- Sean, como você sabia que eu precisava de ajuda? – perguntei enquanto saía com ele pelo corredor do segundo andar, sem saber exatamente para onde.
- Não sou só o motorista, Alteza! Lembre-se que ainda sou da guarda real.
- Eu acho que você é o meu anjo da guarda. – eu empurrei ele com meu corpo, brincando, grata por ele estar ali.
- Bem que gostaria, mas não sou.
- Meu pai não poderia ter escolhido pessoa melhor para proteger.
- Não foi escolha dele, Alteza. Foi do capitão da guarda.
- Hum...
Eu fiquei um pouco curiosa ao ver que não fui eu que o conduzi para a escadaria e sim ele que tomou a frente. Guardas sem ser os de dentro do castelo não sabiam onde ficava nada ali dentro.
Quando chegamos ao topo da escadaria do segundo andar, próximo da subida para o terceiro, perguntei:
- Você já foi da guarda inter
- Então tinham? Você estava com ele há quanto tempo?- Sam, eu não quero falar sobre isso.- Como assim não quer falar sobre isso? Eu achei que estávamos nos envolvendo... E não me diga que eu me enganei e que o sentimento foi só da minha parte... Porque eu senti que você estava correspondendo...- Você não estava enganado. – admiti. – Mas sobre Estevan... Eu...- Ele veio aqui por você naquela manhã que eu os encontrei conversando?- Sim... Creio que sim.- E ele sabia que você estaria aqui naquela noite?- Não.- Você gosta dele?- Sim. – confessei. – Mas eu não vou voltar a vê-lo.Ele balançou a cabeça:- Por que vocês mulheres tem que ser tão complicadas?- Sam, eu não quero falar sobre Estevan... Principalmente com voc&ec
Só podia ser brincadeira. A folha estava em branco. Isabella estava me subestimando, brincando comigo.- Excelentes informações, melhor hacker de Avalon. – falei balançando a folha em branco.- Quem você pensa que eu sou, garota? – ela perguntou furiosa. – Acho que tenho tempo para procurar pessoas inexistentes como você?- Como assim inexistentes?Embora eu já tivesse tentado verificar algo sobre ele e não ter encontrado nada, não me passou pela cabeça que ela não conseguiria.- Seu namoradinho mentiu o nome para você.- Mas...- Delacroix é um sobrenome bem comum em alguns países, embora não aqui. Mas Estevan Delacroix não existe... Assim como Satini Kane. – ela riu ironicamente: - Quer mesmo dar uma chance a ela, Sam?Ele me olhou:- Estevan Delacroix? Acha que ele vale uma informa&ccedi
Samuel estava no bar e percebi nos seus olhos o quanto estava furioso. Sentei ao lado dele:- Como você suporta este homem? – ele perguntou.- Eu não suporto. – confessei.- Nós o ajudamos e ele ainda pensa que mandamos fazer isso? Ele tentou me matar dias atrás, lembra?- Como esquecer?- Ele é um homem sem nenhum tipo de caráter. Queria brigar comigo, mas usaria uma arma e não os braços. Covarde. E ainda teve e petulância de me chamar de garoto.Eu coloquei minha mão sobre a dele, que estava sobre o balcão. Ele fitou-a e depois enlaçou seus dedos nos meus. Meu coração palpitou e eu senti um frio na barriga. Eu queria não ter dúvidas, não sentir nada por Sam... Mas eu sentia. Embora não fosse nada comparado ao amor que eu sentia por Estevan, Samuel me tocava de alguma forma que eu não conseguia expli
- Já conhece a praça, Alteza?- Não...- É um dos lugares mais frequentados de Avalon. Pelo menos pela classe alta.Fiquei confusa. Por que Samuel queria me encontrar num lugar como aquele?- Eu... Tenho um encontro. – avisei.Ele sorriu:- Fico feliz.O encarei enquanto ele dirigia:- Fica mesmo?- Claro, Alteza.Como era bom alguém parecer se importar comigo. Mesmo que ele não se importasse realmente, eu preferia fingir que ele era sincero.- Seria por acaso com o rapaz de não foi encontrado no prédio?- Infelizmente não, Sean. Acho que nunca mais vou vê-lo.Ele demorou um pouco para dizer algo. Afirmou:- O bom é que Vossa Alteza conseguiu encontrar outra pessoa.- Não... Eu não consegui encontrar alguém com ele. Mas gosto de Samuel. Então vou pelo menos tentar.
