Bella se afastou da barraca ainda muito preocupada com Liliam. Ela havia observado tudo, desde a flechada que a mulher levou até os momentos de desespero de Billy, e agora... Se depois de tudo isso ele ainda não soubesse o que sentia, então todos estariam perdidos.Aquilo não era apenas uma paixão recém-descoberta, era amor. Bella sorriu, jamais poderia ficar naquele meio. Agora, mais do que nunca, entendia: Liliam havia dito que não roubava o homem de outra, mas era exatamente isso que Bella havia feito. Por mais breve que tenha sido, roubou o homem de outra mulher.Graças a Deus que ela não estava mais com ele e, mesmo se ainda estivesse, depois de tudo isso não ficaria.— Bella, como está a nossa Lily? — Jake perguntou, preocupado, olhando para a barraca.— Ela ainda está muito mal, Billy deu um antídoto.Jake assentiu.— Graças a Miguel. Se ele não estivesse carregando aquilo, estaríamos perdidos. — O cowboy suspirou. — Vamos torcer para dar certo. É melhor você não ir para o outr
Foi a noite mais longa da vida de Hael. Ele só se afastava de Liliam quando sua bexiga doía demais, mas logo retornava. Enquanto o antídoto fazia efeito, ela delirava, chamando por ele aos gritos, chorando e se contorcendo. Assistir a isso foi um tormento. Ele sofria a cada instante com ela.Às vezes, derramava lágrimas silenciosas. Outras, se mantinha firme, apenas segurando sua mão e sussurrando palavras de conforto, garantindo que estava ali.Liliam transpirava tanto que seus cabelos ficaram úmidos, as roupas grudavam em sua pele. Era um bom sinal—o veneno estava deixando seu corpo. Hael teve que trocar sua camisa duas vezes. Da última vez, Isabella o ajudou. Por mais que seu olhar sobre Liliam houvesse mudado completamente, ele a respeitava demais para fazer algo sozinho. Se fosse necessário, faria, mas agradecia imensamente por ter outra mulher por perto.Bella limpou Liliam com um pano úmido e trocou suas roupas íntimas. Durante esse tempo, Hael saiu rapidamente da barraca, perm
Hael abriu os olhos rapidamente. Não sabia por quanto tempo tinha dormido, apenas sentiu Lily se mexer ao seu lado. Quando olhou para baixo, encontrou aqueles olhos lindos e brilhantes, as pupilas dilatadas.— Que sonho engraçado… Por que não está me agarrando? — Ela perguntou, fazendo um leve biquinho.Sonho?— Querida, você está bem? — Hael perguntou com a voz rouca de sono, afagando os cabelos dela.— Estou mais do que bem… — Ela mordeu os lábios com um sorriso travesso. — Por que não está me beijando? Quero você!— O quê? — Ele a olhou, confuso. — Você não está sentindo nada estranho?— Ah... estou, sim... — Ela riu, maliciosa.De repente, Lily montou sobre ele e colou seus lábios nos dele, rasgando sua camisa com um movimento rápido. Os botões voaram para todos os lados, e os olhos de Hael se arregalaram. Ele segurou a cintura dela com cuidado, tentando detê-la.— Querida, calma. — Virou o rosto, sentindo os beijos dela descerem para o seu queixo e pescoço, deixando sua pele arre
Liliam acordou com uma leve dor de cabeça. Sentou-se na cama e percebeu o que estava vestindo — aquela camisa não era dela. Ela cheirou a roupa e sentiu o perfume de Minho, enquanto observava suas pernas expostas sob a manta.Mas o que aconteceu?Uma leve ardência no braço a fez recordar o ataque do bando do primo, a flecha que se aproximava de Minho, e o momento em que ela se atirou na frente dele.Levantou a manga da camisa e viu o braço enfaixado. A dor e a sensação de quase morrer vieram à tona com força. Liliam não conseguia lembrar nada depois daquele instante. Olhou ao redor da barraca, notando que não estava em seu próprio lugar e que o cheiro de Minho dominava o ambiente.Ela soltou um suspiro, tentando entender o que aconteceu.— Ah... Liliam! — Minho exclamou ao entrar, deixando cair a tigela com frutas. Sua expressão era uma mistura de alívio e outra coisa, a testa franzida e os lábios entreabertos.Ele é tão lindo! E estava fazendo uma carinha tão fofa, que Liliam quase s
