- Carol, quero que você abra uma segunda loja do ateliê em BH, e quero ser sua sócia. - Ana fala sentada em frente para mim no meu escritório. Olho para ela imaginando que eu iria amar abrir uma sociedade com ela, mas não conseguiria imaginar abrir uma loja em BH. Desde que a Cíntia havia perdido o bebê, o Fernando havia terminado comigo. Eu entendia que não era fácil para ele perder um filho que nem teve a chance de ter nascido e ele preferiu se afastar de mim, mas ainda continuava presente na vida do Pedro. Eu sabia que o Fernando precisava de um tempo para conseguir superar essa situação, mas eu queria ter tido a oportunidade de ter estado ao seu lado e mesmo que eu não gostasse da Cíntia, não conseguia mensurar a dor de uma mãe que era perder um filho com quase seis meses de gravidez. - Ana, seria incrivél trabalhar com você, mas agora não vejo nenhuma razão de abrir uma loja em BH. Quando a Ana havia mencionado que eu poderia abrir a loja em BH era uma possibilidade pois eu e
Pessoal, sinto-me na obrigação de conversar com vocês, afinal, vocês acompanham e gostam muito dessa história. Recentemente minha vida deu um giro de 360 graus, tudo mudou! Eu larguei o emprego, mudei de cidade, mudei de estado e estou tendo que me adaptar a uma nova rotina. Mudar não é fácil, e eu estou me readaptando a tudo, minha mente está a milhão. É muito custoso ver nossos sonhos se tornarem realidade, eu passei em uma universidade pública e larguei tudo para realizar esse desejo. Minha vida mudou completamente, não é sempre que eu consigo atualizar os livros e não estou fazendo isso por mal. Por favor, eu espero que me entendam. Escrever é um trabalho que exige muita concentração e criatividade e minha cabeça não está muito boa ultimamente, mas eu tenho me esforçado. Eu não vou desistir do livro e preciso muito da ajuda de vocês, pois vocês nem sabem, mas eu leio cada comentário e eu “escuto” cada uma de vocês. Por favor, continuem comentando e avaliando a história, eu
A semana tinha sido super corrida, quando chegou a sexta feira a Ana voltaria para Minas gerais e havia pedido para levar o Pedro com eles já que teria um feriadão que se prolongaria até a segunda feira. Eu sabia que o Fernando que deveria ter pedido para ela falar comigo. Apesar de querer me opor e passar mais algum tempo com o meu filho, eu deixei pois sabia que ele gostava muito de lá. - Acho que não preciso fazer nenhuma recomendação, não é, Ana? - Pergunto brincando pois sabia que todos eles cuidavam muito bem do Pedro. - Claro que não cunhada. - Felipe fala e estremeço. - Desculpe, Carol. - Ele fala constrangido.Eu sabia que havia sido apenas um deslize até porque eu e o Fernando estavámos juntos há algumas semanas atrás, então assim como estava sendo dificil para mim me acostumar com esse meu novo status de relacionamento, as pessoas ainda nos imaginavam juntos. - Nós cuidaremos bem do Pedro. - Ele fala. - Eu sei Felipe, ele adora vocês. - Falo e entrego a ele uma mala co
Depois de tomarmos café, decidimos ir passar o dia na praia de castelhanos, pegamos uma embarcação para poder chegar até lá. A paisagem era linda e a praia tinha um formato de coração. Um verdadeiro paraíso. O Henrique não havia vindo com a gente e eu nem ousei perguntar a minha mãe se ela sabia onde ele estaria, não queria deixar as coisas mais esquisitas, dividir um quarto com ele já era estranho o suficiente. - Essa praia é ótima para a prática do surf. Alguém quer se aventurar? - A nossa guia turistica pergunta. Ter um guia durante a viagem era uma ótima decisão, afastava que os comerciantes ficassem oferecendo coisas que não queriamos o tempo inteiro e além do mais, ela nos levava aos lugares que queriamos na ilha e era super simpática e alto astral, eu adorava pessoas assim.- Eu gostaria. - Falo e ela sorri. Minha mãe e suas amigas dizem que não vão e eu decido ir sozinha com a guia. Estavam todos de casal e eu estava sobrando, mas era todo mundo muito gentil e amigável. -
