A noite já havia chegado, e Felipe estava deitado no sofá, sentindo-se extremamente solitário. Em breve faria um mês que ele e David estavam juntos, mas ele nem sequer conseguiu fazer a surpresa que estava preparando. David tinha partido há menos de um dia, e Felipe já estava sentindo sua falta.Ele se acostumou com a presença de David, seu cheiro, seus beijos. Não sabia como podia estar tão apaixonado assim, apesar de saber que a predestinação entre eles era forte. No fundo, porém, Felipe sabia que o que tinham não era apenas resultado disso.Era quase desesperador ficar sem ele, não saber se realmente estava tudo bem, se ele estava protegido, ou lidar com as mil e uma perguntas que passavam por sua cabeça. Felipe não sabia se conseguiria dormir; iria sentir a falta de David na cama, e a preocupação o incomodaria.No refúgio das bruxas, Astrid monitorava David. As tochas estavam acesas, iluminando o local. Astrid escalou mais duas bruxas, além de Maya e ela mesma; ela ficaria com o p
A noite já havia chegado e nada daquele homem acordar, Felipe havia o levado para dentro e tratado das suas feridas. A cura estava no ritmo normal, então era esperar. O que Felipe estava preocupado foi o fato daquele homem ter perguntado por David, ele até mesmo havia ligado novamente para Astrid para confirmar se não havia acontecido nada, ele explicou a situação e ela confirmou que estava tudo bem, e se algo acontecesse avisaria Felipe.********Na casa de Santiago, Penélope acabou dormindo debruçada na mesa do escritório, andava cansada devido às suas pesquisas. Ária entrou no escritório e viu Penélope dormindo ali, se aproximou e ficou ali observando Penélope dormir.Havia um cobertor em uma poltrona e Ária o pegou para cobri-la, Ária tentou ser cuidadosa ao colocar o cobertor em Penélope, mas a mesma acordou assustada. Penélope levantou assustada da cadeira fazendo um feitiço de luz com as mãos.Ária com o seu jeito todo despreocupado só deu aquele sorrisinho que Penélope sempre
Naquela mesma manhã, Astrid recebeu uma ligação enquanto estava nas pedras, observando a situação de David. — Alô!— Se lembra de mim? — Sim, claro que me lembro — respondeu Astrid, demonstrando familiaridade com a pessoa.— Qual a situação do David?— Sem nenhuma mudança. A magia continua aumentando, mas ele ainda não despertou.— Por favor, se algo acontecer, me ligue. Preciso saber se alguma coisa der errado.Astrid confirmou que retornaria caso algo desse errado com ele. Encerrou a ligação e olhou novamente para David, que permanecia na mesma posição, sem sinal de mudança.**********Na casa de Felipe, Mário e Rômulo já haviam confirmado a identidade de Oliver; ele era mesmo o alfa que havia desaparecido. Mário explicou que o levaria de volta à sua aldeia. Oliver temia que não o aceitassem novamente agora que era um híbrido.— Eu gostaria de pedir que me aceitassem na alcateia caso meu pai não me aceite. Eu o conheço bem e tenho quase certeza que ele não vai me aceitar.Mário pe
David se levantou e foi em direção a Astrid.— Quanto tempo fiquei aqui?Astrid não conseguia parar de olhar para os olhos dele, mas mesmo assim respondeu:— Quatro dias.David suspirou ao saber que ficou ali por tanto tempo. Astrid o chamou para irem para casa, afirmando que provavelmente ele estivesse com fome.Ele estava realmente com fome. Por mais que a magia o nutrisse, ele ainda precisava se alimentar. Os dois seguiram em direção à casa, e Astrid não sabia como começar uma conversa com ele. De certa forma, ela estava com medo.— Está com medo de mim, Astrid? — perguntou David, percebendo a hesitação dela. Astrid continuou andando e não sabia como responder àquela pergunta. Não poderia simplesmente virar e dizer: “Sim, estou completamente apavorada com o seu ar intimidador e sem saber se você ainda é do bem ou não.” Então, tentou falar de uma maneira mais sutil.— Não é exatamente medo. Talvez, preocupada e receosa?David parou de andar ao ouvir sua resposta.— Astrid, se tiver
