Depois da fogueira humana na praia, David e Felipe voltaram para o hotel. Na manhã seguinte, planejavam voltar ao mar para observar a casa novamente e tirar mais fotos, assim poderiam determinar o melhor horário para atacar.Eles tomaram banho e pediram o serviço de quarto. David disse que não queria descer para jantar, estava se sentindo cansado. Felipe estranhou um pouco e perguntou se estava tudo bem, pois normalmente David não se cansava tão facilmente, nem mesmo após uma maratona de sexo.Jantaram e foram direto para a cama. Como David disse estar cansado, Felipe achou melhor não o procurar, apesar de que, por ele, continuariam fazendo o que vinham fazendo na estrada.No meio da madrugada, Felipe acordou e percebeu que David não estava na cama. Olhou em volta e viu David saindo do banheiro com uma expressão de que não estava bem. — Está tudo bem? Você está um pouco pálido — perguntou Felipe, preocupado.— Deve ser o efeito da viagem de barco de mais cedo — respondeu David, deita
Os dois voltaram para casa e o clima entre eles já havia melhorado. Naquela mesma noite, se reconciliaram da forma que melhor sabiam fazer. Os preparativos para o casamento já estavam prontos. Virgínia já tinha ido buscar o vestido, além de toda a decoração, e todos trabalhavam na organização do salão.Nos casamentos dos Lycans, era o alfa líder da alcateia que presidia a cerimônia. Nesse caso, seria Mário que faria o casamento do filho. Como o pai de Oliver não iria à cerimônia e já o havia rejeitado, Mário também assumiria o papel de pai e de representante de Oliver. De certo modo, ele era um híbrido devido ao sangue de seu filho, então adotaria Oliver como parte da família. Todos na alcateia estavam empolgados com o casamento duplo. Felipe e Virgínia eram queridos por todos, e David também passou a ser respeitado e querido. Convidaram vampiros e bruxas para o casamento, mostrando que poderiam conviver em harmonia mutuamente.Quando voltaram, David e Felipe passaram todas as inform
Mário iniciou a cerimônia agradecendo:— Obrigado a todos por comparecerem à cerimônia de casamento de David e Felipe, e de Virgínia e Oliver. Estou muito feliz em poder realizar o casamento desses casais. Não é mais segredo para ninguém que David é meu filho, e o desejo de presidir a cerimônia de casamento dele estou realizando hoje.Mário estava emocionado ao dizer essas palavras. Por algum tempo, ele achou que nunca poderia realizar esse desejo.— Estamos presentes aqui hoje não somente como convidados, mas como testemunhas da união desses casais. Testemunhas de que o amor transpõe clãs, raças, gêneros e rivalidades de séculos. Testemunhas de que o amor pode curar feridas e renovar esperanças já perdidas.Mário fez os discursos da cerimônia e também expressou seus desejos, especialmente emocionado por ser seu filho se casando ali. Após uma breve introdução, ele passou para os votos de casamento. Primeiro, Virgínia e Oliver fizeram seus votos e juras de amor. Em seguida, foi a vez d
Como era de se esperar, os dois não conseguiram esperar até o final da festa e saíram sorrateiramente dali. Alguns dos convidados, querendo aproveitar até o último momento, iriam dormir na casa de Ana e na casa de Mário. Penélope era uma das que ficariam, e como ela iria ficar, Ária também dormiria ali. As duas estavam mais próximas do que nunca, e Ária estava conseguindo o que queria: fazer Penélope se apaixonar por ela.Astrid e Maya também ficariam para dormir, então, com tudo decidido e organizado para seus amigos, David e Felipe só queriam ir embora e continuar o que começaram na festa. Como de costume, os dois não esperaram entrar em casa para começarem a se beijar; começaram perto da porta mesmo. David pressionou Felipe contra a parede e iniciou beijos provocativos, intensificando a paixão que havia sido despertada mais cedo.Era incrível como seus corpos reagiam ao toque, aos beijos e até mesmo à mera aproximação um do outro; era uma atração natural e inevitável. David parou s