Os olhos de Samuel seguiram os meus e ele perguntou:- O que ele está fazendo aqui?Eu simplesmente não consegui responder. Não sabia como agir, se ir até ele, se esperar ali. Foi então que ele virou as costas e saiu. Então eu não me contive e saí correndo atrás dele.- Estevan, espere.Ele não parou e eu segui até me aproximar, me colocando na frente dele, fazendo-o parar.- O que você quer? – ele perguntou de uma forma que atingiu meu coração como uma faca.- O que eu quero? O que você está fazendo aqui?- Não o mesmo que você, não é mesmo?Vi que Samuel estava um pouco adiante, mas pouco me importei. Meu coração batia tão descompassadamente e eu sentia dores no meu estômago. Sim, era isso que Estevan Delacroix ou seja lá a porra do nome que ele tivess
Virei para trás e encontrei os olhos de Samuel:- Eu não acredito que você fez isso por mim... – falei emocionada com a atitude dele para tentar me fazer esquecer o que havia acontecido com Estevan.- Vamos?- Sim...Ele abriu a porta e desembarcou do carro. Eu estava descendo quando senti a mão segura de Sean no meu braço. Ele me encarou:- Tem certeza de que quer fazer isso?- Tenho. E espero que fundo do meu coração que você não comente isso com ninguém.- Eu jamais faria isso.- Eu sei... – sorri.- Quer que eu vá junto ou prefere fazer isso sozinha?- Sozinha.- Imaginei... Se você não estivesse com ele, eu não aceitaria sua negação e a acompanharia. Mas pelo que percebi, estar com ele neste lugar é mais seguro do que em Avalon com o rei.- É mais seguro do que d
Quando cheguei no carro, Sean perguntou:- Podemos partir?- Sim. – confirmei vendo Samuel observando-nos saindo.Sean dirigia atentamente e eu fiquei em silêncio ao lado dele, mesmo sabendo que ele devia estar bem curioso quanto a tudo que estava acontecendo. No entanto ele só disse:- Ele é um bom garoto.Fitei-o e perguntei:- Sam?- Sim... Talvez o outro também. – ele me olhou de relance.Escorei minha cabeça no banco e suspirei:- Estevan não vai me perdoar nunca...Ele riu:- Acho que você está sendo muito precipitada, Alteza.- Ele me disse com todas as letras, Sean. Eu fui uma burra...- Estevan é o do prédio, que sumiu sem deixar recado?- Sim. – confirmei.- Mas... Qual dos dois é o seu namorado?- Nenhum. – confessei e comecei a rir. Realmente era engraçado
Quando acordei na manhã seguinte meus olhos estavam vermelhos e inchados de tanto chorar. Assim que Léia entrou com meu desjejum, esbravejou:- Princesa, o que fizeram com você?Eu sorri tristemente:- Não fizeram nada comigo, Léia. Eu chorei, só isso.- Mas... Por quê? O que a incomoda ou a entristece, minha querida?Incomodo-me com seu filho, querida Léia. Eu o queria morto. E me entristeço por acabar de perder meu único e verdadeiro amor porque ele me viu beijando outro homem. Ah, o homem que eu beijava é um dos principais líderes da Coroa Quebrada, só para constar. No entanto eu disse:- Nada sério.- Você não costuma chorar por qualquer motivo, princesa. E eu mais do que ninguém sei disto. Você sempre foi forte, desde pequena. Então estas lágrimas me preocupam sim.- Estou... Com dú