- Você quer tomar café? Ainda não comi nada hoje. - Chamo o Fernando que está junto com o Pedro sentados na poltrona do meu escritório enquanto desenham alguma coisa. Minha mãe viajou me deixando desnorteada, não sei como vou fazer esses dias sem ter nenhuma babá aqui, mas vou ter que dar um jeito.- Você quer deixar o Pedro comigo, Carol? Tenho algumas coisas para fazer na empresa, mas minha mãe está lá. - Fernando pergunta enquanto caminhamos a uma cafeteria. - Não, vou dar um jeito. Meu filho sempre está em primeiro lugar na minha vida, o trabalho vem depois.- Mamãe, quero ir com o papai. - Meu filho diz no colo do Fernando.- Minha mãe está louca para conhece-ló, Carol. - Ele diz e suspiro. Agora que o Fernando tinha conhecimento da paternidade, eu sabia que em breve sua família teria que conhecer o Pedro, só não imaginava que fosse tão rápido. Não conseguia nem imaginar como a Irene passaria a me odiar por eu ter lhes privado de conhecer o Pedro. Depois de tomarmos café, vo
- Você gosta dele. - Henrique fala quando o Fernando vai embora do meu apartamento. Henrique fica anallisando minhas reações e me medindo. - Eu não desgosto, ele é o pai do meu filho. - Sei disso, Carol. eu só não quero ficar no meio de nada, se você tiver sentimentos por ele, eu não vou ficar no meio disso. - Henrique fala e solto meu cabelo do coque, tentando disfarçar meu nervosismo.- Henrique, eu gosto do que temos, apenas não estrague isso com achismos. - Falo me sentando na poltrona da sala. O Henrique e eu iniciamos um relacionamento há um ano, ele só foi conhecer o Pedro há pouco menos de seis meses, eu não queria que meu filho associasse o Henrique a uma figura paterna, então eles só se viam pouquissimas vezes, não queria confundir a cabeça do meu filho. - Eu vou voltar para o hotel. - ele diz vindo até mim e me abraçando. - Não vai ficar para jantar comigo? - Pergunto quando ele me beija. - Amanhã nos vemos, você deve estar cansada. E nosso almoço foi bem proveitoso.
O voo de São Paulo a Belo Horizonte, era considerado um voo rápido, em média variava de 1 hora a 50 minutos, mas para mim, mais pareceu uma eternidade. O que me deixou mais aflita foi chegar a BH e saber que teria que demorar mais um pouco até encontrar o meu filho, pois ainda demoraria mais algum tempo para chegar a fazenda, pois tinha uma estrada de chão pela frente que deveria ser feita de carro, não pensei muito e assim que sai do avião, chamei um taxi e passei o endereço da fazenda.- Está indo na fazenda a passeio? - O taxista pergunta me olhando pelo espelho do carro.Eu estava nervosa, apreensiva, era a primeira vez que voltaria a fazenda depois da noite em que a Júlia me entorpeceu com mentiras, a noite decisiva para o meu divórcio, quando resolvi que nunca mais voltaria para aquele lugar. Eu não estava com paciência para responder desconhecidos curiosos. - Sim. - Me limito a responder. - A fazenda Belmonte é muito conhecida na região, diria até que no país. Eles produzem o
Chorar nos braços do meu ex marido, não é algo que estava no mesmo planos. Mas eu estava tão agoniada, estressada e emotiva. Voltar para essa fazenda, com certeza era algo que mexia demais com meu emociomal.- Desculpe, eu estou estressada, sei que não temos controle sobre o que acontece com crianças, e meu filho ainda vai levar muitos tombos, mas queria poder evitar todos. - Falo me levantando e mantendo uma distância aceitavel entre nós, eu não me reconhecia quando estava em sua presença. - Está tudo bem, Carol... - Ele começa mas a porta se abre e a Irene entra. - Aqui está sua bolsa, querida, não quer tomar um banho? Imagino que a viagem foi cansativa, A Ana me contou do estresse que teve na guarita. - Ela fala indo para perto de mim. - O que aconteceu na guarita? - Fernando pergunta. - Impediram a Carol de entrar, parece que os seguranças se negaram a ligar para nós. - Sua mãe explica. - Não queria causar nenhum transtorno, não sabia da guarita e meu celular estava descarrega
