CristalNa manhã seguinte o carro estaciona no pátio do colégio. Mick sai primeiro e me estende a sua mão ajudando-me a sair do veículo atraindo alguns olhares curiosos para nós. Encho os meus pulmões de ar e após beijá-lo demoradamente, nos afastamos para ir a sala no exato momento que Victor estaciona o seu carro. O meu namorado para abruptamente e praticamente fulmina o garoto com os olhos. Cautelosa, aperto de leve a sua mão atraindo a sua atenção para mim.— Você me prometeu! — O lembro parando bem na sua frente e levo uma mão ao seu peitoral.— Eu não tenho sangue de barata, Cristal! — Ele rosna entre dentes.— Mick, isso pode te prejudicar. Podemos ir para a sala, por favor? — insisto. No entanto, os seus olhos continuam fixos no Victor que caminha despercebido direto para a sala de aula.— Ei, cara, não faça nada! — Jonathan pede chegando perto. Contudo, seguro o seu rosto e o forço a olhar para mim.— Não vale a pena, Mick! — sibilo e só quando ele assente, me sinto aliviada.
Cristal— Pronta? — interpelo assim que o carro para em frente a C & H. A minha amiga me responde com uma respiração alta, meneando a cabeça em um sim e lhe estendo a minha mão, que ela não hesita em segurar. A encorajo com um sorriso e logo colocamos os nossos pés dentro do elegante saguão da construtora. Não demora e saímos do elevador para adentrar o comprido corredor que nos levará a sala da presidência. Lena, a secretária do meu pai nos anuncia e somos recebidas por ele quase que imediatamente. Observo papai se levantar da sua imponente cadeira e imediatamente ele caminha em nossa direção. Como sempre ele me recebe com um largo sorriso, um abraço caloroso e beijos cálidos. Confesso que acho lindo quando ele repete o mesmo carinho e atenção para o mais novo membro da família. Jasmine agora é como uma filha para os meus pais e consequentemente como uma irmã para mim. Ele nos aponta o elegante sofá de couro cor de marfim e sob o seu olhar atencioso nos acomodamos e esperamos que ele
JonathanMe jogo na cama e fico horas a fio olhando para o teto. Eu tenho uma ideia fixa na minha cabeça. Levar a Jasmine para o Cristo Redentor para juntos admirarmos a madrugada carioca, com uma visita espetacular. Logo depois seríamos arrebatados pela mais extraordinária visão, o pôr do sol. Isso com certeza a deixaria mais calma e ela pensaria com mais clareza em não me abandonar. A sensação de ser abandonado estava acabando comigo e de repente descobri que respirar sem ela por perto seria a coisa mais difícil da minha vida. Eu não saberia sobreviver. Sou completamente dependente dessa garota de apenas dezessete anos e meio. Sorrio. Agora a minha ficha caiu como um raio sobre a minha cabeça. Jasmine é apenas uma garota amedrontada e sozinha no mundo – embora tenha sempre a minha família por perto eu sei que para ela não é a mesma coisa. E eu sou um filho da puta que aprisionou o seu frágil coração. E droga, ela é só uma menina! Suspiro voltando a linha dos meus pensamentos. Eu def
Jonathan— Pega, Jasmine! — grito animado jogando a bola na sua direção. Ela pula para pega o objeto, baleando o Mick com força na sequência.— Ei, isso não vale! Você está ajudando a Jasmine! — Cristal protesta nos fazendo rir. Contudo, é o som da sua risada que reverbera dentro de mim. Cris tinha toda razão, ela realmente precisava disso. Ter a nossa turma de volta, todo esse alto astral, as nossas bagunças e essa manhã na piscina com certeza mudaram toda a nossa atmosfera. Mergulho para mais perto da minha namorada e a abraço por trás.— Não seja resmungona, Cristal, o Mick foi baleado e pronto! — rebato. — É a vez de ele vir para a margem. Deixamos a tarde correr assim bem animada, regada a bebidas, petiscos e muitas brincadeiras. No final de tudo a ideia de irmos para uma boate nos divertir acabou ficando para outro dia, porque estávamos cansados demais para isso. A noite eu e Jasmine preferimos ficar abraçadinhos, deitados na cama e no meu quarto dessa vez. Conversamos sobre tud
