Felipe desocupou algum espaço de seu guarda-roupa e colocou algumas peças novas. Estas eram para David. Queria fazer uma surpresa quando ele voltasse, então comprou algumas peças de roupa para ficarem na casa dele, assim ele não precisaria trazer roupas quando fosse fazer uma vista.Ele pegou uma sacola sobre a cama e foi até a mesa de cabeceira, onde colocou algumas coisas que comprou na farmácia. Estava prevenido; quando David se sentisse confortável, iria fazer tudo certo. Foi até a cozinha pegar um suco antes de voltar para casa de seus pais. Pegou o copo e foi em direção à geladeira, quando o celular tocou no bolso. Olhou o visor e viu que era Santiago. Felipe teve um mau pressentimento e atendeu.— Alô!Depois de alguns segundos ouvindo, deixou o copo de sua mão. Felipe nem mesmo pegou os cacos, desligou a ligação, colocou o celular no bolso e saiu em alta velocidade. Estava sem capacete, então precisava pegá-lo na casa de seus pais primeiro. Felipe desceu da moto com urgência e
David se virou e encontrou um homem em seu quarto. Ele era loiro, com olhos azuis deslumbrantes, da mesma altura que David. Seu corpo parecia bem definido na camiseta preta justa e nas calças igualmente ajustadas, além de um sobretudo preto. Sua expressão era calma, porém David podia perceber uma certa hostilidade.— Olá, David — disse o homem à sua frente.David não teve tempo de responder, pois Santiago estava chegando na escada quando percebeu a presença do vampiro. Ele correu para o quarto de David e abriu a porta sem hesitar.— Quem é vo… — Santiago não conseguiu terminar, pois o homem se virou, revelando quem era — não pode ser — falou incrédulo, ao se dar conta de que o conhecia.Santiago parecia perplexo ao ver aquele homem parado na sua frente.— Olá, Santiago! — A voz suave fez Santiago dar um passo para trás.— Alex, mas como? Você está…— Morto? — Alex terminou a frase de Santiago. — Como você pode ver, não estou. Achou que alguém havia entrado para machucar seu garoto? —
Alex percorria o quarto com os olhos, observando cada detalhe: as roupas que um dia foram suas, a mobília, as fotos e diversos objetos pessoais. Santiago havia guardado tudo o que pertencia a ele. — Eu venho aqui sempre, nunca deixei de pensar em você um dia sequer, Alex — disse Santiago, interrompendo os pensamentos do outro. Alex foi tirado de seus devaneios pela voz de Santiago, vindo de trás dele. Durante o tempo em que estiveram juntos, Alex nunca se sentiu inseguro, mas após tantos anos separados e com a aparição de David, começou a questionar se Santiago ainda o amava como antes. — Você ainda me ama? — Alex perguntou, sem hesitação. Apesar de ver todas as lembranças diante de si, sentia a necessidade de ouvir a resposta diretamente dele. Sentia que conseguiria discernir se fosse uma mentira. Santiago se aproximou por trás, permitindo que seu peito encostasse nas costas de Alex, enquanto sua voz saía suavemente ao lado de seu ouvid
Luna estava parada com os braços cruzados, olhando com certo cinismo para David. — Vi que você havia chegado e vim falar com você. Queria te alertar sobre algo — disse Luna. David ficou intrigado, pois achou aquilo muito estranho vindo dela. Mesmo assim, ele perguntou o que ela queria avisar. — Se acha que o Felipe vai te levar a sério, está enganado. Você só será mais um em sua lista. Ele vai te usar assim como me usou e depois vai te descartar, quando aparecer uma nova presa — disse Luna, percebendo que David apertava seu punho e a olhava com frieza. — E o que te faz pensar que sou mais um para o Felipe? — David decidiu encará-la. Luna sorriu e continuou provocando: — Porque você não pode satisfazê-lo. Aquelas palavras foram como um soco em David. Ele se perguntou se Felipe havia dito algo sobre não conseguir se relacionar sexualmente com ele. Pensar que aquilo pudesse ser verdade, doeu, pois signifi
