EPISODIO 5

Chegamos no hotel e a Janaína e o Davi já entram no quarto dele, se pegando parecendo dois animais no cio. Entramos no quarto do Marco.

— Esse quarto é um luxo, deve custar uma fortuna. Você deve ser bem rico. Olha essa vista! É a coisa mais linda que eu já vi.

— Eu não concordo! A coisa mais linda que eu já vi, esta bem diante dos meus olhos. Ele vem e me beija.

— Marco acho melhor eu ir embora, eu nunca fiz isso na minha vida, e acho errado, por, mas que a Janaína tente me dizer o contrário, eu nunca dormiria com um homem por dinheiro, para mim, você só transar com alguém sem amor. E eu estou bêbada, é mais errado ainda! Mais você não pode contar isso para Janaína, se não ela vai ficar pegando no meu pé. Mais eu não posso, entende? Eu sento na cama e começo a chorar! Eu estou machucada, estou estraçalhada, e não acho certo usar você, e nem ninguém como fuga, para tentar esquecer o que eu estou sentindo!

Ele estica a mão e me dá um lenço.

— Acalme — se por favor. Você não precisa se explicar. Eu irei respeitar você. Eu vou dormir aqui no sofá, você pode ficar aqui na cama. Se quiser tomar um banho fique a vontade, você pode vestir uma das minhas camisas, e quanto a Janaína, pode ficar tranquila, ela nunca vai saber o que aconteceu aqui.

— Obrigado!

— Você não precisa agradecer, eu não sou esse tipo de cafajeste. Quero que confie em mim.

Eu me levanto vou até o banheiro, tomo um banho e coloco uma camisa dele. Quando eu saio do banheiro ele já está deitado no sofá. Eu me acomodo na cama. E acabo dormindo rapidamente

Marco:

Eu vejo que ela dormiu e me levanto, fico observando ela dormir. Realmente ela é perfeita para o que eu quero mais acredito que ela não vai, aceitar um tipo de acordo como esse. Acho que Valeria estava errada quando disse que seria fácil! Ela não é esse tipo de mulher. É uma pena, por que não seria nada desagradável ter uma mulher tão linda como esposa. Eu volto a me deitar, e mando mensagem para a Valeria.

-Acho que você estava errada! É ela, não tenho dúvidas! Mas não é do tipo que vai aceitar meu acordo, eu não vou conseguir levar ela para a Itália tão facilmente.

— Isso você deixa comigo! Se é a moça que você estava procurando, pelo preço certo, ela é sua! A moça com a voz forte fala do outro lado da linha.

-Ok! Pago o que for preciso. 

Coloco o telefone de lado e acabo dormindo.

Beatriz:

Acordo, e olho em volta, olho para o sofá e vejo que ele não está. Mais escuto barulho vindo do banheiro. Logo a porta abre.

— Bom dia!

— Bom dia! Minha cabeça está explodindo! Parece que tem uma escola de samba, tocando dentro dela sem parar.

— Já pedi para subir o café da manhã, vou pedir para subir junto, aspirina. Você vai se sentir melhor.

— Obrigado. Eu sinto muito, por fazer você dormir no sofá, ter tirado você da sua cama, do seu conforto.

— Não se preocupe, o sofá é bem confortável.

— Imagino que deve estar me achando uma boba, me comportei como uma Santa. E não é nada disso, eu só não sei ser assim, entende?

— Beatriz eu não estou achando isso! Não coloque pensamento na minha cabeça. Vamos tomar café, e depois eu vou te levar em casa.

— A Janaína, será que já levantou?

— Do jeito que eles estavam animados, duvido muito.

— Kkkkkkkk, é verdade. Eu vou até o banheiro e troco de roupa, visto o vestido que eu estava. E sento na belíssima mesa de café que foi posta. — Meu Deus! Isso aqui é um banquete. Nem sei por onde começar, tantas coisas, que parecem estar divinas.

— Beatriz, já penso em alguma vez, mudar de país?

— Kkkkkkk, eu vim do interior Marco, o único sonho que nós tem, é melhorar de vida, tornar as coisas mais fáceis um pouco. Já que a vida na fazenda é tão difícil e pesada.

— E se eu tivesse essa oportunidade para você? De mudar de vida! Você sair daqui, ganhar muito dinheiro! Ter uma vida de luxo.

