havia presenciado.- Eu vi a Maria.Os olhos de Eduardo buscaram rapidamente ao redor e, pensando que ela estava intencionalmente fugindo dele, sentiu raiva e indignação.Fernando não acreditou:- Presidente Alves, você deve estar enganado. Como ela poderia estar aqui?- Não, tenho certeza de que era
A última frase foi dirigida a Cláudio.O semblante de Cláudio sombreou ligeiramente:- Só posso te oferecer aquela parte de terra no Norte, o resto, não conte com isso.- Ainda tão obstinado como antes. - Disse Daniel, acendendo um cigarro, com um sorriso leve.Franzindo a testa, Cláudio se dirigiu a Maria:- Saia por favor.Sensível ao fato de que ele não queria sentir o cheiro da fumaça, Maria sentiu um calor reconfortante no coração e obedeceu, deixando a sala obedientemente.Do lado de fora, aguardou ansiosamente, se questionando sobre as intenções de Daniel. Era evidente que Cláudio sabia do que se tratava aquele "algo", mas parecia ter uma importância imensa para ele.Contudo, apenas alguns minutos se passaram e Cláudio emergiu da sala, seu rosto carregando um frio perceptível.Maria percebeu que a conversa não havia sido bem-sucedida e tentou consolá-lo:- Está tudo bem, não precisamos do investimento dele.O objetivo de Cláudio em envolver Daniel como investidor era claro: apro
- Pedro, cuidado!Naquele exato instante, uma bola de basquete veio voando em direção a ele. Com destreza, Eduardo a agarrou e a arremessou com leveza, a bola caindo com precisão na cesta de basquete a uma boa distância dali. A bola quicou algumas vezes no chão antes de finalmente parar nas mãos de um garotinho de cinco ou seis anos.Uma mulher extremamente atraente correu até eles, ofegante, segurando o garotinho com urgência:- Tenha cuidado, não acerte as pessoas.O garotinho olhou fixamente para Eduardo. Sob a fraca iluminação, aquele rosto um pouco familiar revelou uma maturidade e seriedade pouco comuns para alguém de sua idade. O garotinho apontou para Eduardo,- Você joga muito bem.- Garoto, veja só a sua atitude, bem atrevido.Fernando, com as mãos nos quadris, olhava tranquilamente para o pequeno agitador não muito distante. No entanto, o garotinho ignorou-o, continuando a olhar fixamente para Eduardo:- Jogue uma partida comigo.- Você tem mesmo coragem, veja só você, mal c
- Como o Eduardo pode estar aqui? – Ela disse imersa no seu sentimento de surpresa misturado com animação. Na verdade, ela só conseguia pensar que poderia ser o destino, afinal, a Cidade R é imensa e ainda assim ela consegue se deparar com esse homem várias vezes. Cláudio recostou-se na cadeira, suas mãos longas batendo suavemente no vidro do carro, sua expressão silenciosa parecendo absorta em pensamentos. Após um tempo, ele riu suavemente e disse:- O destino é realmente curioso. Ele realmente encontrou o Pedro.Enquanto as palavras de Cláudio ecoavam, Maria olhava atentamente para o jovem garoto:- Ele é o garoto que você adotou? Ele parece ter a mesma idade que José e Ana.Cláudio ficou momentaneamente perplexo, um brilho fugaz passou por seus olhos. Ele riu e perguntou:- Você sabe quem é a mãe de José e Ana?Ao mencionar a mãe de José e Ana, Maria não pôde evitar sentir uma dor no coração. Ela balançou a cabeça e respondeu:- Não sei, mas... A mulher que deu à luz ao filho de Ed