Narrado por Mason Dasílis:O dia amanhecia calmo, e eu sentia uma tensão crescente dentro de mim. Revelar a Eva que eu sabia quem ela realmente é, parecia ser como desatar um novelo de lã, cada fio puxando para longe uma camada de complexidade e mistério. O pensamento de que Ezra poderia tê-la chantageado com Isabela me feriu profundamente. O desejo de proteger aquela garotinha cresceu intensamente dentro de mim, como se eu quisesse fazer justiça com minhas próprias mãos.O sumiço de Ezra ainda não havia sido resolvido. Ela não havia retornado para casa, e meus homens ainda não tinham conseguido encontrá-la. A situação estava se arrastando e a frustração só aumentava. Decidi passar por uma sessão de exercícios pesados para acalmar minha mente e tentar clarear meus pensamentos. Ao sair da academia, fui abordado por Homes, que me estendeu uma pequena toalha. Caminhei secando o cabelo, e logo avistei Eva na porta de casa. Ela estava sozinha, trajando um vestido azul florido que parecia
É mais um dia corrido, após deixar Isabela na escola com Fátima, decidir seguir andando até a confeitaria, pensando como Mason poderá solucionar tudo isso, sendo inesperado ao chegar a uma esquina da confeitaria quando simplesmente homens me cercaram, haviam três deles. — Ei belezinha, podemos continuar a nos divertir agora. — Não eram homens de aparência pobre ou comum, segurando a minha bolsa no ombro, recuei.— Quem são vocês? O que querem? — O sorriso lascivo nos lábios dos três. — Ah não, não se lembra da gente? Nos divertimos tanto. — Um gordo de dentes amarelados, me diz fazendo uma careta. Tentei sai num espaço entre eles. — Estão me confundido com alguém, nunca vi vocês ou os conheço. — A gente não, mas nossos paus, sim, você parecia gostar de chupar eles, não se lembra? — O medo se instalou diante as risadas, eu nunca o tinha vistos, ainda mais quando fecha o espaço entre si. — Você não esta pensando em sair daqui, está? — O alto me pergunta, evito olhar o seu rosto.
Narrado por Mason Dasílis:Acordei cedo, como de costume, e desci para a cozinha com a intenção de pegar água, notando que Eva já estava lá. O silêncio da manhã era quebrado apenas pelo som suave de suas atividades. Eu me perguntava por que ela dormia tão pouco, mas preferi não a incomodar. Lembrei-me de que ela estava preparando uma sobremesa para seu salvador, e a preocupação com isso parecia ter a mantido acordada.Após minha sessão matinal de exercícios, nos reunimos à mesa. O ambiente estava mais calmo, mas o desaparecimento de Ezra ainda pesava sobre mim. A falta de qualquer pista sobre ela começava a me preocupar mais do que eu queria admitir.Ivone estava na casa da irmã, uma situação que eu entendia dado o despejo iminente e o fato de que seu marido parecia estar leiloando os móveis para conseguir algum dinheiro. O panorama era caótico e desconcertante. Bastava apenas um pedido, porque ela não intervia? Ainda guarda rancor do seu pai?Eva estava do outro lado da mesa, comendo
Narrado por Eva Solis:A manhã estava tranquila, eu me preparei para entregar o tiramisù que tinha feito com tanto carinho. Senti uma mistura de gratidão e nervosismo pelo o momento que vivi no dia anterior, enquanto carregava a sobremesa até a sala onde o homem que me salvou estava esperando. O aroma doce e reconfortante do tiramisù preenchia o ambiente, e eu esperava que fosse uma pequena forma de expressar o quanto apreciava o que ele havia feito por mim.Quando entrei na sala e entreguei o tiramisù, ele me olhou com um sorriso amigável e agradecido. — Muito obrigado,— disse ele, pegando a sobremesa com um gesto de satisfação. — Eu estava pensando, que tal nos conhecermos melhor? Gostaria de sair comigo?Eu hesitei por um momento, minha mente correndo enquanto procurava uma maneira de responder. O convite, mas eu sabia que precisava ser cuidadosa, afinal ele me salvou daqueles homens. — Eu agradeço muito pelo convite,— respondi, tentando soar sincera e firme. — mas não posso acei