JonathanAlguns dias...Tive um dia corrido no colégio hoje e para piorar os professores resolveram pegar pesado, e estou atolado de trabalho. A maioria deles em grupo. Detalhe, Jasmine não está encaixada em nenhum desses grupos. Isso é uma regra boba criada pelas meninas, que eu pretendo desfazer em breve. Estou tão grudado nela ultimamente que não consigo passar algumas míseras horas distante sem me perder em nossas lembranças ou na ansiedade de estar perto outra vez. No escritório do meu pai aqui em casa conto com a companhia de Júlio e de Tales, dois garotos da turma.— O Mick não vem? — Tales inquire impaciente enquanto distribuo alguns materiais pela enorme mesa de mogno escuro. Tales é um nerd e posso dizer que ele é um fenômeno quando se trata de pesquisas. Ele sempre está em nosso grupo. Já o Túlio se encarrega dos slides. A parte de escrita e de impressão fica comigo e com o Mick, mas a apresentação é trabalho de todos. Ou seja, trabalho em equipe. Olho para o relógio de pul
MickAcho que fiquei maluco, ou perdi completamente a minha sanidade de vez, porque fazer sexo com Cristal na cozinha da mansão Alcântara foi além de gostoso, muito, muito insano. Caraca, ela é fogo puro e sabe como me incendiar. É claro que essa cena não saiu da minha cabeça nem por um segundo sequer e a minha concentração nas aulas foi afogada pelas lembranças do que fizemos lá. Saber que estávamos há alguns segundos de sermos pegos no flagra me faz rir. Como eu disse, é muito louco!— Terminamos por hoje, garotada, mas não se esqueçam de me entregar os trabalhos na data. Sabe que prezo pela responsabilidade de você e as suas notas dependem disso. — A professora avisa enquanto o sinal toca, porém, os alunos estão mesmo é preocupados em arrumar os materiais para sair da sala de aula. Mas não a Cristal, ela mal sai da sua cadeira e vem para a minha, apoiando os seus braços nas laterais me fazendo cativo ali mesmo. Então ela se inclina e beija rapidamente a minha boca.— Piscina essa t
Mick— Se esse idiota disser mais um tanto assim da Cristal, eu vou arrebentar a cara dele! — resmungo.— Calma, irmão, só não dê atenção ao que ele diz. Ele só estar te provocando. — Erick reforça tentando me acalmar. Eu bufo, bebo um pouco da água e aguardo o segundo tempo iniciar.— É sério, cara, eu tive a Cristal bem na palma da minha mão e a garota tem uma pele tão macia e tão cheirosa. E aquela bunda? — Ele fala para um dos garotos do time no exato momento em que passa do meu lado. A raiva explode dentro de mim e o puxo bruscamente pela camisa, fazendo-o parar e desfiro um soco violento no seu rosto. Victor cai no chão e me encara com um largo sorriso vermelho de sangue. — O que foi? Está querendo proteger a honra da namoradinha? Aquela garota nem tem honra, ela é uma Maria chut... — Não permito que termine de falar e vou para cima do infeliz, monto em cima dele e começo a dar uma sequência de socos sem parar.— Mick, para! — Lucas grita e tenta de segurar. Esse imbecil precisa
Mick— Puta que pariu, o que aconteceu contigo? — Ele pergunta debochado e eu fecho a cara lhe mostra o meu dedo do meio. Seu sorriso se alarga. Filho da puta! — Vem, vamos por gelo nisso aí, ou vai ficar pior. — Jonathan pegar uma bolsa de gelo dentro do freezer e me entrega. — Vai me falar o que houve?— Eu peguei o filho da puta do Hanson falando mal da Cristal.— Caramba, que cara chato!— Eu não consegui fazer de conta que não ouvi e parti pra cima do infeliz. Literalmente eu parti a cara dele ao meio. — Jonathan volta a gargalhar.— A cara dele ficou pior do que a sua? Porra, eu queria ter visto isso! Aquele almofadinha levando uns bons socos naquela cara de tacho. — Sorrio sentindo a ardência no meu supercílio.— A sua irmã vai me matar! Ela insistiu para eu não fazer nada.— E o Flint viu alguma coisa? — Dou de ombros.— O filho da puta assistiu tudo de longe, mas só chegou perto quando eu nocauteei o Hanson.— Como é que é? Sabe que ele fez isso de propósito, não é?— Eu sei,