Narrado por Eva Dasílis:A situação com Mason havia passado do limite para mim, liguei para Ezra no domingo, mas seu telefone deu fora de area diversas vezes. Evidente que ela ia aprontar comigo e me deixar sofrer as consequências, do contrário não seria Ezra. A manhã de segunda inicia me revelando as marcas de mão de Mason em meu pescoço, doendo mais que fisicamente, uma mancha fora deixada na alma, insistir ligando para Ezra, mas em nenhum momento fui atendida, cabendo a mim ir a mansão Muller, mas nem Ivone, tampouco Ezra estavam, o que me pareceu estranho, tão cedo, e Ivone não está em casa. Meu pai sequer me deixou passar do portão, mesmo sabendo que eu estou no lugar de Ezra, pelas caixas, móveis sendo carregados, percebi que eles estão de mudança. Ao chegar ao trabalho, eu quis relaxar nele, mas aquele momento não saiu da minha mente. Os olhos de Mason, a força exercida, Ezra não ia me liberar, porque eu iria continuar ligando? Após um dia de trabalho leve, onde discutimos
Narrado por Mason Dasilis:Eva parecia abalada, e não era para menos.As minhas mãos ficaram em seu pescoço como um lembrete do que fui capaz de fazer, do que fiz, isso me doeu, mas ainda ao vê-la machucada, me pedindo para não procura-la enquanto não se acostumasse com isso, eu realmente julgava que eu seria capaz de viola-la desta maneira? Me senti cansado deste joguinho, fazendo o roteiro de Ezra. — Tô cansado disso, eu sei quem é você, que você é Eva e não Ezra,a sua irmã. — comecei, minha voz carregada de frustração.— Percebi desde o momento em que você entrou naquele cartório. Não entendo por que você fez isso, mas não aguento mais essa mentira. Você pretende continuar com isso? Parece divertido para você e para a sua irmã, mentir para mim? — Ve-la virando-se de cabeça baixa, se desmoronar diante de mim, o desespero em seus olhos era claro.Ela começou a chorar de forma descontrolada, e a cena me atingiu de uma maneira inesperada. Cada soluço dela parecia cortar fundo, e eu me
A minha cabeça pesava, os meus olhos também, enquanto eu tentava entender a situação em que Mason me coloca, a voz de Fátima soou ao meu lado, sussurrando com uma preocupação que eu compartilhava. — Eu não confio nele.As palavras dela ressoaram em minha mente, amplificando a insegurança que eu já sentia em relação a Mason. O sentimento de desconfiança era palpável, e eu estava cada vez mais ciente do quanto algo valioso estava em risco. O medo de que a segurança de Isabela pudesse ser comprometida se misturava com a sensação de insegurança fora da mansão. Eu sabia que não tinha me sentido realmente segura longe daqui.Olhei para Mason, meu coração batendo forte, enquanto ponderava sobre as opções. A situação era complexa, e a sensação de estar vulnerável e fora de controle era esmagadora. Precisava proteger minha filha a todo custo, e a ideia de não ter segurança me deixava inquieta.Depois de uma breve, mas intensa luta interna, percebi que, apesar de minhas reservas, a melhor decis
Narrado por Mason Dasílis:O dia amanhecia calmo, e eu sentia uma tensão crescente dentro de mim. Revelar a Eva que eu sabia quem ela realmente é, parecia ser como desatar um novelo de lã, cada fio puxando para longe uma camada de complexidade e mistério. O pensamento de que Ezra poderia tê-la chantageado com Isabela me feriu profundamente. O desejo de proteger aquela garotinha cresceu intensamente dentro de mim, como se eu quisesse fazer justiça com minhas próprias mãos.O sumiço de Ezra ainda não havia sido resolvido. Ela não havia retornado para casa, e meus homens ainda não tinham conseguido encontrá-la. A situação estava se arrastando e a frustração só aumentava. Decidi passar por uma sessão de exercícios pesados para acalmar minha mente e tentar clarear meus pensamentos. Ao sair da academia, fui abordado por Homes, que me estendeu uma pequena toalha. Caminhei secando o cabelo, e logo avistei Eva na porta de casa. Ela estava sozinha, trajando um vestido azul florido que parecia
É mais um dia corrido, após deixar Isabela na escola com Fátima, decidir seguir andando até a confeitaria, pensando como Mason poderá solucionar tudo isso, sendo inesperado ao chegar a uma esquina da confeitaria quando simplesmente homens me cercaram, haviam três deles. — Ei belezinha, podemos continuar a nos divertir agora. — Não eram homens de aparência pobre ou comum, segurando a minha bolsa no ombro, recuei.— Quem são vocês? O que querem? — O sorriso lascivo nos lábios dos três. — Ah não, não se lembra da gente? Nos divertimos tanto. — Um gordo de dentes amarelados, me diz fazendo uma careta. Tentei sai num espaço entre eles. — Estão me confundido com alguém, nunca vi vocês ou os conheço. — A gente não, mas nossos paus, sim, você parecia gostar de chupar eles, não se lembra? — O medo se instalou diante as risadas, eu nunca o tinha vistos, ainda mais quando fecha o espaço entre si. — Você não esta pensando em sair daqui, está? — O alto me pergunta, evito olhar o seu rosto.