Sentindo-se limpa e totalmente renovada, Lily vestiu suas roupas, deixou os cabelos úmidos soltos e saiu da barraca de Minho.Assim que saiu da barraca, alguém a pegou no colo pela cintura e a girou. Seu corpo relaxou ao perceber que era Ryder.— Você está bem... — Ele parou e a abraçou com força. — Fiquei com medo de perder você.— Estou bem. — Ela riu, fazendo um carinho no rosto dele.— Ah, eu recolhi isso para você. — Ryder disse, mostrando um galhinho de lírio branco e prendendo-o na orelha dela. — Você está linda.— Estou? — Ela fez uma pose, ouvindo a risada dele.Ryder concordou, acariciando o rosto dela com a palma da mão. Os olhos de Lily caíram para Minho, que estava ao lado de Jake, um pouco distante. Seu olhar estava sério, e ele tinha uma mão sobre a calça enquanto segurava um cigarro com a outra. Observava Ryder como se fosse matá-lo a qualquer momento.Eu hein!Qual o problema dele?Ela também percebeu que ele usava o pano sobre o pescoço para esconder o chupão.Bella
Era tarde enquanto eles ainda cavalgavam, alguns homens cantando, outros conversando. Eles estavam quase em El Paso. Não haviam parado à noite e continuaram o caminho. Assim que entrassem na cidade, iriam direto para a fazenda. Sem Alma havia enviado uma carta dizendo que a fazenda pertencia a ela, o que era melhor do que ficar no Saloon. Bella iria adorar ter um pouco mais de conforto, depois de semanas dormindo em colchão duro e sentindo areia por todo lado. Ela observou Minho um pouco distante. Depois do que aconteceu na carroça, ele não se aproximou mais, o que a aliviava bastante, pois a conversa com Ryder a deixou completamente encabulada. Durante a noite inteira, tentou se lembrar do que ele havia dito, mas nada vinha à mente. Sua cabeça ainda estava cheia de imagens nebulosas. Bebeu um pouco de água, sentindo a garganta seca. Então, uma lembrança surgiu inesperadamente: ela, em cima de Minho, se esfregando nele e implorando para ele a comer, outra de si apertando... — Ah, me
Lily abriu a porta do grande estábulo da fazenda. Estava vazio, mas tudo estava arrumado. Eles colocaram seus cavalos nas baias vazias.— Podemos deixar Raio e Tempestade juntos, o que acha? — Minho perguntou ao lado dela, enquanto os outros saíam.— Por quê?— Eles passaram muito tempo separados, só se dão um com o outro, se conhecem melhor do que ninguém. É óbvio que se amam muito. — Ele disse simplesmente. — Quem sabe agora eles finalmente cruzam?Aquilo soou diferente. Ele estava falando dos cavalos ou...?Lily riu e o encarou com uma careta.— Isso é engraçado. Você achava estranho isso antes, e agora quer? — Lily deu um tapinha nas costas dele. — Quem diria, o que uma mulher não faz com um homem, hein? Você está mudado.Minho deu um sorriso aberto para ela, seu coração disparou em resposta.— Pois é, você acertou em cheio, pistoleira. Uma mulher está me deixando louco por ela. Quem diria que eu ia sentir isso? Agora estou completamente amarrado.As mãos de Lily tremeram enquanto
Hael sabia que seu primeiro beijo com Lily seria intenso, mas não imaginava o quanto. Se pudesse descrever a sensação, diria que era exatamente como ela: charmosa, sexy, selvagem e incrivelmente avassaladora.Ele não pensava em mais nada além daqueles lábios carnudos, daquela língua tocando a sua de forma tão erótica e daquele corpo delicioso pressionado contra o seu.Sua mulher era um vulcão em erupção. Assim como ele.Eles mudaram o ângulo do beijo, aproveitando ao máximo cada segundo. Hael explorava cada cantinho da boca dela, suas línguas se enroscavam no mesmo ritmo, e os suaves gemidos que Lily soltava o deixavam ainda mais excitado, a ponto de não querer parar.Ele chupou a língua dela, e suas mãos desceram para apertar as nádegas redondas — algo que já queria fazer há muito tempo. Hael vinha secando aquela bunda apertada nas calças sempre que podia e agora, tocando-a através do tecido fino da camisa, sentiu a maciez da pele dela. E, para sua surpresa, não havia nada por baixo.