Rivaldo Rocha e Mariana os receberam calorosamente. Embora as famílias Alves e Rocha sempre tenham mantido uma boa relação, devido ao crescente poder e posição da família Alves, a família Rocha ainda os tratava com certo grau de bajulação e com um certo medo.Assim que Eduardo saiu do carro, Mariana o abraçou carinhosamente, com um sorriso afetuoso, como se estivesse vendo seu próprio filho.- Dubu, o que o traz aqui hoje? Vivi ainda não voltou do set de filmagem.Antes mesmo de terminar de falar, ela viu Maria sair do carro, e seu rosto, que antes estava cheio de carinho, mudou imediatamente.- Ela... o que ela está fazendo aqui? Atônita, Mariana apontou para Maria.Mariana sempre desprezou Maria, nunca deixou de maltratá-la no passado, mas na frente de Eduardo, ela não ousava demonstrar isso tão claramente.Rivaldo viu Maria e também franziu a testa.Maria, internamente, riu amargamente, sentiu claramente certa tristeza em seu coração. Mariana não era sua mãe, então era compreensíve
Maria estava tão ansiosa para recuperar os pertences de sua mãe que ignorou as ações dissimuladas de Mariana e deixou-se guiar até o topo da escada.No entanto, ao chegarem lá, ela parou e perguntou sorrindo para Eduardo:- Dubu, a vovó já acordou?Eduardo ficou surpreso por um momento e respondeu calmamente:- Ainda não.Mariana imediatamente fingiu surpresa e disse:- Acho que estou a entender errado. Pensei que a vovó já tivesse acordado, afinal, quando Mariazita era jovem e tola, ela machucou a sua vovó. Se a ela não acordou, por que você ajudaria Mariazita a voltar e pegar seus pertences? Você não a odeia?O rosto de Eduardo escureceu instantaneamente e ele apertou levemente a mão em seu joelho.Rivaldo, ao ver isso, fingiu brigar com Mariana:- Você está falando besteira. Leve-a para cima logo.Mariana rapidamente pediu desculpas:- Desculpe Dubu, só estava curiosa e perguntei. Por favor, não me leve a sério.Eduardo respondeu friamente:- Eu só trouxe Maria aqui hoje para ajudá-
O grito veio de Mariana, e Rivaldo não hesitou em correr para cima.Eduardo olhou sombriamente e o seguiu.- Como você pode ser tão cruel? Ele é seu avô, afinal. Repreendeu Mariana.Os dois subiram correndo as escadas e viram Mariana segurando Sr. Bruno enquanto chorava e culpava Maria.Mas Maria estava com uma expressão fria no rosto. Ela estava acostumada a ver esse tipo de armação e não mostrava nem um pouco de preocupação.- O que aconteceu afinal? Perguntou Rivaldo, olhando para Sr. Bruno caído no chão, com o rosto contorcido.Mariana, entre lágrimas, explicou: - Eu fui procurar a chave do sótão e pedi a Mariazita para esperar aqui. Então, mencionei casualmente ao papai que a Mariazita em casa. Ele ficou muito feliz e disse que queria subir para vê-la. Mas quando voltei com a chave, vi ela empurrando cruelmente o papai escada abaixo. Felizmente, não tinha muitos degraus, mas com a idade dele, com certeza ele não poderia suportar uma queda dessas.Rivaldo, ouvindo isso, ficou fu
Rivaldo ficou surpreso: - Dubu, tu... Tu ainda vais proteger essa desgraçada?!Mariana sentiu-se indignada em seu coração e apressou-se a dizer: - É Dubu, foi ela quem feriu gravemente a tua avó. Até agora, ela ainda não acordou. Por que estás a protegê-la?Eduardo afastou indiferentemente a mão de Rivaldo e disse friamente: - O que aconteceu hoje é tudo culpa minha. Se o Sr. Bruno tiver algum problema real, vocês podem vir procurar-me, mas quanto a ela...Eduardo falou com seu um olhar frio para Maria: - Ela está comigo. Agora eu a levo de volta.Ao terminar, ele puxou a mão de Maria e preparou-se para sair.No entanto, Maria veio até essa casa com dificuldade para pegar os pertences de sua mãe. Agora, ela nem sequer teve a chance de ver os pertences. Como poderia ficar satisfeita?A chave estava nas mãos de Mariana, os pertences de sua mãe estavam atrás daquela porta. Era só uma questão de um pequeno passo, faltava tão pouco para pegá-los, como ela poderia resignar-se a desistir
