Como faria agora? Talvez tivesse melhor ter mentido para si mesmo e ter se forçado a gostar do médico, entretanto, mesmo assim, teria sido pior porque Belém não seria capaz de corresponder os sentimentos do outro. Não o amaria da mesma forma que ele o ama, estariam fadados a um relacionamento caótico e corrisivo.Depois do último encontro dos dois Jean sumiu, o cuidador das crianças ficou preocupado, mas não teve coragem de ir atrás do médico, sabia que ele precisava de um tempo, porém não sabia que era tanto tempo assim.Vamos voltar para essa história mais tarde. Ainda temos um percalço para resolver.Apesar da sua conversa desastrosa com o médico, Belém teria que seguir em frente e em relação a história da corrupção, teria que agir o mais rápido possível para poder resolver isso de uma vez por todas. Ele tinha duas escolhas: ir para seu apartamento e descansar ou, então, ir até a mansão do empresário e entregar a ele as cópias dos papéis do livro de contas do instituto. Belém optou
De madrugada, Maria e Nádia entraram escondidas no escritório. Apesar da segunda estar com muito sono, resolveu acompanhar sua amiga para que ela não ficasse perdida pelos corredores do instituto.— O que estamos fazendo aqui, Maria?— Ali… — apontou para a janela que Belém disse que era mágica. — Belém disse que a gente pode olhar para aquela janela e ver nossos sonhos. Eu quero fazer um pedido pra ela porque se é assim, então, ela é mágica.Nádia suspirou, poderia dizer que era tudo mentira, mas qual graça teria? Nenhuma, apenas concordou com sua cabeça.Então, em silêncio Maria ficou de frente para a janela e sorrindo, mostrando seus dentes tortos e de leite faltando, pediu em sua mente com todo seu coração. A janela brilhou e Nádia percebeu, mas escolheu acreditar que era apenas sua cabeça com sono pregando uma peça em seus olhos.— O que você pediu, Maria?— Pedi que… Que nosso aniversário desse ano, a gente encontre nossos pais ou papais novos. — respondeu a mocinha sorrindo ain
Uma semana desde a última vez que falou com o médico. Belém estava preocupado, claro e por que não estaria? Não o amava como seu amante, mas sim como um grande irmão. Um amigo. Apesar das tentativas de comunicação, Jean não respondeu às mensagens de Belém. Apenas visualizou, não chegou a bloquear o contato do cuidador de crianças, apenas estava em silêncio. Depois de uma semana, Belém resolveu desistir e esperar de verdade o tempo do outro. — Preocupado? — perguntou Tatiana entrando na sala de convivência dos cuidadores, sentou de frente para o amigo. — Deixa eu advinhar, o Jean… — Sim. — respondeu Belém com a voz fraca. — Ai amigo, o que você esperava? Você deu o maior fora nele. — Eu sei, mas… — de repente uma luz em sua mente. Olhou para a amiga. — Tati… Pode me fazer um favor? A moça fica em silêncio por alguns segundos até o momento em que compreendeu. — Eu vou até o hospital tentar falar com ele. — respondeu a amiga sorrindo. — Obrigado. Em seguida o rapaz levantou e deu
A chuva caía forte do lado de fora da mansão, ali de dentro do seu escritório assistia o vento atacando as árvores e as nuvens cinzas pesando no céu, não se trata de uma simples chuva de verão, mas sim uma tempestade digna de uma epopeia. Em cima da mesa do escritório se encontram os documentos com os números de entradas e saídas do instituto, tudo revisado pela equipe da empresa do homem. Olhando para aquela chuva, Teodoro lembrou de quando Belém chegou ali encharcado da chuva. Seus cabelos estavam tão lindos molhados daquela forma, grudados em sua pele e as maças de seu rosto levemente avermelhadas quando seu corpo tentou se livrar da umidade de seu corpo. Teodoro foi retirado de seus pensamentos quando Cleusa entrou no escritório trazendo o café para o patrão. O homem agradeceu a mulher e em seguida começou a ler o relatório que foi feito pela equipe de sua empresa. Conforme ia lendo aquelas linhas, sua expressão ficava mais chocada, não era possível acreditar no que estava diante
Boa tarde, como podem perceber estou retomando a história conforme eu consigo. Peço desculpas por ter pausado ela sem explicações, mas na época a minha vida estava tumultuada e eu estava começando no curso de licenciatura em português. Em nenhum momento dessa pausa eu deixei de pensar nessa história e agora que as coisas estão mais calmas eu prometo que vou dar continuidade aos poucos. Caso eu preciso atrasar algum capítulo ou me ausentar por mais de uma semana, avisarei por meio de notas do autor. Agradeço quem teve a paciência de esperar por esse retorno, logo vamos entrar em uma nova fase da história. Espero que gostem.
Era difícil manter a pose toda a vez que via Dona Regina chegando na sua sala da diretoria do instituto. Belém queria poder contar para tudo mundo e expor aquela mulher que se fazia de amiga de todos, de mãe daquelas crianças, mas precisava respirar fundo toda a vez que pensava em abrir sua boca. Lembrava que Teodoro estava ajeitando toda a situação para poder expor Regina com segurança. Assim, ficava calmo novamente.Falando no empresário, depois de ter falado com Belém sobre as provas que tinha contra a culpada por desviar dinheiro do instituto. O homem pediu para que Belém ajeitasse uma saída para as crianças com ele, claro que o cuidador iria acompanha-lo. A ideia era levar o trio em um parque de diversão no continente, Teodoro queria passar mais tempo com eles para poder se tornar mais amigo.Belém teve que conversar com Regina para arrumar a saída das crianças com Teodoro, então, ela deixou apenas uma criança sair por vez. Quando conversou com o mais velho, ele teve que tomar um
Chegaram ao continente quando o relógio deu meio-dia. Neste momento, não apenas a criança, mas também os adultos estavam com fome.— Se eu levasse vocês para comer em um restaurante. Eu pago tudo, assim como as entradas do parque.Belém, em conflito com seus pensamentos, passou sua mão entre seus fios de cabelos.— Não sei, Teodoro… Você já deve estar gastando uma nota preta com tudo isso.Teodoro ergueu sua mãe, pedindo para o mais novo ficar em silêncio. E em seguida começou a dizer:— Tudo bem, eu tenho como pagar tudo isso. O menino, o Gigio deve estar com fome também… Nós podemos ir a um restaurante que tenha cardápio infantil. Ele vai gostar.O cuidador de crianças olhou para o menino ao seu lado, Gigio retribuiu o olhar com um sorriso mostrando um de seus dentes faltando. Então, após uma risada, Belém concordou com sua cabeça.Teodoro os levou para um restaurante com uma bela vista da cidade maravilhosa, havia uma iluminação natural que deixava o ambiente aconchegante. O homem
Boa noite gente bonita, passando para avisar que estou escrevendo os próximos capítulos e irei publicar logo, apenas quero deixar uma frente boa de capítulos escritos para poder atualizar a história duas vezes por semana ou menos. Também estou escrevendo para dizer que logo a história vai entrar em uma nova fase. Novos personagens vão entrar para agitar a trama, principalmente a história de Belém, Teodoro e as três crianças. Também novas histórias vão se entrelaçar com a principal, mas queria saber a opinião de vocês sobre o casal Tatiana e Jean que, inclusive, vão ser destaque no próximo capítulo. Espero que continuem acompanhando Porto Seguro. Uma boa noite para todos.