Capítulo 63

O som do motor e a música suave no rádio eram a única companhia naquela estrada deserta. A noite estava calma, e eu tentava me concentrar apenas no trajeto. Dirigir sozinha sempre teve um efeito terapêutico sobre mim, mas, desta vez, algo parecia diferente. Talvez fosse a escuridão densa ou a sensação constante de que eu estava sendo imprudente ao ignorar os conselhos do Fernando.

De repente, um barulho seco veio debaixo do carro, seguido de uma sensação de instabilidade. Encostei no acostamento, com o coração acelerado.

— Não… não, por favor, não agora.

Saí do carro e iluminei o pneu dianteiro com o celular. Estava completamente murcho. Ótimo.

Tentei lembrar dos passos para trocar um pneu, mas, enquanto vasculhava o porta-malas em busca das ferramentas, percebi que o macaco não estava ali.

— Claro, Cíntia. Excelente planejamento.

Suspirei, jogando o cabelo para trás, enquanto olhava a estrada deserta. As chances de alguém passar por ali eram mínimas, mas antes que eu pudesse me deses
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