Narrado por Mason Dasílis:Acordei cedo, como de costume, e desci para a cozinha com a intenção de pegar água, notando que Eva já estava lá. O silêncio da manhã era quebrado apenas pelo som suave de suas atividades. Eu me perguntava por que ela dormia tão pouco, mas preferi não a incomodar. Lembrei-me de que ela estava preparando uma sobremesa para seu salvador, e a preocupação com isso parecia ter a mantido acordada.Após minha sessão matinal de exercícios, nos reunimos à mesa. O ambiente estava mais calmo, mas o desaparecimento de Ezra ainda pesava sobre mim. A falta de qualquer pista sobre ela começava a me preocupar mais do que eu queria admitir.Ivone estava na casa da irmã, uma situação que eu entendia dado o despejo iminente e o fato de que seu marido parecia estar leiloando os móveis para conseguir algum dinheiro. O panorama era caótico e desconcertante. Bastava apenas um pedido, porque ela não intervia? Ainda guarda rancor do seu pai?Eva estava do outro lado da mesa, comendo
Narrado por Eva Solis:A manhã estava tranquila, eu me preparei para entregar o tiramisù que tinha feito com tanto carinho. Senti uma mistura de gratidão e nervosismo pelo o momento que vivi no dia anterior, enquanto carregava a sobremesa até a sala onde o homem que me salvou estava esperando. O aroma doce e reconfortante do tiramisù preenchia o ambiente, e eu esperava que fosse uma pequena forma de expressar o quanto apreciava o que ele havia feito por mim.Quando entrei na sala e entreguei o tiramisù, ele me olhou com um sorriso amigável e agradecido. — Muito obrigado,— disse ele, pegando a sobremesa com um gesto de satisfação. — Eu estava pensando, que tal nos conhecermos melhor? Gostaria de sair comigo?Eu hesitei por um momento, minha mente correndo enquanto procurava uma maneira de responder. O convite, mas eu sabia que precisava ser cuidadosa, afinal ele me salvou daqueles homens. — Eu agradeço muito pelo convite,— respondi, tentando soar sincera e firme. — mas não posso acei
Narrado por Mason Dasílis:O sol estava se pondo sobre a cidade, tingindo o horizonte com uma mistura de dourado e laranja que parecia quase surreal. Eu estava sentado em um escritório de hotel, uma sala impecável e fria, mas a vista panorâmica não conseguia me distrair do turbilhão de pensamentos que tomavam conta da minha mente. O telefone no meu bolso vibrou, e eu o tirei com um suspiro. Era hora de ligar para Eva.O toque familiar me deu um momento de esperança, e quando a ligação foi atendida, a voz dela surgiu do outro lado, suave e calmante.“Alô.”O simples som da sua voz fez meu coração acelerar. “Oi, Eva. Como você está?”“Bem, estou bem. E você, Mason?”A serenidade na voz dela contrastava com a tempestade interna que eu sentia. “Eu estou... meio perdido, na verdade. Estava pensando em você.”“Ah, é?” O tom de Eva sugeria surpresa, mas havia uma curiosidade perceptível em sua resposta. “O que aconteceu?”Eu fechei os olhos, lutando para organizar os pensamentos que pareciam