— Como assim? Se é para ser garota de programa, desculpa, mas não sirvo para isso!

— Eu não quero que você se ofenda com o que eu vou dizer. Mais eu vim até o Brasil para achar uma mulher, disposta a assinar um contrato comigo. Uma mulher que fosse doce, com um toque de ingenuidade, que não ficasse falando palavras de baixo calão. Que fosse exatamente como você!

— Um contrato?

— Sim, uma espécie de contrato de trabalho, claro que com vantagens que você nunca pode imaginar. A mulher que aceitasse, se casaria comigo, teria muitas vantagens, e depois de um ano ou dois poderia viver onde quisesse com uma bela mesada. E ainda com um pagamento, de um milhão de dólares. Enquanto casada comigo, teria que cumprir as regras, como ser fiel, cumprir com a agenda, chá da tarde, jantar, leilões, essas coisas, e me acompanhar nas festas e jantares. Em troca teria uma boa mesada todos os meses, e todo o luxo de uma família rica.

Eu fico olhando para ele fixamente.

— Isso é sério? Por que está me parecendo aquelas pegadinhas de programa de televisão. É a coisa mais absurda que já ouvi.

Eu imagino o que seja, você é gay, e não quer que a sua família descubra!

Olha, você me desculpa, mais eu não posso aceitar uma proposta como essa! Eu não cogito nem pensar sobre isso, eu nunca me venderia por dinheiro algum. E acho que você deveria tentar contar para a sua família.

— Me desculpe eu não quis te ofender, e em nenhum momento tive essa ideia. De que você estivesse se vendendo. É uma proposta para você mudar de vida. Largar tudo que te traga tristeza, e ter segurança. Para depois ter como seguir a sua vida, realizar seu sonho e ajudar o seu pai. E eu não sou, gay.

— Acho muito louco, tudo isso! Mais respeito a sua forma de procurar uma esposa, mais infelizmente não é o meu tipo, casar por dinheiro, eu sempre acreditei que casamento é para sempre. E imagino o quanto deve ser triste viver com um homem, e ter que cumprir com as obrigações de esposa, sem amor, ter que olhar para aquele homem todos os dias, e não sentir nada. Deve ser muito triste. Mais podemos ir agora?

— Sim, eu te entendo, claro, eu vou te levar.

Vamos o caminho inteiro sem trocar nenhuma palavra. Acho que nem cabe palavras naquele momento. Eu estou com medo de um sujeito, que eu nem conheço direito! Mais se ele pode pensar em um absurdo desse, pode pensar em qualquer coisa.

— Foi um prazer te conhecer Beatriz, pega o meu cartão, caso eu volte novamente no Brasil. Gostaria de ver você! Se puder me dar seu número.

— Obrigado! Claro. Me dá o seu celular. Eu agendo o meu número, e entrego o telefone para ele de novo.

— Beatriz, e se fosse sem você precisar cumprir com essas obrigações de esposa! Eu não te tocaria, até que você me pedisse. Ou quisesse.

Eu não respondo e saio.

— Com certeza deve ser um louco tarado.

Marcos:

— Eu imaginei, que ela fosse recusar, que não fosse aceitar, não vou conseguir da forma certa. Eu tentei! Mais infelizmente não tem jeito. Eu pego o meu telefone e faço uma ligação.

— É ela! Quero ela de qualquer maneira! Não importa o quanto vai custar, mais preciso que seja rápido.

Desligo e saio com o carro e vou para o hotel novamente.

— Eu fui te procurar no seu quarto, você não estava!

— Eu não te chamei, por que imaginei que estivesse dormindo, parece que a noite para você foi bem animada!

— Na verdade, foi, as brasileiras são ardentes. Mais ela foi embora, o dia ainda não tinha nem amanhecido, ela não quis ficar, disse que dormir é algo muito sério. Mais e você, e a sua brasileira, sabia que você não ia vir de tão longe sem um plano! Quem é ela?

-kkkkkkk. Não foi! Beatriz é uma mulher muito diferente, não é do tipo que se deixa levar por dinheiro.

— Já desistiu? Ou a Beatriz mexeu com você?

— Ainda tá para nascer, a mulher que tenha esse poder! De mexer comigo. Só vou agir de forma diferente.

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