Vejo a ligação de Lara, mas a conversa com Ane estava tão boa que não sinto vontade alguma de atendê-la, no entanto peço licença a Ane e me afasto para atender a chamada sem que o barulho atrapalhe e para ninguém me escutar. — Alô? — falo de maneira direta e nem um pouco feliz. — Oi meu amor! Onde você está? — Na sua casa, em uma festa do Mário. — Eu sabia. Você está bravo comigo? — Por que estaria Lara? — Você demorou para me atender e ainda está com essa voz de bravo. — Só não quero atrapalhar sua “lua de mel” com o seu marido. — Não fala isso, James. Você sabe que estou com você. — E com ele também. Tenho certeza de que nesse momento ele está no banho, depois de ter usado bastante o seu corpo. Você não presta — Acabo falando. Eu estou com tanta raiva da Lara que se ela estivesse aqui, eu estaria apertando o pescoço dela até ela morrer sufocada. — Não me trate assim. Eu não mereço — Ela faz uma voz manhosa. — Trato da maneira que você merece — Falo ríspido. — Estou fazen
Acordo às sete horas da manhã, me levantando antes de Jack acordar, não quero me estressar com ele uma hora dessa da manhã e o conhecendo do jeito que conheço, prefiro levantar-se logo e sair para uma caminhada matinal. Paro na beira da praia para ver o que James me respondeu, mas vejo que ele só visualizou a mensagem, acho isso estranho, porém deixo para lá, ele só está com raiva por eu estar aqui com meu “marido”, uma atitude infantil para tentar me controlar. No entanto, isso não vai acontecer, ninguém me controla, e ele tem que aprender isso desde já. Com isso, não mando mais nenhuma mensagem para ele, apenas sigo caminhando ouvindo a música Toxic de Sayge, que me faz lembrar muito dele: “And I'm a mess sometimes baby (E eu sou uma bagunça às vezes, baby) You said you wanna go crazy (Você disse que quer ficar louco) Cruising in the night (Cruzeiro à noite) copo) Babe haven't you had enough (Baby, você não teve o suficiente) You know I can't breathe (Você sabe que
Depois do fora que a Ane me deu, passei o dia de sábado inteiro pensando nela e a noite resolvi mandar uma mensagem para Lara, pois precisava colocar um ponto final no nosso relacionamento, aquilo que eu sentia no começo está sumindo aos poucos, às atitudes que ela está tomando anda me deixando com muita raiva, principalmente depois de tudo que fiz para ficarmos juntos, eu matei por ela para proteger o amor que eu sentia. E agora ela está na cama daquele traidor, o mesmo que só soube machucá-la a vida inteira. Pensar nisso me deixa enfurecido e resolvo tomar um banho e dormir. Na manhã seguinte, acordo cedo, pegou o celular e noto que tem uma notificação de mensagem em meu telefone, meus olhos chegam a brilhar de felicidade assim que leio a mensagem dela, Ane. Não foi possível inserir o imagemNunca assisti esse filme, mas parece ser clássico. Corro para respondê-la: Não foi possível inserir o imagemAproveito o dia para fazer exercícios, malho bastante usando uma barra com pesos
Acordo tarde no domingo, já se passa do meio-dia e vejo que Jack não está no quarto, fico aliviada, pelo menos eu não vou precisar me estressar com os dramas dele a essa hora. É bom ele saber que eu não o quero, mas também não posso deixá-lo sair da minha vida sem deixar as empresas dele todas em meu nome. Assim me levanto, pensativa e tomo meu banho tranquilamente, pois hoje finalmente iremos embora desse lugar. Não vejo a hora de conversar com James. Saio do banheiro vestindo um macacão branco com uma grande abertura nas costas e um decote na frente bem sexy, valorizando meus seios, nos pés coloco saltos da mesma cor, da minha própria grife. Quando término de me arrumar, pego meu celular, nenhuma mensagem de James além daquela loucura de acabar tudo que temos, ele só pode estar de brincadeira. Então resolvo guardar o celular na bolsa e término de colocar minhas coisas na mala. Nesse momento, Jack entra no quarto e me olha surpreso, na certa por me ver bem arrumada, ver o que ele
