O almoço no restaurante indicado por Sean era realmente maravilhoso. Eu adorava comida italiana, mas raramente tínhamos aqueles pratos no castelo. Eu ri sozinha quando lembrei que havia uma pessoa paga para provar todos os alimentos dentro do castelo antes de serem servidos para mim e meu pai e a fim de evitar qualquer tipo de envenenamento. No entanto cá estava eu, comendo numa típica cantina comida servida diretamente na mesa, por uma pessoa que eu nunca vi em toda a minha vida.
Sean era divertido. Eu já gostava dele, mesmo sabendo que confiar em qualquer pessoa era impossível. Ele era gentil e parecia sempre querer fazer tudo corretamente. Eu sentia algo nos olhos dele que eu não conseguia explicar... Como se fosse segurança. Eu sentia que junto dele eu poderia ser eu mesma e ainda assim contar com alguém que me protegeria.
Não entendia como aquele homem ficou escondido tanto tempo na guarda real,
Saí na rua e o calor não me fez bem. Senti uma sensação estranha e um peso na cabeça. Mas o maior problema estava dentro do meu coração. Andei pela calçada até encontrar o carro. Sean estava escorado sobre a porta, olhando no celular.Parei e perguntei, fazendo com que ele se assustasse:- Este seu telefone funciona?- Alteza? Não... Não... Somente para chamadas diretamente com o castelo de Avalon.Fiquei parada, sem ter certeza se queria voltar.- Está tudo bem, Alteza?- Sean, acho que não é bom você me chamar de Alteza no meio da rua. – observei.- Me desculpe.- Não quero ser descoberta... Ou quero. Já nem sei mais.- Achei que demoraria.- Eu também. – falei sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto.Porra, eu detestava chorar. Por que eu fazia aquilo por
O restante do dia foi revirando o castelo atrás de uma porta ou algo que indicasse uma passagem secreta dentro do castelo de Avalon. E estava ficando cada vez mais complicado encontrar aquilo.Na quinta-feira, eu e Mia fomos ler na biblioteca. Eu jamais conseguia ler na companhia dela, porque ficávamos muito mais falando do que prestando atenção nas palavras dos livros.Contei a ela que Estevan havia ido embora e ela sofreu comigo. Mas minha amiga, como ninguém mais, sabia o quanto eu era forte e dava a volta por cima em qualquer situação.Sentamos à mesa de pesquisa enquanto folheávamos revistas de vestidos de noiva. Sim, nossa leitura acabou nisso.- Mia, quando você vai ver Théo novamente?- Marcamos de nos encontrar no sábado.- No sábado? Onde?- Rock Bar.- Mia, como você marcou isso? – perguntei curiosa.Mia sa&ia
- Sean, como você sabia que eu precisava de ajuda? – perguntei enquanto saía com ele pelo corredor do segundo andar, sem saber exatamente para onde.- Não sou só o motorista, Alteza! Lembre-se que ainda sou da guarda real.- Eu acho que você é o meu anjo da guarda. – eu empurrei ele com meu corpo, brincando, grata por ele estar ali.- Bem que gostaria, mas não sou.- Meu pai não poderia ter escolhido pessoa melhor para proteger.- Não foi escolha dele, Alteza. Foi do capitão da guarda.- Hum...Eu fiquei um pouco curiosa ao ver que não fui eu que o conduzi para a escadaria e sim ele que tomou a frente. Guardas sem ser os de dentro do castelo não sabiam onde ficava nada ali dentro.Quando chegamos ao topo da escadaria do segundo andar, próximo da subida para o terceiro, perguntei:- Você já foi da guarda inter