A Ana me empresta um vestido e reconheço como de uma coleção nova que lancei a pouco tempo estando em Portugal. - Você não perde nenhuma coleção minha? - Pergunto brincando. - Nada mudou, Carol, eu amo seus modelos. - Ela diz. - Eu prometo que farei um exclusivo para você, por me emprestar esse. - Falo. - Ah, isso eu não posso mesmo recusar, um exclusivo Carolina Sampaio, eu não seria louca de recusar. - Ela diz e dou risada. Ana termina de fazer uma maquiagem leve em mim e me olho no espelho. O vestido azul caia muito bem em mim, fiz um coque sofisticado no meu cabelo e finalizei a produção com um batom claro.- Olha, o Fernando havia comprado uma babá eletronica, assim você pode ficar tranquila na festa, além do mais a Antônia vai ficar aqui e a Antonela também, então não precisa se preocupar. - Ela diz me dando o aparelho e consigo ver meu bebê dormir tranquilamente. Coloco o aparelho dentro de uma pequena bolsa de mão, sabendo que não desgrudaria dele nem por um segundo sequ
FernandoA manhã de domingo havia começado com chuva e previsão de fortes tempestades para o dia de hoje. O evento de ontem a noite, havia sido um sucesso, sabia que a vinicola teria retorno e reconhecimento, mas a segunda parte do evento ocorreria no início da tarde fr hoje, mas devido ao alerta de tempestade, teríamos que cancelar o evento.- Você está bem, cara? - Meu irmão pergunta entrando no escritório da fazenda. - Estou, não bebi muito ontem a noite. - Falo, mas sabia que ele não estava se referindo a bebida. - Estou falando da Carol, Fernando. - Ele diz se sentando na cadeira a minha frente.A presença da Carol estava mexendo demais comigo, afinal, fui casado com ela e não conseguia ser imune a sua presença, ela mexia demais com meus sentimentos. Ainda sentia muita mágoa por ela ter escondido o Pedro de mim e sentia raiva por ela estar namorando com alguém. Eu também não fui o homem mais correto do mundo após o nosso divórcio, afinal ela havia sumido e até então não tinhamo
Estar na fazenda, estava me deixando estressada, impaciente, por isso não pensei duas vezes em tomar em tomar uma medicamento para me manter calma. Eu nunca exagerava na dose, então o medicamento de ajudava bastante. A chuva começou a piorar e parecia que não tinha fim, era tarde de domingo e a Mari estava dormindo, assim como a Ana e o Felipe, o rémedio, no entanto, deu uma controlada no meu humor, mas não me deixou sonolenta. Eu estava nervosa, odiava que chovesse tanto, me fazia lembrar do dia em que perdi meu pai, a chuva parece que não tinha fim. Sabia que o Fernando estava no escritório, então fui para lá e nem entrei antes de bater, pois estava nervosa demais. Fernando parece surpreso ao me ver entrar repentinamente e não deixo de notar a maneira como ele olha para meu corpo.Eu estava vestindo uma roupa que sequer sabia que ainda existia, mas quando abri o armário do quarto, fiquei boquiaberta ao ver que todas as minhas roupas continuavam lá, isso me deixou ainda mais sensivel
Eu sabia que estava parecendo uma menina mimada deixando claro minha insatisfação por estar ali. - Carol, não acha que está sendo injusta com todo mundo que está recebendo você super bem aqui? Está no seu semblante que não quer estar aqui, não precisa verbalizar isso sempre que tem a oportunidade. - Ele diz pegando o Pedro do meu colo. Ele tinha razão. - Eu tenho um monte de pendências no ateliê. - Compo sempre, não é? - Exatamente, como sempre. É de lá que tiro o sustento da minha família, então eu me preocupo com as pendências que a minha empresa tem. - Foi por isso que entregou a administração para outra funcionária e foi embora? - Ele diz e olho para meu filho, não queria que ele presenciasse uma discussão nossa. - Fernando, na frente dele não. - Falo caminhando até a sala de jantar, sabendo que ele viria logo atrás.- Bom dia. - Cumprimento a todos qque já estão sentados a mesa. Irene, Marina, Ana e o Felipe. Eles também me cumprimentam, mas assim que o Fernando chega c