Sofia Lykos Acordo com a brisa fresca do oceano invadindo o quarto pela pequena abertura da janela, olho para o lado e suspiro com a bela paisagem que é meu marido dormindo, nem acredito que estou completamente livre daquele infeliz que um dia chamei de pai e de quebra ganhei uma nova família. Após alguns minutos Don acorda, quando abre os olhos e me olha ele abre um sorriso lindo que me embriaga, me deixa ainda mais apaixonada, sem esperar um segundo ele me puxa para os seus braços e toma meus lábios em um beijo longo, demorado e cheio de desejo. Mal acordamos e já estamos perdidos um no outro, nos amando, nos completando. — Bom dia esposa — ele fala ao plantar um beijo delicado em meus lábios enquanto nossas respirações vão voltando ao normal. — Bom dia marido — falo ainda com a voz um pouco rouca. — Que tal tomarmos nosso café na piscina? — convida — Deve estar um dia lindo — balanço a cabeça concordando. Levantamos e enquanto Don liga para a recepção do hotel para pedir o
Poseidon Galanis Quando finalmente estamos saciados, decidimos nos recolher um pouco, afinal a viagem foi longa e estamos um pouco cansados. — Tenham um bom dia família — chamo a atenção de todos — Mas agora vou me retirar um pouco com a minha esposa — ela me dá um sorriso lindo — Amo falar esposa — conto e todos riem. — Não façam muito barulho — Hades grita e apenas lhe mostro o dedo do meio. — Ei amor, espera — a chamo antes que entre na casa e ela me encara confusa — Não é assim que recém casados entram em casa pela primeira vez — eu a ergo nos braços e noto seu semblante se transformar de confuso para emocionado. — Nossas malas — ela lembra. — Depois pegamos, Senhora Galanis — falo e ela sorri alegre. — Sou a sua Senhora Galanis — fala e roubo um beijo de seus lábios vermelhos e entro na casa. Passo direto pela sala, subo a enorme escada em mármore branco e sigo para o nosso quarto com ela ainda em meus braços. Quando paro em frente a porta do nosso quarto ela abre,
Sofia Lykos Saio da escolinha após mais um dia exaustivo de aula, cansa um pouco, mas não tenho do que reclamar, eu amo dar aula para a criançada, imagino se quando eu tiver filhos eles terão vergonha de mim por ser professora deles, sorrio com o pensamento. Bem que eu queria um menino ou menina com olhos azuis iguais aos do papai correndo por essa ilha, semana que vem faz exatamente dois meses que eu e o Don nos casamos na cerimônia mais linda do mundo, desde então tenho vivido um sonho, tenho um marido que me ama e me protege, uma família unida e carinhosa, agora só falta mesmo um bebezinho para completar a nossa felicidade. Por falar em proteção, meu marido super protetor e preocupado contratou dois seguranças para me acompanhar sempre que precisar sair da mansão, mas o Júlio foi embora da ilha e nunca mais deu as caras então ontem eu o convenci a dispensar os seguranças. É final de tarde quando pego o caminho de pedra até a casa onde eu vivi feliz, na medida do possível, até tud
Poseidon Galanis Quando Sofia me mandou uma mensagem avisando que iria na sua antiga casa senti um aperto estranho no peito e estava decidido a voltar logo para casa, pois estava em Atenas com o meu pai resolvendo alguns problemas, porém o helicóptero teve que ir abastecer e nos atrasou alguns minutos. Meu auto controle começou a se dissipar quando recebi uma ligação da minha mãe, onde ela estava chorando desesperadamente ao falar que a avisaram que houve um disparo na casa onde a minha mulher está, fiquei desnorteado e meu pai tomou as rédeas de tudo. Alguns minutos depois o helicóptero está a posto nos aguardando e por pouco não vim nadando. A polícia chegou ao mesmo tempo que o meu piloto e seguimos em direção a ilha, meu coração está quase saindo pela boca, rezo para que nada tenha acontecido com a minha Sofia, pois não sei o que será da mina vida se ela me deixar. Agora estou em frente à casa aguardando os comandos da polícia e estou a ponto de mandá-los ir a merda e entrar n
