Depois de se apresentar a todos, David se acomodou em uma poltrona próxima a Santiago, posicionada de frente para os demais. — Então, o que o senhor gostaria de saber? — indagou David. — Em primeiro lugar, quero pedir desculpas por toda essa pressão que estamos fazendo. Sei que não deve ser fácil para você ter que ficar respondendo perguntas, depois de tudo o que passou. Só quero chegar ao fundo disso e descobrir quem são as pessoas por trás desse absurdo. David ocasionalmente lançava olhares na direção de Felipe e toda vez que o fazia, seus olhos encontravam os daquele homem, que o observava atentamente. — Tudo bem, o que eu souber e puder responder, eu farei, mas algumas coisas eu desconheço, inclusive sobre meu passado. David respondeu demonstrando sua disposição para responder às perguntas, na esperança de que eles pudessem também compartilhar alguma informação. — Qual o motivo de te manterem preso naquele lug
David permitiu que ele entrasse e foi direto em suas palavras. Ele ainda estava constrangido e sem jeito de ficar a sós com Santiago, além de que tinha medo que o que aconteceu antes, acontecesse de novo.— Sobre o que quer conversar? — perguntou David, fechando a porta em seguida.— Já que você disse que quer aprender a se controlar e controlar suas habilidades, uma das coisas que você precisa controlar é sua sede, mesmo que você se alimente com comida normal, precisa alimentar seu lado vampiro também, para não perder o controle. — David sabia ao que Santiago estava se referindo.— Então, vou ter que começar a beber sangue?— Sim, talvez não tanto quanto os vampiros normais, mas algumas vezes terá que beber. — Santiago foi firme ao dizer isso.David suspirou e demonstrou não gostar muito daquela informação.— Por que não tentamos? Vou buscar um pouco de sangue e você vê de qual vai gostar mais, até aprender a usar suas presas, é melhor beber assim. — David não fez uma cara muito boa,
A velocidade tornou-se cada vez mais intensa, os saltos e escaladas mais precisos. Felipe havia começado seu treinamento ainda antes do amanhecer, pois precisava extravasar toda a raiva e frustração que consumia seu corpo; não havia dormido bem naquela noite. Durante a noite, Felipe foi assombrado por vários pesadelos nos quais via David sendo atacado por vampiros e lobos, enquanto ele se encontrava impotente para socorrê-lo.Em um desses pesadelos, viu David estendendo a mão com um sorriso, apenas para Santiago surgir por trás dele e cravar os dentes em seu pescoço. Felipe assistia ao sangue escorrendo e ouvia os apelos desesperados de David, mas estava acorrentado, incapaz de ajudar. A noite inteira foi um tormento infindável para Felipe, que finalmente decidiu que era melhor se levantar e abandonar aqueles pesadelos.Felipe estava tentando compreender por que estava tão obcecado com David, porque pensava constantemente na segurança dele e, mais do que nunca, porque ansiava tanto po
Mesmo sem saber quem batia, David permitiu a entrada em seu quarto.— Entre. — David respondeu sem hesitar. Era Santiago que voltou com uma caixinha na mão.— Rômulo disse que daqui a pouco está passando por aqui, ele já está terminando de comprar algumas coisas e vem. — Santiago falou sem nenhum entusiasmo.— O que é isso na sua mão? — David perguntou, observando a caixa.Santiago abriu a caixa, tirou um celular e se aproximou de David.— Esse celular é seu, já o configurei e também salvei meu número, o da Penélope e o do Henrique. — Santiago colocou o celular nas mãos de David e segurou suas mãos junto — Quero que fique com ele e, se precisar de qualquer coisa, ou se acontecerqualquer coisa, me ligue ou ligue para os outros dois números que salvei. Se for durante o dia e eu não puder ir, eles irão te ajudar ou te buscar, você me entendeu?David deu um sorriso antes de o responder.— Por que parece que está me tratando como uma criança de 6 anos que está indo dormir pela primeira ve
