CAPÍTULO 2.1

Domingo, 07 de julho de 2013

Já passam de 02:00am quando eu começo a dar bocejos sucessivos. Abby anuncia que está indo dormir na casa de Mike e Christian se oferece para nos acompanhar até em casa.

- Deixe-me levar vocês. Eu estou com motorista aí fora. – Jake oferece.

- Podemos ir de taxi, Jake. Não queremos te dar trabalho. – Carol diz. Mas ele insiste.

- Não é trabalho nenhum. Será um prazer. Dirigimo-nos em direção a porta e nos despedimos de Abby e Mike na saída. Ele passa uma mensagem para alguém e logo em seguida uma limusine preta para na porta da boate. O motorista rapidamente salta e dá a volta em torno da limusine e abre a porta para nós. Carol entra seguido por Christian e Jake faz um gesto para que eu entre antes dele e ele me segue.

- Nossa, que chic Jake. Quem diria em Samanta, você chegou à Nova York há menos de um dia e já está andando de limusine, que sortuda. – Diz Christian.

- Oh, Christian. Mais alguns dias ao lado de Sam e você vai ver que isso não faz a menor diferença pra ela. – Carol responde. Jake então se volta em minha direção e pergunta: - O que você tem contra limusines?

- Absolutamente nada, também achei chic e confortável. Ainda mais agora que eu estou morrendo de sono – dou um pequeno sorriso emendando com um bocejo. – É só que isso não me define. Tanto faz estar aqui ou em um volkswagem, me levando até o meu destino é o bastante. Ah e com segurança, claro.

- Claro. E então, qual o seu plano pra amanhã, ou melhor, hoje. – Ele diz consultando o relógio.

- Descansar, desfazer minhas malas. Conversar com Carol sobre o trabalho... essas coisas. – Carol me interrompe nesse momento.

 - Amiga, você não tem que ir trabalhar essa semana. Você tem o prazo de uma semana para assumir sua vaga na empresa. Eu sinceramente preferia que você aproveitasse essa semana pra ir se familiarizando com Manhatan, eu não vou poder te acompanhar sempre, por que vou estar ocupada o dia inteiro, mas quero que você usufrua a sua semana, faz parte do processo de transferência.

- Não Carol, eu quero começar logo.

- Eu posso ir te atualizando aos poucos em casa, te colocando a par de alguns procedimentos, assim você já chega com tudo em dia. E enquanto eu estiver trabalhando você explora a cidade. Isso é uma ordem da sua chefe – Ela diz irredutível.

- Ok, então. Mas você sabe o quanto eu sou medrosa, não serei capaz de me aventurar pela cidade sozinha.

- Eu posso fazer companhia a você em alguns passeios. – Diz Jake, sem perder tempo. Mas, não seria sensato da minha parte aceitar ainda mais depois do que ouve essa noite. Ele pode interpretar como se eu quisesse alguma coisa a mais com ele.

- Eu agradeço, é muito gentil da sua parte, mas sei que você é um homem muito ocupado e eu posso me virar sozinha. Além do mais eu preciso fazer umas compras aqui e sei que não é um programa que você apreciaria.

- Como você pode afirmar isso – Ele diz com a cara de ofendido – você nem me conhece.

- Ah e esse é um dos motivos pelo qual eu devo recusar o seu convite. Mesmo sendo extremamente gentil da sua parte. – Digo sem rodeios.

- Eu não aceito um não como resposta. E pra começar tenho planos pra amanhã à tarde. Eu te ligo.

Carol percebeu algo, não importa quanto tempo estamos sem nos ver, mas eu sei que ela percebeu.

Quando chegamos em frente ao prédio de Abby, ele sai da limusine e me oferece a mão para que eu me apoie e saia do veículo também. Carol e Christian nos seguem. Eu agradeço sem me aproximar dele, mas ele vem até mim toma minha mão e leva aos seus lábios, beijando levemente, o que me faz estremecer dos pés a cabeça. - Eu ligo. – ele diz e eu retiro minha mão. Esse simples contato foi suficiente para me deixar ofegante. – Christian, posso deixa-lo em sua casa. – Ele oferece e Christian aceita e entra na limusine, eu sigo para a entrada do prédio e quando percebo que Carol não me seguiu. Me volto em direção ao veículo e vejo Carol falando com ele em voz baixa. Seja lá o que for não deve ter sido boa coisa, pois a expressão dele é dura. Em seguida ele olha na minha direção e dá um quase imperceptível sorriso e diz algo pra Carol que eu não consigo entender. Ela se volta pra mim e me segue em direção a entrada do prédio. Fomos em silencio até os elevadores, ela aperta o botão e enquanto esperamos eu pergunto: - O que foi tudo aquilo?

