Felipe acompanhou David à cerimônia de cremação de Margareth. As bruxas e os bruxos se reuniram em volta do corpo e recitaram um encantamento. De acordo com suas crenças, esse encantamento ajudaria a alma do falecido a seguir o caminho de luz para seu descanso e posterior reencarnação.David era um bruxo, mas não fazia parte do clã de Gaya, então ele apenas observou o ritual com Felipe. Assim que o corpo começou a queimar, David sentiu a presença de alguém. Ele procurou ao redor e avistou sua mãe observando tudo de longe.David imaginou que Débora realmente não se aproximaria. Ela não fazia mais parte daquele clã e provavelmente não queria confusão com as bruxas por estar usando magia para andar à luz do dia, mesmo que Gaya já soubesse. O ritual seguiu, e acenderam a fogueira onde estava Margareth. Depois que o corpo fosse queimado, suas cinzas seriam colocadas no mausoléu dos anciões do clã. David acompanhou todo o processo até a colocação das cinzas no mausoléu. Antes de ir embora,
Depois que David e Felipe voltaram para a aldeia, encontraram-se com Mário, que confirmou que o barco já estava preparado para irem investigar a casa de Claus.Os dois se organizaram para a viagem, enquanto Virgínia e Oliver cuidavam dos preparativos para o casamento. Virgínia ainda precisava escolher o vestido de noiva e decidir outros detalhes, que certamente ela e Ana iriam querer na cerimônia.Antes de partirem para a viagem, David encontrou-se com sua mãe. Eles estavam tentando se reaproximar aos poucos. Débora lhe deu alguns conselhos sobre estar perto da casa de Claus e perguntou sobre suas expectativas.— Você acha que vamos conseguir ser uma família de novo? — perguntou Débora.David entendia o ponto de vista de sua mãe. Ela queria seu filho de volta, e ele queria a família que sempre sonhou, então estava mais do que na hora de deixar isso acontecer.— Nós já somos uma família, mas seremos próximos e felizes como merecemos. Se depender de mim, nós três seremos muito felizes j
Enquanto David e Felipe estavam na missão, Mário, na aldeia, se lembrou de algo que queria esclarecer com Débora. Eles estavam no quarto e haviam acabado de fazer amor.— Tem uma coisa que quero te perguntar já tem algum tempo — disse Mário.— O que você quer saber? — perguntou Débora.— Foi você quem matou a Luna, não foi?Débora mudou a expressão e se levantou da cama, vestindo seu robe. Acendeu um cigarro, foi até a janela e, depois, encarou Mário.— Exatamente. Aquela vaca mereceu, e eu não me arrependo nem um pouco. Você avisou para ela ficar longe do David, mas ela não ouviu. Juramos ir atrás de quem machucasse nosso filho, e foi isso que fiz. Você mesmo disse que quase a matou na primeira vez. Mário apenas suspirou e foi para perto da esposa.— Você aproveitou que todos pensariam que foi a outra alcateia e a matou.— Eu não ia arriscar que ela traísse nosso filho pela terceira vez.Mário não ia repreender Débora. Ele mesmo havia pensado em ir atrás de Luna e matá-la, assim com
Depois da fogueira humana na praia, David e Felipe voltaram para o hotel. Na manhã seguinte, planejavam voltar ao mar para observar a casa novamente e tirar mais fotos, assim poderiam determinar o melhor horário para atacar.Eles tomaram banho e pediram o serviço de quarto. David disse que não queria descer para jantar, estava se sentindo cansado. Felipe estranhou um pouco e perguntou se estava tudo bem, pois normalmente David não se cansava tão facilmente, nem mesmo após uma maratona de sexo.Jantaram e foram direto para a cama. Como David disse estar cansado, Felipe achou melhor não o procurar, apesar de que, por ele, continuariam fazendo o que vinham fazendo na estrada.No meio da madrugada, Felipe acordou e percebeu que David não estava na cama. Olhou em volta e viu David saindo do banheiro com uma expressão de que não estava bem. — Está tudo bem? Você está um pouco pálido — perguntou Felipe, preocupado.— Deve ser o efeito da viagem de barco de mais cedo — respondeu David, deita