Quando saio do jardim, solto o ar com força, o tempo inteiro eu estava me controlando para não explodir com o cinismo de Lara, como ela pode ser tão hipócrita? Com esse pensamento continuo andando rumo a garagem. Chegando lá, vejo Ane sentada em um canto me esperando, ela está tão linda com aqueles cabelos longos soltos e meio bagunçados, o desejo que eu estava sentindo mais cedo sobe pelo meu corpo, aquecendo meu peito novamente, ela me fascina de todas as formas possíveis, nunca senti algo assim com ninguém, só com ela. — Oi? — Ela se vira rapidamente em minha direção, me observando com aqueles olhos azul que no escuro chegam a ficar ainda mais intensos do que já são. — Oi — Ela sorri, mas noto uma preocupação em seu olhar. — Vamos? — Sim, vamos. Já é tarde e amanhã eu preciso viajar bem cedo. — Viajar? Para onde? — Vou visitar minha mãe em uma cidade vizinha — Ela sorri. — Que legal! Mas você vai voltar? — Nossa, já está com saudades, James? Volto sim — Ela falou sorrindo —
Saí daquele consultório cuspindo fogo de tanta raiva que estou do James. Se ele acha que isso vai ficar assim, ele está muito enganado, eu não irei permitir essa humilhação, ele não vai me trocar por uma pirralha que nem a Ane, aquela sem graça, tenho certeza de que nem experiência ela tem, jamais irá conseguir satisfazê-lo como eu. Pego o meu carro e vou direto ao apartamento dela, pois quero ouvir de sua boca o que quer com o James. Chegando no endereço que peguei com a mãe dela, outra vagabunda que achou ter roubado o Jack, agora vem a filha querendo me passar para trás, mas não vou permitir, porque diferente do Jack, o James é meu e o que é meu ninguém toca. Chego no apartamento mixuruca em que ela vive e aperto na campainha, nada dela abrir, toco mais uma vez e continuo sem resposta, até que atrás de mim escuto alguém chamar minha atenção, quando me viro é uma senhora velha e bastante acabada, com cara de pobre. — Oi dona, a senhorita Ane viajou. — Para onde? — Ouvir ela diz
Nunca tive meu pai na minha vida. Desde pequeno, sofria bullying na escola e não tinha um pai para me defender, isso tornou minha vida cada vez mais difícil. Minha mãe era uma alcoólatra, se preocupava apenas com a bebida e quando não tinha dinheiro me batia, às vezes até mesmo me trancava em um armário escuro que tínhamos em casa, tudo porque ela dizia que ouvir minha voz a estressava muito, eu só tinha cinco anos na época. Com essa idade, eu já sabia que seria sempre avesso a sentimentos e nenhuma mulher me tiraria da razão, pois a mulher que será para me amar e cuidar, nunca me amou, então quem iria me amar? Quando completei dezenove anos, tive uma namorada séria, ela morava do lado da casa dos meus avós. Falando deles, eu tive os melhores avós do mundo, eles sim me amaram de verdade, foi com meu avô que aprendi a jogar sinuca e a caçar. Uma pena que morreram cedo com uma gripe grave que contraíram Mas, voltando à menina que conheci, ela era filha de um policial da cidade, ele nu
Logo que fui embora daquele orfanato, fiquei aliviada, pois finalmente poderia ter a liberdade que eu sempre busquei, estávamos indo para a cidade grande, eu estava em um carro luxuoso, daqueles que eu só tinha visto nos filmes e agora estava dentro dele, melhor ainda, ele era da minha nova família. Eu finalmente irei ter o que eu sempre quis. Quando chegamos na casa de dois pisos, que estava mais para um palácio moderno com paredes de vidro, com segurança ao redor e um jardim lindíssimo, muito chique, eu fiquei de boca aberta, tão chocada que fiz meus pais adotivos riram da minha expressão, dizendo logo em seguida que a casa agora também era minha. Eu estava usando uma saia de prega preta, uma blusinha social de botão branca e um blazer por cima da mesma cor da saia. — Vamos filha, entre por favor — A mulher que agora era minha mãe, pediu. — Seja bem-vinda, fique à vontade e logo vamos te apresentar aos seus novos irmãos, quer dizer, só vai faltar a sua irmã mais velha, porque e