Ela dá de ombros. – Nada demais, só estava explicando pra ele como é que a gente resolve as coisas no Brasil, sobretudo no nordeste brasileiro. – Eu não consigo segurar uma gargalhada. Uma vez no apartamento. Carol me questiona: - E então, o que foi aquilo? Conte-me o que rolou por que eu sei que rolou alguma coisa, uma química ou algo assim.

Eu e Carol somos amigas há anos então não podemos esconder nada uma da outra. E eu também não quero. Sinto-me muito à vontade pra conversar com ela sobre absolutamente tudo. – Quando nós estávamos dançando logo cedo, eu, você e Abby ele estava me olhando. Eu percebi, mas não dei atenção, afinal de contas eu sou noiva, mas logo em seguida ele desapareceu. Quando ele apareceu lá em cima, na área vip, eu fiquei surpresa que se tratasse da mesma pessoa que estava me observando antes. Quando vocês desceram pra dançar eles sem nenhum rodeio disse que me queria, dá pra acreditar?  - Carol faz uma cara de “que porra é essa?” e eu continuo - Foi exatamente essa cara que eu fiz quando ele me falou assim, diretamente. Eu perguntei a ele se ele era sempre tão direto assim e ele disse que era sempre que ele queria muito algo. Enfim, eu deixei claro pra ele que eu não estou interessada. Eu sou noiva, Carol, eu não posso fazer essas coisas. Mas mesmo assim depois disso ele me beijou duas vezes e, eu vou pro inferno por isso, mas foi o melhor beijo de toda a minha vida. – As sobrancelhas de Carol estavam arqueadas - Mas depois disso eu fui mais firme ainda e ele se desculpou.  – Carol assentiu com a cabeça, mas não disse nada, como quem esperava que eu continuasse. – Por isso eu não queria sair com ele essa semana, pra não incentivá-lo. Eu acabei de chegar aqui e não quero complicações na minha vida.

Carol dá um longo suspiro – Puxa amiga, você sabe como chegar a outro país, hein? Em menos de vinte e quatro horas você enlouqueceu o CEO mais rico de Nova York, andou de limusine, foi à inauguração da boate mais cara daqui e tudo sem gastar um centavo. – ela brinca, mas quando percebe minha aflição, acrescenta – Olha amiga, ele é lindo, e é bilionário, jovem além de ser um dos caras mais cobiçados de Manhatan, é amigo de Mike e até onde sei é uma boa pessoa, porém até onde eu sei também ele é um mulherengo. Cuidado com ele. Ele não vai te estuprar, claro que não. Ele tem uma reputação. Não se trata disso, mas não quero que você se magoe e eu sei que você não é uma mulher de diversão.

Ela me dá um abraço e em seguida continua - Você é toda certinha, sempre foi, só teve um único namorado na sua vida, e nunca foi pra cama com mais ninguém, pelo menos até onde você me contou. E não estou falando isso por causa do seu relacionamento com William, não mesmo. Você sabe o que eu penso dele. E você sabe que eu não acho que ele seja bom pra você. Confesso que até hoje não entendi essa história de noivado, quando você me falou várias vezes que pretendia terminar esse namoro e a sua vinda para cá ia te ajudar a ter um pretexto pra isso. Eu só me preocupo com você, não quero que se magoe. Só se cuide e conte comigo pra o que precisar.

- Obrigada, Carol. Não sei o que seria de mim aqui sem você. Obrigada por me receber aqui e tornar tudo um pouco mais fácil pra mim. Eu sei que você não teve toda essa facilidade quando veio pra cá. Eu vou dormir um pouco e quando acordarmos vamos fazer alguma coisa ou nada juntas, Ok?

- Ok. Você precisa de alguma coisa? Quer comer algo?

- tem leite?

-tem sim. – Vamos pra cozinha, e eu tomo um copo de leite dou um beijo de boa noite e vou pro meu quarto.

Espero que esteja gostando desta história. Não esquece de me seguir e curtir cada capítulo. Isso nos incentiva a escrever mais, pois sabemos que você está gostando.

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