Na manhã seguinte, Felipe se levantou bem cedo. Havia feito uma maratona de treinos com os meninos, que logo pediram arrego. Sua irmã estava no treino, e Oliver também participou. As feridas de Oliver já estavam curadas, então ele quis se juntar. Durante os treinos, Oliver olhava ocasionalmente para Virgínia, que retribuía seus olhares.Quem não estava gostando de tantos olhares era Felipe.— Perdeu alguma coisa lá, Oliver?Oliver não se sentia intimidado por Felipe e deu um leve sorriso antes de responder.— Acho que não perdi, mas talvez eu tenha encontrado. Oliver se afastou um pouco satisfeito e deu outra olhada em Virgínia. Felipe, com ciúmes de sua irmã, percebeu que Oliver estava se engraçando para o lado dela.— Oliver, ainda não terminamos. Mais uma rodada, só nós dois — Felipe falou alto, chamando a atenção de todos.Alguns batiam palmas e assobiavam, gritando o nome de Felipe, enquanto outros gritavam o de Oliver. Ele tirou a camisa, e algumas das meninas que estavam ali c
Felipe percebeu a provocação na pergunta de David. Se sentiu falta? Isso foi tudo o que Felipe sentiu durante esse tempo que ficaram longe. Felipe não conseguia dormir, vivia estressado e mal-humorado e ele ainda perguntava se sentiu sua falta?— Você não imagina como senti.Felipe se apressou e abraçou David, os dois precisavam daquele abraço, precisavam sentir o calor um do outro. David se afastou um pouco segurou o rosto de Felipe e o beijou com muita paixão. Mesmo sem ter tido noção do tempo enquanto estava no processo, ainda sentiu muito sua falta.Ele sabia que para Felipe podia ter sido pior, já que teve noção de cada segundo, minutos e dias longe dele. O que interessava era matar a saudade que ambos sentiam, a falta que sentia dos corpos um do outro.David aproveitou que Felipe já estava sem camisa para passar a mão por seu peito e por cada músculo abdominal dele. Felipe começou tirar sua jaqueta e camisa; a urgência dos dois era muita. Enquanto se beijavam as portas foram fec
Todos ali pareciam surpresos com o que ele disse, exceto Mário e a própria condessa.— Mãe? Como assim, querido? — perguntou Ana, ainda atônita.— Exatamente. Eles são meus pais. Ela me fez esquecer sobre eles, mas agora que recuperei toda minha magia, consegui me lembrar de tudo.A condessa continuava em silêncio, apenas olhando. Mário perguntou se poderiam ter uma conversa em particular, e David concordou, pedindo a Felipe que esperasse, pois ele iria até a casa de Mário.Os três saíram e caminharam até a casa de Mário em um silêncio completo e constrangedor. Ao entrarem, antes que pudessem começar a conversar, Oliver apareceu na sala. David não sabia quem ele era ou por que estava sendo observado daquele jeito.Oliver, empolgado, foi quem quebrou o silêncio.— Você é o David, não é? É um prazer enorme te conhecer.— E quem exatamente é você? — perguntou David, desconfiado.— Sou o seu híbrido. — Oliver estava tão empolgado que só depois percebeu como aquilo soou. — Quero dizer, não
A situação entre David e seus pais, ainda não estava bem definida. Ele ouviu toda a história e conectou os pontos que faltavam, mas ainda não tinha chegado o momento de um abraço paternal. Ele agradeceu por terem lhe contado toda a história e disse que voltariam a conversar.Antes de sair, David ainda perguntou sobre Oliver e se ele estava ficando na casa de Mário. Ele explicou a real situação de Oliver e que seu pai não o aceitou de volta na alcateia. Até encontrarem um lugar para ele ficar, Oliver permaneceria no quarto que Mário havia preparado para ele. A preocupação dos pais de David era compreensível. Mário tentou acalmar a condessa, sabendo que o processo de perdão e aceitação poderia levar tempo.— Tenha calma. Deixe as coisas seguirem seu curso natural. Tudo tem acontecido muito rápido na vida dele. É muita informação para assimilar de uma só vez. Descobrir que a família está viva e ainda que seu sangue está sendo usado para criar um exército de híbridos, realmente não é fác