Narrado por Mason Dasílis:O sol estava se pondo sobre a cidade, tingindo o horizonte com uma mistura de dourado e laranja que parecia quase surreal. Eu estava sentado em um escritório de hotel, uma sala impecável e fria, mas a vista panorâmica não conseguia me distrair do turbilhão de pensamentos que tomavam conta da minha mente. O telefone no meu bolso vibrou, e eu o tirei com um suspiro. Era hora de ligar para Eva.O toque familiar me deu um momento de esperança, e quando a ligação foi atendida, a voz dela surgiu do outro lado, suave e calmante.“Alô.”O simples som da sua voz fez meu coração acelerar. “Oi, Eva. Como você está?”“Bem, estou bem. E você, Mason?”A serenidade na voz dela contrastava com a tempestade interna que eu sentia. “Eu estou... meio perdido, na verdade. Estava pensando em você.”“Ah, é?” O tom de Eva sugeria surpresa, mas havia uma curiosidade perceptível em sua resposta. “O que aconteceu?”Eu fechei os olhos, lutando para organizar os pensamentos que pareciam
Narrado por Eva Sollis:O som do telefone desligando ressoou em meus ouvidos como um lamento final. Eu ainda estava de pé, o telefone em minha mão, o peso das palavras de Mason ainda pairando no ar. A proposta de dar um tempo, a declaração de que nossos objetivos eram diferentes – tudo isso parecia girar em minha mente, uma tempestade de confusão e dor.Eu me sentei na beira da cama, tentando encontrar uma base sólida em meio ao caos emocional. A luz suave do abajur ao meu lado parecia quase zombar da minha agitação, lançando sombras tranquilas que contrastavam com a turbulência que eu sentia. O quarto, geralmente um refúgio de paz, agora parecia um espaço pequeno e opressor.Lágrimas começaram a brotar dos meus olhos, e eu tentei, inutilmente, contê-las. Elas escorriam livremente, quentes e pesadas, carregando consigo a tristeza e o sentimento de fracasso. A sensação era tão intensa que eu me perguntei se talvez houvesse alguma forma de justificar minha dor, se havia algo que eu pude
Narrado por Mason Dasílis:Três semanas longe de casa pareceram uma eternidade. A sensação de distanciamento era palpável, e a saudade da mansão e de cada pequena parte da minha vida cotidiana se acumulava em meu peito. Sentado no jatinho, meu pensamento vagava para os corredores da mansão e para a pequena Isabela, que sempre vem ao meu encontro, como se eu pudesse salva-la.Recordava com clareza a maneira como ela corria para me encontrar, como seus pequenos braços se agarravam a mim em busca de conforto. A saudade era intensa, e eu ansiava por aquele acolhimento que ela podia oferecer.O cheiro familiar de casa, tão diferente e reconfortante do ambiente impessoal dos hotéis onde passei esses dias, me envolveu assim que pisei no saguão da mansão. Era um aroma de madeira polida, café recém-passado e a essência de nossa vida cotidiana – algo que nem mesmo o luxo mais sofisticado poderia replicar. A sensação de estar em casa trouxe um alívio instantâneo.Após um longo banho, onde a água
Narrado por Eva Solis:Depois da conversa no escritório, um misto de alívio e inquietação me acompanhava enquanto eu arrumava a cozinha. A leveza de ter finalmente falado com Mason sobre nossa mudança foi uma mudança bem-vinda, mas também havia um sentimento de ciúmes e insegurança que não podia ignorar. A aceitação dele parecia rápida demais, quase como se ele estivesse aliviado por não ter mais o peso de nossas preocupações sobre seus ombros. O fato de que nada de perigoso havia acontecido nas últimas três semanas contribuía para a sensação de que a mudança era o passo certo, mas a insegurança ainda persistia.Enquanto limpava a última louça e preparava tudo para o dia seguinte, uma parte de mim ainda se preocupava com os riscos e as incertezas que viriam. Mesmo dentro da mansão, onde o luxo e a segurança eram uma constante, eu não conseguia me sentir completamente segura. A decisão de sair era tanto uma necessidade quanto uma medida de precaução.Cheguei ao quarto onde havia me aco