Os dois voltaram para casa e o clima entre eles já havia melhorado. Naquela mesma noite, se reconciliaram da forma que melhor sabiam fazer. Os preparativos para o casamento já estavam prontos. Virgínia já tinha ido buscar o vestido, além de toda a decoração, e todos trabalhavam na organização do salão.Nos casamentos dos Lycans, era o alfa líder da alcateia que presidia a cerimônia. Nesse caso, seria Mário que faria o casamento do filho. Como o pai de Oliver não iria à cerimônia e já o havia rejeitado, Mário também assumiria o papel de pai e de representante de Oliver. De certo modo, ele era um híbrido devido ao sangue de seu filho, então adotaria Oliver como parte da família. Todos na alcateia estavam empolgados com o casamento duplo. Felipe e Virgínia eram queridos por todos, e David também passou a ser respeitado e querido. Convidaram vampiros e bruxas para o casamento, mostrando que poderiam conviver em harmonia mutuamente.Quando voltaram, David e Felipe passaram todas as inform
Mário iniciou a cerimônia agradecendo:— Obrigado a todos por comparecerem à cerimônia de casamento de David e Felipe, e de Virgínia e Oliver. Estou muito feliz em poder realizar o casamento desses casais. Não é mais segredo para ninguém que David é meu filho, e o desejo de presidir a cerimônia de casamento dele estou realizando hoje.Mário estava emocionado ao dizer essas palavras. Por algum tempo, ele achou que nunca poderia realizar esse desejo.— Estamos presentes aqui hoje não somente como convidados, mas como testemunhas da união desses casais. Testemunhas de que o amor transpõe clãs, raças, gêneros e rivalidades de séculos. Testemunhas de que o amor pode curar feridas e renovar esperanças já perdidas.Mário fez os discursos da cerimônia e também expressou seus desejos, especialmente emocionado por ser seu filho se casando ali. Após uma breve introdução, ele passou para os votos de casamento. Primeiro, Virgínia e Oliver fizeram seus votos e juras de amor. Em seguida, foi a vez d
Como era de se esperar, os dois não conseguiram esperar até o final da festa e saíram sorrateiramente dali. Alguns dos convidados, querendo aproveitar até o último momento, iriam dormir na casa de Ana e na casa de Mário. Penélope era uma das que ficariam, e como ela iria ficar, Ária também dormiria ali. As duas estavam mais próximas do que nunca, e Ária estava conseguindo o que queria: fazer Penélope se apaixonar por ela.Astrid e Maya também ficariam para dormir, então, com tudo decidido e organizado para seus amigos, David e Felipe só queriam ir embora e continuar o que começaram na festa. Como de costume, os dois não esperaram entrar em casa para começarem a se beijar; começaram perto da porta mesmo. David pressionou Felipe contra a parede e iniciou beijos provocativos, intensificando a paixão que havia sido despertada mais cedo.Era incrível como seus corpos reagiam ao toque, aos beijos e até mesmo à mera aproximação um do outro; era uma atração natural e inevitável. David parou s
David estava irritado, confuso e indeciso; tudo que havia planejado para o ataque foi arruinado pela visita surpresa que Claus mandou. Determinado a resolver a situação, ele deu seu sangue a Oliver para ajudá-lo a se recuperar mais rápido. Todos estavam reunidos na casa de Rômulo, enquanto Ana estava visivelmente aflita.— O que aquele monstro quer com a minha filha? — perguntou Ana, desesperada.David sabia a resposta: Claus não queria Virgínia, ele o queria e, mais especificamente, o sangue dele. Aproveitando o momento em que Felipe estava consolando sua mãe, David chamou Astrid para um canto.— Vou atrás da Virgínia e preciso da sua ajuda — disse David.Astrid não gostou nada daquilo.— Os dois não estão em condições de ir — afirmou ele, referindo-se a Oliver e Ana. — E não quero que Felipe vá também.Astrid não sabia se David teve alguma visão com Felipe, e, se teve, não tinha certeza se foi a mesma que ela teve.— Você teve alguma visão com ele? — perguntou ela, precisando tirar