David estava irritado, confuso e indeciso; tudo que havia planejado para o ataque foi arruinado pela visita surpresa que Claus mandou. Determinado a resolver a situação, ele deu seu sangue a Oliver para ajudá-lo a se recuperar mais rápido. Todos estavam reunidos na casa de Rômulo, enquanto Ana estava visivelmente aflita.— O que aquele monstro quer com a minha filha? — perguntou Ana, desesperada.David sabia a resposta: Claus não queria Virgínia, ele o queria e, mais especificamente, o sangue dele. Aproveitando o momento em que Felipe estava consolando sua mãe, David chamou Astrid para um canto.— Vou atrás da Virgínia e preciso da sua ajuda — disse David.Astrid não gostou nada daquilo.— Os dois não estão em condições de ir — afirmou ele, referindo-se a Oliver e Ana. — E não quero que Felipe vá também.Astrid não sabia se David teve alguma visão com Felipe, e, se teve, não tinha certeza se foi a mesma que ela teve.— Você teve alguma visão com ele? — perguntou ela, precisando tirar
Aos poucos, todos despertaram completamente e já tinham notado como Felipe estava irritado, especialmente quando tentou sair e percebeu que estavam trancados ali pela barreira que David colocou. Felipe deu um murro na parede.— Calma, Felipe, não adianta ficar assim. Eles devem ter um bom motivo para ter nos deixado para trás. — Ana tentava acalmar o filho.— Qual é a desculpa para me deixar para trás nisso, mãe? Ela é minha irmã, e nós dois nos casamos ontem. Não era para ser diferente? — Felipe não escondia sua raiva e decepção.— Minha irmã também me deixou para trás — Maya tentou amenizar as coisas.— E você não está brava com ela?— Para dizer a verdade, não. Confio na minha irmã, Felipe, e sei que se ela não me levou, tem um motivo. E vamos ser claros, eu não sou tão forte quanto ela. Eu poderia atrapalhar mais do que ajudar.Maya sabia o que sua irmã tinha visto e pensou que talvez David também tivesse visto o mesmo.— Eu não sei qual o motivo dele, mas acredito que ele teve um
Os quatro avançaram contra Felipe, que se defendia como podia. Por terem ambas as genéticas, acabavam sendo mais rápidos que ele. Ária atacou a mulher à frente com feitiços e tentava se aproximar. Ela sabia lutar e, se chegasse perto o suficiente, preferia usar a força contra aquela mulher em vez de magia.Felipe focou em um dos homens e conseguiu prendê-lo, quebrando seu pescoço. Ele sabia que isso não o mataria, já que era um vampiro também, mas o deixaria desacordado por algum tempo. Um deles conseguiu jogar Felipe com um golpe na parede e avançou em direção a ele. Felipe lhe deu um chute e se levantou rapidamente.Ária conseguiu enfraquecer sua oponente e jogou uma cadeira nela, interrompendo seu feitiço. Ária avançou sobre ela, dando-lhe um soco, derrubou a garota e subiu sobre ela, desferindo mais alguns socos no rosto até que ela ficou desacordada. Um gemido foi ouvido por Ária e ela sabia que era de Felipe. Correu de volta para perto, subjugando os outros que estavam próximos
David mantinha um olhar gélido em direção a Claus, enquanto o outro sorria com satisfação.— Olha só como meu monstrinho mudou.David ficou ainda mais irritado ao ouvir Claus chamá-lo de monstrinho.— Eu não sou um monstro e muito menos seu.Claus sorriu e olhou em direção a Felipe.— É claro, agora você é dele, não é? Como é mesmo o nome? Felipe, não é isso?David mudou completamente sua expressão ao perceber que Claus olhava para Felipe.— Mas tenho que confessar que estou realmente curioso para saber em que você se transformou — disse Claus, fazendo um gesto com a cabeça para que atacassem. Eles não atacaram todos de uma vez; alguns focavam em David, enquanto outros se concentravam no restante da equipe. Felipe ainda estava fraco, mas conseguia ficar de pé. Mário o soltou e começou a lutar também.David, por vezes, apenas subjugava seus adversários; em outras, arrancava seus corações, tudo isso sem tirar os olhos de Claus, que o observava com um olhar e um sorriso de satisfação. O