CAPÍTULO 3

Mesmo estando em pânico porque Lucas estava prestes a entrar, o meu corpo ainda estava fora de controlo, não conseguia controlar—me completamente, é como se tivesse uma vida própria e não me quisesse ouvir, e se isso não bastasse, a excitação está a espalhar—se ainda mais pelo meu corpo, desejando que ele não pare.

—Sairei agora! —Gritei enquanto via a maçaneta da porta mover—se: "São apenas cãibras!

Assim como eu disse que a última palavra senti as minhas pernas a ceder e o meu corpo começou a convulsionar e a minha mente estava em choque juntamente com o meu coração acelerado, ele massaja os meus seios e sorri enquanto mordisca no meu pescoço.

—Direi aos meus pais que partiremos mais cedo, se quiserem. O pai saiu sem dizer nada, por isso....

—Está tudo bem.

O meu corpo já não aguentava mais, não o via chegar, estava em choque, tanto que até me esqueci do que planeava fazer quando estivesse com a família de Lucas, em vez disso acabei por fazer sexo com o seu pai nas casas de banho dos homens, sim, estava tão sem pistas que não percebi que estava nas casas de banho erradas "e como raio saberia eu o que dizia a placa lá fora, pelo menos teriam colocado figuras como as de qualquer casa de banho normal".

Quando saí do carro as minhas pernas tremiam como duas geleias, Lucas ajudou—me a segurar—me mas eu empurrei—o para o lado e ele olhou para mim confuso e perguntou—me se eu tinha feito algo de errado, "comentário ou pergunta estúpido na minha opinião".

—Mey... és a única rapariga que realmente amo, a minha vida... nunca poderia imaginá—la sem ti.

Não acredito que ele me está a dizer isto depois do que me fez, como pode ele ter a coragem de me dizer que sou a única rapariga quando ele anda a foder a minha "melhor amiga"?

—Lucas... Quero fazer—lhe uma pergunta — ele sorri e pede—me para continuar — O que pensa do meu melhor amigo?

"Porque diabos lhe perguntaria isso?

—Ela é bonita, mas não tão bonita como tu —Falso um sorriso ao seu comentário —Uma rapariga como qualquer outra é, não tem nada de original, é simpática, mas não é alguém para ter uma relação como a nossa. O meu pai disse que tinha sorte em ter—te, ele gosta de ti.

"Claro, depois de me foder nas casas de banho, a dizer isso ao seu filho sem ser atrevido. Uau... aquele tipo tem problemas graves".

—Alguma vez me enganou?

A mudança no seu gesto foi tão perceptível que ele percebeu que eu reparei, sorri imediatamente estupidamente e diz que nunca me faria algo assim, é por isso que está à espera do meu momento ideal, quando estou pronto para me entregar a ele.

Não sei o que estava a pensar, pois acreditava que ele teria a coragem de me dizer a verdade, por isso irritei—o e disse—lhe que já não tinha de fingir e, claro, Lucas fingiu não compreender o que lhe estava a dizer, e eu explodi.

— Pelo menos ter alguma masculinidade para me dizer a verdade. —Eu sei muito bem que você e a Erika estão a fazer sexo nas minhas costas.

A sua cara pálida só me fez rir de mim mesmo porque perdi anos da minha relação por um idiota que se deixou levar por alguém que lhe abriu as pernas facilmente, sou ingénuo mas não estúpido e não vou continuar com esta relação.

—Tens razão, eu queria esperar que a nossa primeira vez fosse épica, mas... wooa... a sério que fizeste a nossa primeira vez épica... acabou".

—Vai deixar—me? —disse ele num tom irritado.

—Obviamente estúpido, vou deixar—te. Pensavas que eu seria estúpido o suficiente para te perdoar por me teres enganado?

Eu não queria continuar com esta conversa mas Lucas... ele não tomou esta decisão tão bem porque começou a gritar comigo.

—Você não é nada sem mim. Não me podem deixar ou vão arrepender—se. —Estou a ser um completo idiota... Desculpe. É que... eu cometi um erro e lamento muito... amo—te mais do que sabes... e tu queres deixar—me por causa desse pequeno erro.

