Maya— Como assim você não quer? Eu te procurei o dia todo para falarmos sobre isso — disse ele no mesmo tom.Olhei-o enraivecida.— A sua vida não me importa! Não me importa quem está beijando.Ele segurou o meu braço, puxando-me para longe da porta.— Não diga isso! Não fale e aja como se realmente não se importasse! Existe algo entre nós, mesmo que ainda não tenhamos dado um nome para isso!— Você me fez acreditar nisso, mas na primeira chance estava beijando outra! Acho que Camile te ensinou direitinho! — disse cheia de rancor.— Eu não beijei ninguém! Fui beijado de forma inesperada e não correspondi aquilo, porque eu amo você, porra! — berrou, soltando-me. — Eu jamais trairia você. Jamais te magoaria de forma intencional, Maya. O que mais precisa que eu faça para entender que quero você de todas as formas que o mundo me permitir?Eu o encarava como o coração saltando forte no peito. Meus olhos passearam ao nosso arredor e muitas pessoas nos observavam, paradas no estacionamento,
MayaEle me levou para um café e nós nos sentamos em um banco na área externa da lanchonete.— Se sente melhor?Assenti, sem ter muita certeza disso.— Parada cardíaca ou não, de qualquer jeito aquelas crianças perderam a mãe para o câncer, e eu sei o quanto isso dói — disse cabisbaixa.— Foi assim que sua mãe morreu?— Foi. Anos de luta, mas no fim a doença venceu, não só levando ela, mas a oficina do meu pai, a casa que tínhamos, os carros e todas as economias. Eu mais do que ninguém entendo o que a grande maioria dessas famílias passam entre idas e vindas ao hospital. O Victor foi muito importante no processo final da minha mãe. Ele ajudou como pôde e até onde pôde.— Como vocês se conheceram?Olhei-o um pouco tensa.— Resumidamente... — Dei um gole no café. — Ele queria uma submissa e eu precisava de cuidados — disse com um pouco de medo da forma que ele entenderia isso.— Não estou aqui para te julgar, Maya. Estou aqui para te amar.Passando o braço por trás dos meus ombros, puxo
MayaParalisei por alguns segundos, já imaginando do que se tratava. Peguei a carta e sentei-me na cama.Querida Maya, meu eterno amor...Não sei se esta é a primeira carta que encontra. Se sim, por favor, me perdoe por mentir. Meu coração estava me matando, mas vê-la sofrer seria ainda pior. Quando nos casamos, prometi que seria sem mais dor. Sem mais sofrimento. Desculpe, eu falhei. Mas, no fundo, sabemos que esse momento chegaria. Mas confesso que achei que demoraria. Como Mary e Louise estão? Já sinto falta delas, assim como de Caleb. Dê a ele as minhas abotoaduras, todas elas. Diga às meninas que lamento profundamente não estar ao lado delas no primeiro e último dia de aula. Eu sonhava com esse momento. Mas sei que você aproveitará por mim. E sim, querida, existem outras cartas, mas não as procure. Preparei para que você as encontrasse no momento certo. Quando será? Não sabemos. Mas espero que não leve anos para encontrá-las. Principalmente essa. Para mim, ela é a mais importan
GusSegui para o quarto onde no armário apanhei um rolo de corda vermelha e um chicote preto de cabo rígido e ponta de couro. Ao retornar para a sala, a encontrei de pé, sem o sobretudo. Ela estava linda de morrer com um lingerie delicada e meias com sinta liga, calçando saltos extremamente finos e altos. Mas havia me desobedecido.Aproximei-me dela, jogando a corda sobre o sofá. Apanhei a ponta da guia e enrolei-a toda na minha mão, puxando Maya na minha direção, mantendo a minha submissa em rédeas curtas. Encarei-a com firmeza e ela sustentou o meu olhar. Desafiadora. Gostei.— Por que me desobedeceu, cadelinha?— Desculpe, meu Senhor.— Será punida por isso. — Seus olhos brilharam ansiosos. — Vire-se de costas e apoie as mãos nos joelhos! — Usei um tom mais rude.Soltei a guia e ela obedeceu-me imediatamente. Sua bunda é linda. E com certeza a foderei mais tarde.Sem esperar mais, ergui o chicote e desferi-o contra a sua nádega, usando de toda a força que possuía no braço. Ela grun