- Então tinham? Você estava com ele há quanto tempo?- Sam, eu não quero falar sobre isso.- Como assim não quer falar sobre isso? Eu achei que estávamos nos envolvendo... E não me diga que eu me enganei e que o sentimento foi só da minha parte... Porque eu senti que você estava correspondendo...- Você não estava enganado. – admiti. – Mas sobre Estevan... Eu...- Ele veio aqui por você naquela manhã que eu os encontrei conversando?- Sim... Creio que sim.- E ele sabia que você estaria aqui naquela noite?- Não.- Você gosta dele?- Sim. – confessei. – Mas eu não vou voltar a vê-lo.Ele balançou a cabeça:- Por que vocês mulheres tem que ser tão complicadas?- Sam, eu não quero falar sobre Estevan... Principalmente com voc&ec
Só podia ser brincadeira. A folha estava em branco. Isabella estava me subestimando, brincando comigo.- Excelentes informações, melhor hacker de Avalon. – falei balançando a folha em branco.- Quem você pensa que eu sou, garota? – ela perguntou furiosa. – Acho que tenho tempo para procurar pessoas inexistentes como você?- Como assim inexistentes?Embora eu já tivesse tentado verificar algo sobre ele e não ter encontrado nada, não me passou pela cabeça que ela não conseguiria.- Seu namoradinho mentiu o nome para você.- Mas...- Delacroix é um sobrenome bem comum em alguns países, embora não aqui. Mas Estevan Delacroix não existe... Assim como Satini Kane. – ela riu ironicamente: - Quer mesmo dar uma chance a ela, Sam?Ele me olhou:- Estevan Delacroix? Acha que ele vale uma informa&ccedi
Samuel estava no bar e percebi nos seus olhos o quanto estava furioso. Sentei ao lado dele:- Como você suporta este homem? – ele perguntou.- Eu não suporto. – confessei.- Nós o ajudamos e ele ainda pensa que mandamos fazer isso? Ele tentou me matar dias atrás, lembra?- Como esquecer?- Ele é um homem sem nenhum tipo de caráter. Queria brigar comigo, mas usaria uma arma e não os braços. Covarde. E ainda teve e petulância de me chamar de garoto.Eu coloquei minha mão sobre a dele, que estava sobre o balcão. Ele fitou-a e depois enlaçou seus dedos nos meus. Meu coração palpitou e eu senti um frio na barriga. Eu queria não ter dúvidas, não sentir nada por Sam... Mas eu sentia. Embora não fosse nada comparado ao amor que eu sentia por Estevan, Samuel me tocava de alguma forma que eu não conseguia expli
- Já conhece a praça, Alteza?- Não...- É um dos lugares mais frequentados de Avalon. Pelo menos pela classe alta.Fiquei confusa. Por que Samuel queria me encontrar num lugar como aquele?- Eu... Tenho um encontro. – avisei.Ele sorriu:- Fico feliz.O encarei enquanto ele dirigia:- Fica mesmo?- Claro, Alteza.Como era bom alguém parecer se importar comigo. Mesmo que ele não se importasse realmente, eu preferia fingir que ele era sincero.- Seria por acaso com o rapaz de não foi encontrado no prédio?- Infelizmente não, Sean. Acho que nunca mais vou vê-lo.Ele demorou um pouco para dizer algo. Afirmou:- O bom é que Vossa Alteza conseguiu encontrar outra pessoa.- Não... Eu não consegui encontrar alguém com ele. Mas gosto de Samuel. Então vou pelo menos tentar.
Os olhos de Samuel seguiram os meus e ele perguntou:- O que ele está fazendo aqui?Eu simplesmente não consegui responder. Não sabia como agir, se ir até ele, se esperar ali. Foi então que ele virou as costas e saiu. Então eu não me contive e saí correndo atrás dele.- Estevan, espere.Ele não parou e eu segui até me aproximar, me colocando na frente dele, fazendo-o parar.- O que você quer? – ele perguntou de uma forma que atingiu meu coração como uma faca.- O que eu quero? O que você está fazendo aqui?- Não o mesmo que você, não é mesmo?Vi que Samuel estava um pouco adiante, mas pouco me importei. Meu coração batia tão descompassadamente e eu sentia dores no meu estômago. Sim, era isso que Estevan Delacroix ou seja lá a porra do nome que ele tivess