Fernando - Está tudo certo com as caixas de vinho que sairam da vinicola ontem? - Meu irmão pergunta e tento me concentrar no que ele estava falando. Estava dificil manter a concentração em qualquer coisa que fizesse, eu me sentia muito mal. Muita coisa havia acontecido nas últimas semanas, havia vindo para Minas mas estava com um péssimo humor. - Está sim, Felipe. As caixas saíram para revenda em uma vinicola em Porto Alegre. - Informo. - Certo, só estou conferindo. Você está um pouco aéreo esses dias, precisa dar um jeito na sua vida, Fernando. A Carol está péssima, você deveria conversar com ela e contar o que aconteceu. Meu irmão estava certo, mas eu não queria fazer isso. A Cíntia havia perdido o bebê e depois havia me confidenciado que estava pagando por uma mentira e que seu filho havia morrido por causa disso. Ela me falou que a criança que estava esperando não era minha e ver e presenciar todo aquele sofrimento dela havia me deixado péssimo. A Carol era uma mulher
Chegamos em São Paulo no fim da tarde de segunda-feira. Saímos de Ilhabela logo após o café da manhã e a viagem foi tranquila, com algumas paradas pelo caminho. Quando chegamos, fui para meu apartamento e a Ana me avisou que estava trazendo o Pedro.Minha mente ainda estava confusa com a noite anterior. O beijo com o Caio havia sido um desvio temporário dos meus sentimentos, mas não apagava o que eu sentia por Fernando. A raiva e a mágoa continuavam. Queria que fosse fácil assim, beijar outra pessoa e fazer os sentimentos desaparecerem, mas não era. Após o beijo, Caio foi um verdadeiro cavalheiro, me deixou na porta do hotel e trocamos números, na esperança de um possível reencontro.Sabia que precisava voltar para enfrentar o que estava por vir. A viagem de volta foi solitária e silenciosa, cheia de pensamentos conflitantes sobre Fernando e o que o futuro nos reservava.Quando a campainha do meu apartamento tocou, abri a porta sorridente, esperando ver a Ana e o Pedro. Em vez disso,
Eu sempre fui uma pessoa cautelosa, mas às vezes arriscar era necessário. E dessa vez, me permitir sonhar um pouco mais parecia o caminho certo. A ideia de abrir uma sociedade com a Ana estava crescendo em mim, florescendo como uma promessa de algo novo e revigorante. A verdade é que eu precisava me distrair. E a Ana, com sua energia contagiante, parecia a parceira ideal para essa nova fase. Marquei de encontrar com ela em um café charmoso, não muito longe da loja. O lugar era acolhedor, com mesas de madeira rústica e luz suave entrando pelas janelas grandes, um refúgio perfeito para conversas importantes. Eu estava nervosa, ansiosa para compartilhar minha decisão, mas ao mesmo tempo com medo das incertezas que ela traria. Quando Ana entrou no café, logo a vi. Seu cabelo estava diferente, mais curto e significativamente mais claro. O loiro cintilava sob a luz, realçando ainda mais sua beleza natural. Ela parecia radiante, uma força vibrante que chamava a atenção de todos ao redor.
Trinta dias. Foi o prazo que estipulamos para abrir o ateliê, e ele passou como um furacão. Parecia que algo estava sempre dando errado: um vestido rasgava no último ajuste, um fornecedor atrasava a entrega de tecidos essenciais, e eu perdi a conta das vezes em que tive que refazer um bordado às pressas. Mas, no fim das contas, tudo se encaixou. O caos, de alguma forma, se transformou em perfeição.Entro no ateliê e sou recebida pelo suave aroma de lavanda, que se mistura com o cheiro fresco dos tecidos novos. As araras, elegantemente dispostas, exibem nossas peças com um capricho impecável: vestidos de seda com detalhes em renda, terninhos sob medida e uma coleção especial de vestidos de festa que brilham sob a luz natural que entra pelas amplas janelas. As paredes em tons de creme, a madeira clara e uma parede de tijolinhos exposta conferem um toque rústico, mas sofisticado ao ambiente. Cada canto parece sussurrar que estamos prontas.— Estoure logo essa garrafa de champanhe! — Ana