Felipe percebeu a provocação na pergunta de David. Se sentiu falta? Isso foi tudo o que Felipe sentiu durante esse tempo que ficaram longe. Felipe não conseguia dormir, vivia estressado e mal-humorado e ele ainda perguntava se sentiu sua falta?— Você não imagina como senti.Felipe se apressou e abraçou David, os dois precisavam daquele abraço, precisavam sentir o calor um do outro. David se afastou um pouco segurou o rosto de Felipe e o beijou com muita paixão. Mesmo sem ter tido noção do tempo enquanto estava no processo, ainda sentiu muito sua falta.Ele sabia que para Felipe podia ter sido pior, já que teve noção de cada segundo, minutos e dias longe dele. O que interessava era matar a saudade que ambos sentiam, a falta que sentia dos corpos um do outro.David aproveitou que Felipe já estava sem camisa para passar a mão por seu peito e por cada músculo abdominal dele. Felipe começou tirar sua jaqueta e camisa; a urgência dos dois era muita. Enquanto se beijavam as portas foram fec
Todos ali pareciam surpresos com o que ele disse, exceto Mário e a própria condessa.— Mãe? Como assim, querido? — perguntou Ana, ainda atônita.— Exatamente. Eles são meus pais. Ela me fez esquecer sobre eles, mas agora que recuperei toda minha magia, consegui me lembrar de tudo.A condessa continuava em silêncio, apenas olhando. Mário perguntou se poderiam ter uma conversa em particular, e David concordou, pedindo a Felipe que esperasse, pois ele iria até a casa de Mário.Os três saíram e caminharam até a casa de Mário em um silêncio completo e constrangedor. Ao entrarem, antes que pudessem começar a conversar, Oliver apareceu na sala. David não sabia quem ele era ou por que estava sendo observado daquele jeito.Oliver, empolgado, foi quem quebrou o silêncio.— Você é o David, não é? É um prazer enorme te conhecer.— E quem exatamente é você? — perguntou David, desconfiado.— Sou o seu híbrido. — Oliver estava tão empolgado que só depois percebeu como aquilo soou. — Quero dizer, não
A situação entre David e seus pais, ainda não estava bem definida. Ele ouviu toda a história e conectou os pontos que faltavam, mas ainda não tinha chegado o momento de um abraço paternal. Ele agradeceu por terem lhe contado toda a história e disse que voltariam a conversar.Antes de sair, David ainda perguntou sobre Oliver e se ele estava ficando na casa de Mário. Ele explicou a real situação de Oliver e que seu pai não o aceitou de volta na alcateia. Até encontrarem um lugar para ele ficar, Oliver permaneceria no quarto que Mário havia preparado para ele. A preocupação dos pais de David era compreensível. Mário tentou acalmar a condessa, sabendo que o processo de perdão e aceitação poderia levar tempo.— Tenha calma. Deixe as coisas seguirem seu curso natural. Tudo tem acontecido muito rápido na vida dele. É muita informação para assimilar de uma só vez. Descobrir que a família está viva e ainda que seu sangue está sendo usado para criar um exército de híbridos, realmente não é fác
Na manhã seguinte, na casa de Ana, Virgínia estava sentada à mesa totalmente distraída, não estava comendo e só mexia na sua comida, nem ao menos ouvia Ana a chamar.— Virgínia, Virgínia, qual o problema garota? — chamou, tentando obter a atenção da filha.Ela voltou a si, olhou para sua mãe e perguntou.— Como posso saber se sonhei com meu predestinado?Após essa pergunta, Ana já imaginou que alguma coisa tinha acontecido.— Você sonhou com alguém? — Ana perguntou, mas Virgínia parecia constrangida para responder.— Ainda falta cerca de um mês para eu ter 25, então não seria possível eu ter sonhado com ele, não é?Ana bebeu seu café normalmente, enquanto Virgínia girava seu pingente loucamente no pescoço, totalmente nervosa.— Depende. Você é uma alfa dominante, se seu predestinado estiver perto, sim, pode acontecer. Só falta um mês, não é como se faltasse anos. Com quem sonhou?Virgínia olhou para a xícara a sua frente antes de responder.— Oliver. Eu sonhei com ele.Ana deu um leve