Felipe estava recostado no sofá, com uma toalha enrolada em sua cintura e os olhos fechados, aparentando cochilar. Pela sua aparência, parecia estar um pouco cansado.Felipe sentiu uma mão deslizando por sua barriga e por instinto, com uma mão ele segurou a que estava na barriga, enquanto a outra foi em direção ao pescoço da pessoa.— Sou eu, Felipe, calma.— Porra, Luna! Sabia que eu poderia ter te machucado. Caramba, nunca mais faça isso.Felipe soltou o pescoço de Luna, que tossiu algumas vezes.— Por que está com esse mau humor todo? Já fiz isso antes, e você nunca reclamou.Felipe, que já estava em pé, passou a mão no cabelo e perguntou impacientemente:— O que você está fazendo aqui?Luna, que havia se sentado no sofá, levantou-se e foi até Felipe, passando um braço em volta do seu pescoço e colocando a outra mão em seu peito, respondendo de forma insinuante:— Soube que você tinha vindo para sua casa hoje e decidi vir te ver.Ela começou a querer deslizar a mão pelo peito de Fe
Felipe não sabia o motivo, mas não queria que David entendesse errado e fez questão de explicar.— Quem? Namorada? Que namorada?— A garota que saiu daqui, ela estava furiosa e disse para o seu pai que você era um idiota e foi embora muito zangada. Seu pai foi atrás dela para descobrir o que havia acontecido.David explicou, sem jeito, após perceber a expressão de Felipe.— Ela não é minha namorada. Ela entrou na minha casa sem eu tê-la convidado.Após ouvir isso, David levantou as sobrancelhas e Felipe percebeu o que havia acabado de dizer. Felipe levantou as mãos, tentando explicar.— Você é diferente, David. Ela entrou aqui com segundas intenções e quando eu disse que não tinha mais intenção de ficar com ela, ai ela ficou daquele jeito.David levantou uma sobrancelha e perguntou:— Então, você ficava com ela?David sentiu mais uma vez que aquele assunto o deixava desconfortável. Felipe olhou nos olhos de David e explicou:— Sim, já fiquei com ela algumas vezes. Era um acordo entre
Felipe e David permaneceram mais um tempo à beira do rio. Felipe chamou David para voltar e começar o treino. Ele pegou uma camiseta cavada, imaginando que talvez David não tivesse levado nenhuma. David decidiu aceitar, mesmo sabendo que tinha uma em sua mochila.David foi até o quarto, tirou sua camiseta e, antes de vestir a de Felipe, levou-a até o nariz, sentindo seu aroma. David deu um leve sorriso e vestiu a camiseta. Ela ficou um pouco larga, pois Felipe era maior e tinha músculos maiores.Quando David saiu, Felipe já havia trocado de roupa. Ele observou David vestindo sua camiseta e sentiu uma enorme satisfação.— Ficou bem em você — disse Felipe com um sorrisinho.David deu uma voltinha, passando a mão na camiseta.— Sim, também gostei.Enquanto dava uma voltinha, Felipe reparou em sua marca e perguntou: — Posso ver a sua marca?David achou estranho o pedido, mas se virou novamente. Felipe se aproximou mais e disse:— Você é mesmo um Alfa, percebi pelo seu cheiro, mas a marca
David se levantou e Felipe o ajudou, segurando suas mãos e conduzindo David para fora da água. David não conseguia tirar da cabeça o beijo, o toque e a incerteza sobre seus sentimentos persistiam, mas ele sabia que algo tinha mudado entre eles naquele momento à beira da cachoeira. Depois de se vestirem, Felipe se aproximou de David, tirou uma mecha de cabelo de sua testa, se abaixou e deu outro selinho nele.— Que tal me deixar te levar? Suba nas minhas costas, eu te levo.David achou a ideia divertida e saltou nas costas de Felipe.No entanto, mesmo percebendo que Felipe estava carinhoso e descontraído, a ideia de que ele não continuou as carícias, mesmo estando claramente excitado, ainda pairava na mente de David. Ao chegarem em casa, Felipe não aparentava estar cansado. Ele ajudou David a descer e sugeriu que ele tomasse banho primeiro.Dentro do banheiro, David começou a tomar banho e, ao passar a mão em sua cintura, lembrou da mão de Felipe ali e de como a sensação fo