Dessa vez, Maria não resistiu ao aperto de mão de Eduardo e deixou que ele a conduzisse para fora da Mansão dos Rocha.Ao entrarem no carro, Eduardo, um pouco irritado, afrouxou um pouca a gravata em seu pescoço. Ele olhou para Maria e disse:- Seja honesta comigo, qual é o seu verdadeiro propósito ao vir hoje para a Mansão dos Rocha?Maria segurou firmemente as mãos de Eduardo e de repente, como uma reação espontânea, sorriu com certa frieza. Com os olhos vermelhos, ela olhou para o homem ao seu lado e disse:- Você nunca confiou em mim, nem nunca cogitou confiar. Então, por que está perguntando isso agora? Você já acredita neles, não é?Eduardo rosnou baixinho:- Como posso confiar em alguém que nada me diz??- Nada te diz?Maria riu suavemente.- Então deixe-me dizer a você: foi o Bruno quem caiu de propósito, ele colaborou com a Mariana para encenar aquela patética cena. Acredita em mim?Eduardo claramente não acreditava.- Maria, mentiras não são contadas assim. Bruno tem oitenta
Mesmo sendo primavera, o vento noturno ainda trazia um frio cortante. Maria estava sentada em silêncio à beira do rio, permitindo que a fina chuva gelada tocasse seu corpo.Seu cabelo estava completamente encharcado, o rosto pálido, magro, coberto com lágrimas e gotas de chuva. A marca vermelha e inchada de uma mão em seu rosto esta ainda mais evidente por conta de seu rosto molhado.Ela apertou suas mãos com força, uma reação extintiva para compensar os olhos frios e determinados que se transmitiam em seu rosto. Não importava o que a família Rocha fizesse para prejudicá-la, ela estava determinada a honrar o legado de sua mãe para o resto de sua vida.De repente, ouviram-se passos atrás dela, e logo depois, um grosso casaco foi colocado sobre seus ombros.Seu coração deu um leve salto. Ela se virou apressadamente, mas quando viu o rosto da pessoa à sua frente, uma expressão de decepção passou rapidamente por seus olhos.Era compreensível.Eduardo sempre acreditava que ela estava menti
Rodrigo estava preocupado que algo pudesse acontecer com essa mulher. No entanto, ele esqueceu que o amor dela estava direcionado a outro homem. Não importa o quanto ela tenha sido maltratada ou humilhada, ela só queria encontrar conforto nos braços de Eduardo.Ao lembrar da atitude bajuladora de Maria nos últimos dias, seus lábios se curvaram em escárnio e frieza. Eduardo sabia que toda a gentileza dela tinha segundas intenções, e ele não deveria ter se comovido tanto ou mesmo se abrandado por ela.Eduardo riu friamente, realmente não deveria.No meio da noite, Eduardo voltou para a Mansão da Baía Rasa, com o cheiro de álcool impregnado em seu corpo, cabelos desgrenhados. Os empregados o ajudaram a se sentar quando o viram nesse estado.- Sr. Eduardo, como o senhor chegou a esse ponto, ficando até debaixo da chuva? Se o senhor ficar doente, não será nada bom. Disse o empregado enquanto corria para lhe trazer uma tigela de Caldo de Peixe.Mas assim que Eduardo viu o Caldo de Peixe che
Maria ficou surpresa novamente. Será que ele ainda a via como Teresa? Afinal, palavras tão cruéis como essas só poderiam ser dirigidas a ela, e certamente ele não diria coisas tão pesadas para Teresa.O homem ainda estava com o rosto enterrado em seu pescoço, murmurando em voz baixa:- Se eu te matar, você vai se comportar, não vai mais sair correndo e não vai mais me deixar com raiva... Maria...Ao ouvir seu nome, Maria involuntariamente apertou os lábios, sentindo amargura no coração. Realmente, somente a ela ele diria palavras tão cruéis e implacáveis.Ela sorriu levemente e disse:- Você não precisa fazer isso pessoalmente... Não vai demorar muito até que seu desejo se realize.Eduardo não respondeu mais. Ela não sabia se ele havia adormecido ou não. Maria só sentia o calor pesado da respiração em seu pescoço. Ela se mexeu, tentou se levantar dos abraços dele, mas percebeu que Eduardo segurava sua cintura com firmeza, e não importava o quanto ela se esforçasse, não conseguia se lib