Após o almoço, como combinado, David e Felipe foram encontrar Margareth. Gaya esteve cuidando dela desde o desaparecimento de David. Margareth já não estava bem de saúde antes mesmo antes do que aconteceu.Como bruxa ela podia usar poções e até feitiços para retardar algumas coisas, mas não era como se ela não envelhecesse como os vampiros, ou não ficasse doente. Margareth também se recusou a usar poções, ela alegava que merecia sofrer por causar a morte de suas filhas.Margareth, quando viu David, ficou muito feliz.— Se aproxime, meu menino — pediu, com a voz um pouco fraca.David se aproximou e ela segurou sua mão.— Você tem a mesma expressão no olhar que ela tinha — o comparou com Débora, mãe de David.— Eu preciso pedir perdão a você, pois não fui uma boa mãe e nem uma boa avó. Persegui minha própria filha causando a morte de minhas filhas. Elas eram o que mais eu tinha de precioso, e eu mesmo destruí.Margareth deixou as lágrimas rolarem enquanto pedia perdão para David, isso e
David parecia apreensivo com a aparição de um novo tríbrido. Ele não sabia o que esperar de alguém que fosse como ele, ou pelo menos parecido. O que David e todos ao seu redor tinham certeza era que as habilidades desse novo tríbrido poderiam ser diferentes das que David possuía e até ter uma utilidade diferente para Claus.Tudo indicava que o sangue do novo tríbrido não tinha as mesmas propriedades do sangue de David. Se Claus precisava dele para produzir mais híbridos, o sangue desse outro tríbrido não seria útil.— A melhor coisa que podemos fazer agora é vigiar a casa. Vamos observar a rotina e identificar a melhor oportunidade para atacar. Se for durante o dia, não poderemos fazer muita coisa até a noite chegar — expôs Santiago. Santiago colocou um mapa sobre a mesa e mostrou a localização da casa de Claus, juntamente com algumas fotos. A casa ficava em uma propriedade à beira-mar, era grande e bem protegida, tanto por humanos quanto por vampiros e híbridos.De acordo com a opin
Felipe ficou surpreso ao saber que David queria se casar rapidamente, mas, se era o que ele queria, Felipe não via problema algum.— Tem algum motivo especial para querer isso tão rápido? — questionou Felipe, intrigado com a pressa do namorado.David segurou a mão de Felipe e passou o dedo sobre a aliança.— Não, só quero oficializar nossa união o mais rápido possível.Felipe lhe deu um beijo e se levantou, pegando a champanhe que estava no gelo e a abriu.— Então, vamos brindar ao nosso casamento.Os dois brindaram, tomaram a champanhe e comeram alguns petiscos e outras delícias que Virgínia havia deixado ali.— Acho que podemos até mesmo fazer um casamento duplo — sugeriu David.Felipe olhou para ele, intrigado com aquela proposta. — E quem seriam os outros noivos? — perguntou Felipe, curioso.— Vai continuar fingindo que não existe nada entre Oliver e Virgínia? Está na cara que são destinados um ao outro, só você que não quer aceitar — respondeu David.Felipe bufou, deixando claro
Felipe acompanhou David à cerimônia de cremação de Margareth. As bruxas e os bruxos se reuniram em volta do corpo e recitaram um encantamento. De acordo com suas crenças, esse encantamento ajudaria a alma do falecido a seguir o caminho de luz para seu descanso e posterior reencarnação.David era um bruxo, mas não fazia parte do clã de Gaya, então ele apenas observou o ritual com Felipe. Assim que o corpo começou a queimar, David sentiu a presença de alguém. Ele procurou ao redor e avistou sua mãe observando tudo de longe.David imaginou que Débora realmente não se aproximaria. Ela não fazia mais parte daquele clã e provavelmente não queria confusão com as bruxas por estar usando magia para andar à luz do dia, mesmo que Gaya já soubesse. O ritual seguiu, e acenderam a fogueira onde estava Margareth. Depois que o corpo fosse queimado, suas cinzas seriam colocadas no mausoléu dos anciões do clã. David acompanhou todo o processo até a colocação das cinzas no mausoléu. Antes de ir embora,