—Fiz sexo com alguém ontem à noite.

"Não pode ser... a sua cara... a sua expressão é fantástica".

—O quê? — Enganaste—me?

—Está realmente ofendido quando também esteve com a Erika ontem à noite a fodê—la à minha frente? Se quiser, posso dar—lhe uma pequena descrição do que vi.

—O que queres que te diga? Sou um homem e preciso de me satisfazer..." —Lucas permanece em silêncio quando vê que estou mais do que furioso —Mey...

—És um idiota.

Fecho—lhe a porta na cara e vou para o meu quarto onde fico em silêncio enrolado enquanto penso no que estava a sentir neste momento, estava chateado e magoado mas, ao mesmo tempo, sinto—me feliz porque acabei com os dois....

—Está a chorar? —Meu colega de quarto olha para mim curiosamente —Mey?

—Estou bem.

Mentir foi a melhor coisa a fazer, só consegui manter para mim este sentimento doloroso enquanto penso no que vai acontecer a partir de agora. Eu ia à minha primeira aula do dia quando vi o meu ex—namorado com a minha suposta amiga, ela olhou para mim intrigada mas eu fingi não os ter visto.

Não queria falar com eles e muito menos vê—los, por isso decidi evitá—los até ultrapassar a minha raiva "embora duvide que isso venha a acontecer".

—Hi mey. —Noto que a Erika está à minha frente, será que ela acabou mesmo de falar comigo? —Eu escrevi—lhe ontem à noite mas....

—Quem está a enganar? Seria estúpido perguntar se Lucas não lhe disse, certo? —Queria afastar—me e deixá—la com a palavra na boca, mas claro, ela nunca fica de braços cruzados, quanto mais ficar quieta.

—Hey, não é culpa minha que o teu namorado esteja à procura em mim do que não querias dar—lhe por "respeito pelos teus princípios". A culpa é sua e você sabe disso.

—Tens razão, a culpa é minha, mas por confiares numa cabra disfarçada de ovelha que se dizia minha amiga e na mais pequena oportunidade, abriste as pernas ao meu namorado enquanto gozavas comigo nas minhas costas, o quê? Achas que sou tão estúpida por não ver que tinhas inveja de mim porque ele preferia—me a mim e não a ti?

A sua expressão tornou—se azeda e sombria.

—Bem, sim. É verdade. Nunca compreendi porque é que Lucas escolheu uma rapariga estúpida e esquelética como sua namorada e não uma rapariga como eu que tem tudo. Mas olha para isso no final... Sempre consegui o meu caminho porque, agora que acabaram, podemos sair, beijar... até mesmo fazer sexo onde quisermos. Oops, desculpa... Magoei—te, já não quero saber.

Ela tenta afastar—se deixando a minha ferida aberta mas, eu sei muito bem o que ela quer e está muito enganada se pensa que vai ficar assim.

—Desfruta do lixo que deitei fora porque mesmo que ele chafurdasse contigo, ele ainda estaria à minha procura, mas uma coisa eu juro... "amigo". E isso é que ambos se vão arrepender de me terem traído.

Ouvi Erika chamar—me furiosa mas ainda a ignorava e durante todo o dia, evitava—os. Eu tinha demorado mais tempo do que devia na biblioteca e quando saí quase tive um ataque cardíaco quando Lucas se pôs à minha frente.

—Desculpe... Não o queria assustar.

—Merda, Lucas. Que diabos estás aqui a fazer? Não fui claro quando lhe disse para se afastar de mim.

—Eu preciso de saber com quem o fizeste ontem à noite, eu mereço isso pelo menos desde que me prometeste que me darias a tua virgindade.

"É tão estúpido que me estás a dizer esta estupidez!"

—Deixem—me a sós.

Lucas agarra—me nos ombros irritado e exige—me que lhe diga quem foi, não me quis ouvir e começou a chamar—me cabra e de repente a minha mão rebentou na sua bochecha com uma força tão poderosa que a minha mão apareceu no seu rosto.

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