Logo que fui embora daquele orfanato, fiquei aliviada, pois finalmente poderia ter a liberdade que eu sempre busquei, estávamos indo para a cidade grande, eu estava em um carro luxuoso, daqueles que eu só tinha visto nos filmes e agora estava dentro dele, melhor ainda, ele era da minha nova família. Eu finalmente irei ter o que eu sempre quis. Quando chegamos na casa de dois pisos, que estava mais para um palácio moderno com paredes de vidro, com segurança ao redor e um jardim lindíssimo, muito chique, eu fiquei de boca aberta, tão chocada que fiz meus pais adotivos riram da minha expressão, dizendo logo em seguida que a casa agora também era minha. Eu estava usando uma saia de prega preta, uma blusinha social de botão branca e um blazer por cima da mesma cor da saia. — Vamos filha, entre por favor — A mulher que agora era minha mãe, pediu. — Seja bem-vinda, fique à vontade e logo vamos te apresentar aos seus novos irmãos, quer dizer, só vai faltar a sua irmã mais velha, porque e
Estava correndo em direção a faculdade, quando recebo uma mensagem no celular. “Oi James, desculpa por ontem”. Era Ane! Ela estava se desculpando pelo fora que ela me deu, se soubesse que logo irei atrás dela, vou dar um jeito de me esbarrar com ela pela cidade. Será que ela ficará feliz em me ver? Assim que entro na sala, começo a minha prova, faltava pouco para me tornar um psicólogo oficial e poder trabalhar em outro consultório, quem sabe. Quando estou saindo da sala, vejo o Mário andando com a cara praticamente enfiada no celular, conversando sei lá com quem. — Oi Mário — Ele toma um susto e dá uma risada, bate em meu ombro para me cumprimentar. — Mano, você me assustou! Olha eu estava falando com a Ane, ela foi viajar para a casa da mãe dela. — Fica muito longe? Você tem o endereço? — pergunto de uma maneira como se estivesse perguntando o que ele comeu de manhã. Assim ele me passa o endereço de onde ela está, fico bem animado, pois o Mário também me informou que havia c
Saio do apartamento do James, muito irritada e com raiva dele, joguei meu orgulho no chão para fazer uma surpresa e ele pisou em cima. Se o James acha que isso vai ficar assim, então não me conhece de verdade, farei o possível para destruir o relacionamento dele com a vadia da Ane. Quando chego em casa vejo Mário deitado no sofá com a mulherzinha que ele arrumou para não ficar só. — Oi, filho. — Oi mãe, já chegou? — Óbvio né Mário, não está me vendo? — Sigo para a escada em busca de encher a hidromassagem e relaxar um pouco, eu estava exausta de tanto estresse e com muita raiva. Quando finalmente chego no segundo andar, vejo o Jack no escritório, parado olhando para a janela. Resolvo entrar lá. — Oi Jack. — Oi Lara, chegou. — Outro com pergunta besta, é óbvio que cheguei né Jack. — Está nervosa? — Sim. — Quer relaxar? — Se você está oferecendo maconha, é claro que quero. — Feche a porta para o Mário não vim e sentir o cheiro. — Certo. Ele enrolou a maconha para mim, e e
Chego na cidade depois de quarenta minutos trancado no carro, não é uma viagem longa, já que assim como ela mesmo disse, a mãe vivia em uma cidade vizinha, porém estava um trânsito horrível por conta da nevasca que estava passando pela cidade. Passo por uma lanchonete, pois estava morrendo de fome e depois começo a procurar por um hotel para passar uns dias. Encontro um no meio da cidade, bem próximo a rua da casa da mãe de Ane, realizo o check in e pego a chave. Meu quarto é grande, confortável e luxuoso, do jeito que eu gosto. Acordo com o despertador tocando e vejo que já são oito horas da manhã, levanto em um pulo e vou direto para o banheiro, pois hoje terei que dar um jeito de me encontrar com a minhagarota, eu estou aqui por você, Ane — Digo isso mentalmente, pensando se ela ficará feliz quando me vir ou ao menos surpresa, quem sabe. Coloco um moletom cinza claro com capuz, uma calça de moletom preta e por baixo uma camisa branca e o meu tênis preto da Vans, bem jovial. Dec