David saiu de seu devaneio e olhou para Felipe. Ele estava apenas com a toalha na cintura; seu cabelo estava molhado, ainda escorrendo um pouco de água pelo peito. A toalha estava baixa, o que fez David pensar demais. O corpo de Felipe era extremamente convidativo, ainda mais molhado e apenas com a toalha. David pigarreou e olhou em outra direção.— Estou bem, não se preocupe. Como Felipe poderia não se preocupar com tudo o que estava acontecendo com ele e ainda vendo-o tão pensativo daquele jeito? Gostaria de ouvir os pensamentos que atormentavam David. Felipe se vestiu e voltou para preparar o jantar. Colocou um avental e começou a preparar os ingredientes. David havia oferecido ajuda, mas Felipe recusou, pedindo para que ficasse sentado esperando. David observava Felipe da sala. Este estava com uma camiseta cavada que mostrava todo seu braço musculoso, e uma bermuda que o deixava com uma aparência relaxada. Sempre que cortava algo, os músculos de seus braços
Felipe ouviu aquela frase e se estremeceu todo. Ele segurou o pênis de David e o colocou na boca, esperando fazer tudo certo, pois era sua primeira vez com um homem. Ele havia pesquisado e conversado com seu amigo, mas, na prática, não imaginava que ficaria tão nervoso. Felipe gostou de como David fez aqueles movimentos nele e pensou em fazer os mesmos movimentos com a boca e com as mãos. Queria que ele se sentisse bem, como ele o fez se sentir.Ele começou seus movimentos e David reagia a cada um deles, apertando seus cabelos e gemendo. Ouvir aqueles gemidos o estava excitando ainda mais.— Humm! Isso é muito bom — disse David entre dentes. — Se continuar assim, não vou conseguir parar a tempo, vou gozar na sua boca.Felipe o olhou enquanto passava a língua de forma provocativa por toda extensão de sua ereção. Ele deu um sorriso de lado e, quando o olhou novamente, seus olhos eram de um lindo dourado. David gemeu ainda mais vendo Felipe com aquela expressão, estava lindo com aqueles
A água morna em volta da cintura estava ótima; acalmava seu corpo. A água que Felipe jogava em seu ombro, sempre passando a mão, quase o fazia adormecer. Recostar o seu corpo em seu peito dentro daquela banheira estava tornando tudo perfeito.Já estava quase amanhecendo, e os dois haviam feito amor várias vezes naquela noite. Estava claro que ambos sentiam o mesmo desejo sexual um pelo outro; seus corpos ansiavam por cada toque e carícia, por cada nova sensação.Felipe passou a mão nos ombros de David e deu um beijo em sua cabeça.— Você está bem? Está sentindo dor em algum lugar?Ele estava preocupado de ter exagerado para a primeira vez dos dois, mas não podia evitar que a simples proximidade de David lhe causasse desejo. Sentia-se um verdadeiro lobo no cio perto dele.— Estou bem, não estou sentindo dor — David respondeu com uma voz sonolenta.— Não machuquei você? — Ainda estava preocupado, mesmo sabendo que o corpo dele se curava até mesmo mais rápido que o dele próprio.David se
Felipe pegou seu celular e saiu em direção a sua moto e antes de subir ouviu alguém chamar seu nome.— Felipe, espera!Ele olhou com desagrado quando viu que era Luna o chamando.— O que quer? Estou com pressa. — Felipe falou com um tom ríspido.— Preciso falar com você e é urgente — alegou Luna.— Não tenho nada para falar com você.— Nem se for sobre seu namorado? — Luna exibiu um tom de preocupada.Felipe cerrou as sobrancelhas e se aproximou dela.— O que você têm para falar sobre ele? Não pense que darei ouvidos aos seus joguinhos, Luna.O nervosismo de Felipe aumentou assim que David foi mencionado. O efeito sobre ele foi como esperado e Luna levantou as mãos como se não estivesse planejando nada.— Não estou fazendo joguinhos. Eu já entendi que você está namorando sério agora e como sua amiga, vim te alertar sobre algumas coisas que ouvi sobre seu namorado. — Luna deixou o suspense no ar com o intuito de atiçar a curiosidade de Felipe.— Olha, ouvi alguns lobos comentando ter o