Poseidon Galanis Me apoio na parede para não cair com o baque que essa notícia me traz, nem tenho certeza se ouvir direito o que o médico falou e para falar a verdade até esqueci como se respira. — Que noticia maravilhosa — minha mãe comemora — Parabéns meu filho — me abraça forte e passo um braço pela sua cintura tentando retribuir. — Grávida — pronuncio em choque — A minha, sardinhas bonitinhas está grávida? — sinto uma lágrima solitária descer pelo meu rosto. — Eu já estava um pouco desconfiada — minha mãe comenta e olho para ela confuso — Notei a Sofia um pouco sentimental na última semana e ela até parou de cozinhar por que sentia enjoou dos temperos, e olha que ela ama cozinhar para a família — esclarece dando de ombros — Que bom que ela e o meu netinho ou netinha estão bem — suspira aliviada. — Eu vou ser pai — falo com a voz embargada e sinto tudo ao meu redor girar, mas antes que eu possa cair meu pai segura meus ombros e me ajuda a sentar em um dos bancos da sala, minha
Poseidon Galanis — Don — Beatriz fala com a mão no peito — O que aconteceu? — Não me chame de Don — esbravejo — Sua ordinária. — Alto lá rapaz — o pai dela fala — Não vou tolerar que entre em minha casa e humilhe a minha filha. — Como vocês tiveram coragem? — grito — A minha mulher poderia ter morrido. — Apolo — Cloe, a irmã da minha mãe chama o meu pai — Do que seu filho está falando? — Não precisa fingir mais, sabemos da verdade — meu pai fala com a voz carregada e antes que eu possa prever seus movimentos ele avança pela sala e dá um soco no rosto do homem alto de cabelos brancos em nossa frente. O homem cambaleia para trás e cai sentado no sofá. — Ficou maluco Apolo! — a mulher fala alto — Não pode invadir a minha casa e bater no meu marido a troco de nada. — Vocês são doentes — cuspo as palavras e a Beatriz me olha incrédula. — Doente é você por se envolver com aquela suburbana — fala com raiva — Era pra gente ter casado Don. — Não me chama de Don! — grito apontando o d
Poseidon Galanis O dia amanhece com poucas nuvens brancas no céu azul, como quase sempre aqui em Santorini, Sofia dorme tranquila ao meu lado e eu admiro o rosto bonito. Já se passaram quatro meses desde o ocorrido com ela e desde então tenho focado em fazê-la sorrir e nunca lembrar daquele maldito dia. Nesse tempo temos ido a várias consultas para ver o desenvolvimento do nosso bebê, e talvez hoje finalmente dê para saber o sexo, confesso estar muito ansioso. Sua barriga já está bem grandinha e as vezes parece que tem mais de um bebê por conta desse tamanho com apenas cinco meses. Ela se mexe ao meu lado anunciando que está despertando, primeiro abre os olhos vagarosamente e quando me vê admirando-a abre um enorme sorriso que ilumina ainda mais o meu dia. — Bom dia sardinhas bonitinhas — falo beijando seus lábios. — Bom dia — responde enquanto boceja — É hoje que finalmente vamos saber o sexo do nosso bebê — fala alegre — Estou ansiosa, você quer menino ou menina? — ela se se
Poseidon Galanis Alguns meses depois — Don acorda — ouço uma voz me chamar e sinto meu corpo ser balançado — Acorda, Don preciso de você — demoro alguns segundos para reconhecer a voz da minha mulher me chamando. — Oi sardinhas bonitinhas — falo passando a mão no rosto para tentar espantar o sono — Fez xixi na cama? — pergunto ao sentir o colchão ao meu lado molhado. — A bolsa estourou — ela avisa, sinto sua voz tensa e um frio gelado passo pelo meu corpo e se aloja na minha barriga. — Como assim estourou? — pergunto ainda apreensivo. — Está doendo muito, Don — ela fala com a voz trêmula — Me ajuda — geme enquanto aperta o lençol da cama com as mãos. Sem esperar nem mais um segundo, levanto da cama em um salto, visto a primeira roupa que encontro no closet e saio do quarto com minha mulher no colo. — Acordem — grito pelo corredor — Minha mulher vai dá a luz — vejo várias portas do corredor se abrirem e olhos assustados nos encararem, meus irmãos vieram passar alguns dias