Sempre fui uma mulher muito ocupada em toda a minha vida, desde a infância a minha fase de mulher, empresária e independente. Quando fiz trinta anos, eu resolvi que lutaria com unhas e dentes para descobrir o paradeiro dos miseráveis que mataram a minha mãe, a minha vida a única luz que tinha em minha vida, a única parte boa de mim, a minha mãe. Mandei vários detetives amigos da minha família descobrir onde estavam, até que acharam um homem com o mesmo nome e sobrenome e aparência que descrevi ao contar detalhes do que eu ainda me lembrava, claro que agora eles estavam, mas velhos. Nada que uma tatuagem não ajude. No dia vinte de abril, descobrimos com detalhes o paradeiro deles, o ex-marido da minha mãe estava com 70 anos e o filho dele com quarenta e poucos anos, com um filho e uma ex-mulher, já que ele tinha pegado o velho hábito do pai, alcoólatra. Descobrir com detalhes a vida medíocre dos dois, e resolvi e pessoalmente no interior de Seattle, me vingar dos dois. Se eles acharam
Estava chegando ao apartamento da Ane, e mal saímos do carro, e já corremos para o elevador. Quando chegamos lá agarrei ela e já fui beijando a boca dela com força e desespero, puxando os cabelos dela para trás e a beijando em seu delicioso pescoço, que cheirava a cítrico e suor. O cheiro dela. Quando o elevador parou saímos de lá. Ela pegou minha mão e puxou minha mão para irmos na direção certa do corredor, pois estávamos tão loucos de desejo, que estávamos parando a cada centímetro dos corredores daquele apartamento. Eu estava encantado por ela de maneira viciante. Eu estava começando a me viciar nessa energia contagiante que ela tinha, era fascinante. Assim que ela abre a porta, eu entro e mal percebo o ambiente, pois a Ane não deixa, e nesse momento eu estou pouco me fodendo para detalhes, que não fosse sobre a Ane. Ela me puxa e me agarra pela camisa, e eu a puxo a beijando, até que ela pula em meu quadril e eu a seguro e apoio com o meu braço, e meu outro braço pega os ca
Hoje já era domingo, e o Jack inventou de fazer um jantar para reunir a nossa” família”, não sabendo ele que a nossa belíssima família nunca esteve reunida de verdade, mas eu não estava a fim de me estressar e topei fazer o faz de conta de sempre, que nós durante anos fizemos para manter um relacionamento de aparências. E assim passei o dia na cozinha trabalhando duro, fazendo um jantar digno de um batalhão, fiz, macarronada ao molho branco, frango assado, arroz grego e de quebra uma sobremesa, nosso favorito, mousse de limão. Terminei tudo às seis horas, foi quando subir para me arrumar. Entrei no chuveiro e comecei a tomar um banho, aproveitei para pensar um pouco nele, no James, a dias ele não sai da minha cabeça, a fraqueza que eu estava sentindo já se esvaiu totalmente. Agora meu coração só tinha decepção, rancor e uma paixão sem retorno. Corri para o closet e peguei um vestido vermelho, que era decotado nas costas, e deixava elas amostras e a frente era fechado, formal e
Há uma semana eu estou vivendo no paraíso, eu e a Ane, estamos nos encontrando direto no apartamento dela, depois do meu trabalho, de lá do consultório eu pego o carro e já vou direto para a parte boa da minha vida, e ela sempre depois da aula me liga para eu ir encontrar ela ou no apartamento dela ou em nosso restaurante preferido, sim tínhamos um restaurante preferido. Ane simplesmente é alguém que confio, e que estou lutando para ser melhor por ela, por nós. — Oi querido. — Oi querida. — Estou te ligando para avisar que vamos ao jantar, na casa do Mário, o tio Jack mandou chamar nós, palavras do Mário. — Caramba, eu estava pensando em nós ficarmos a noite toda juntos, assistindo Netflix. — Depois do jantar a gente faz isso. É porque é uma maneira de nós dois se desculpar pela situação que a gente fez lá na área gourmet deles. — Certo, que horas é para passar aí no seu apartamento? — Às dezenove. —Certo, linda. Desligamos o celular, e paro para pensar se é uma boa ide