GusDeixei a vibração leve por um tempo. No começo, parecia gostar. Depois, ela logo se deu conta de que com tão pouco atrito, não conseguiria gozar e isso a gerou frustração. O seu olhar mudou e a inquietação se tornou mais intensa. Ela também começou a perceber que quanto mais se mexia, mais os laços nas coxas se apertavam. Maya gemia em plena agonia.Aumentei duas vezes a velocidade, vendo sua face relaxar e os lábios esboçarem um sorriso. Os gemidos se tornaram mais altos. Mas, novamente, ainda não era o suficiente para um orgasmo.Olhando cheia de súplica, ela implorou por mais. Aumentei novamente a vibração e ela começou a se contorcer. Os dedos dos pés se contraíram e ela logo gozou, quase aos gritos. Com mão livre, acariciei meu pau que latejava louco para entrar nela.Maya olhou-me, esperando que eu desligasse o vibrador, mas não fiz. Elevei a vibração ao último nível, fazendo-a gritar de verdade. Após o orgasmo, o clitóris fica sensível. E se um homem souber como, ele está a
Maya— É o Augustus! — anunciou Mary.Ao caminhar pelo corredor, olhei em direção à entrada. A figura alta, morena e imponente do cara mais irritante surgiu ao passar pela porta. Ele olhou para mim e sorriu. Eu sorri de volta, sentindo o meu coração bater forte e quente outra vez.— Estão prontas? — ele perguntou.— Estamos.Entramos no carro e dirigimos em busca da nossa árvore de Natal. Depois de comprá-la, levamos para casa e a decoramos, juntos. Louise surgiu com novas fotos, nas quais estava Gus. Penduramos todas elas e, então, colocamos a estrela no topo.Quando a noite chegou, Augustus levou-me para jantar. Mas, antes de chegar no local, ele vendou-me. Ao chegarmos, ajudou-me a caminhar, alertando sobre os obstáculos no caminho. Subimos alguns degraus e depois caminhamos um pouco mais. Eu já estava levemente tonta.— Onde estamos indo, Gus? — perguntei.— De repente não confia mais em mim de olhos vendados?Ri.— É claro que confio. Só estou ansiosa. Achei que íamos comer, esto
GusAbri a porta de casa e logo os meus ouvidos se encheram com a discussão acalorada que acontecia entre Mary e Louise. O motivo do desentendimento era uma saia, a qual pertencia a Mary e Louise a usou sem a sua permissão.Pendurei o casaco no hall de entrada e retirei os sapatos. Passei por elas na sala de estar, sem me intrometer na briga de pré-adolescentes, e caminhei em direção à cozinha, onde Maya cortava legumes sobre a bancada.— Há quanto tempo está rolando essa briga?— Que briga? — ela perguntou, sorrindo.Parei logo atrás dela e repousei a mão na sua cintura, beijando o seu rosto em seguida.— Aquela onde duas garotas de doze anos brigam por uma saia.— Eu não estou ouvindo nem uma briga — falou em um tom humorado.Ri. Às vezes é mais fácil ignorar certas discussões das meninas do que se intrometer nelas. Maya era muito boa em fazer isso.— Okay. Então eu também não ouço nada. — Abracei-a.— Como foi o dia?— Cansativo. Passei as últimas sete horas em cirurgia. Não sinto
GusAssim como já havíamos percebido, Mateo tinha pressa em conhecer o mundo. As sete semanas se resumiram em cinco. As contrações começaram no meio da noite, acompanhadas de um sangramento preocupante, em um dia que eu estava em Portland para um seminário. Carson mandou que o helicóptero do hospital fosse me buscar enquanto Maya era levada por Teddy para o hospital. Quando enfim cheguei, ela já estava no centro cirúrgico. Eu me preparei e entrei. Fiquei todo o tempo ao seu lado. Não houve choro quando o pediatra anunciou que Mateo já havia sido retirado. Maya encarou o teto e apertou com mais força a minha mão, enquanto lágrimas desciam as têmporas.Beijei a sua testa e permaneci com os lábios em sua pele. Fechei os olhos, concentrando-me, e fiz aquilo que aprendi quando ainda era uma criança: rezar por um milagre de Deus.Então, em um instante, nossos ouvidos foram preenchidos por um choro agudo e forte. Maya e eu respiramos imensamente aliviados. Olhei em seus olhos, percebendo a m