Ele está de olho em mim

MARTINA 

De repente o meu Coração adota um ritmo frenético, tão que me custava respirar. Sinto as pernas fraquejarem a cada batida e todo o meu corpo pesado, tão pesado que não aguentava mais manter-me de pé. Um arrepio se apodera de mim e sinto-o da coluna até o meu rosto que com certeza está vermelho...

Como um homem mau, perversor e podre por dentro é tão lindo por fora? A sua presença foi capaz de deixar-me estática e com o coração a mil por hora. Nunca me deixei intimidar por ninguém... Principalmente homens! Mas com ele é diferente, Ettore não é um simples homem! É um assassino e Criminoso.

Sem dizer nada, pego minha blusa que estava jogada no chão e saio de lá quase correndo. Evito contacto visual com ele, só Deus sabe o que já faz por desobedecerem suas ordens.

Caminho em passos largos sem olhar para trás. Eu não entendo como esse homem conseguiu intimidar-me apenas com sua presença! Ele não precisou fazer qualquer movimento ou sequer proferir uma só palavra!

Como um homem conseguiu intimidar-me de tal forma só com o olhar? Se continuar assim, melhor abandonar a missão!

Enquanto caminho, aproveito vestir rapidamente minha blusa. Foi um erro ir até essa cachoeira! Como eu sou tola! Estou aqui para vigiar e nem notei que Ettore está na mansão! Como vou sobreviver se continuar distraída?

Entro na mansão pelas portas dos fundos—é aí onde os empregados entram—enquanto ando não noto e esbarro contra um homem.

—Me desculpe! — Ele fala. Ergo o rosto e vejo um homem vestido com um terno preto bem alinhado em seu corpo. Ele tinha cabelos castanhos como o café, curto até a orelha. Seus olhos são castanhos escuro e sua expressão não era dura como pedra, era mais suave e simpática.

Eu não sabia quem era e não queria saber! Ignoro sua presença e continuo a andar, ando mais um pouco e vejo Daniele saindo de um dos quartos com o cabelo bagunçado e o vestido amarrotado. Olho para trás e vejo o homem se afastando em passos lentos, com as mãos no bolso... Franzo a testa sem comentar, mas percebendo tudo!

Olho para os dois e depois sigo o meu caminho, seja lá o que eles têm, não é do meu interesse! Pelo menos ainda não.

Já era hora do jantar, visto meu uniforme de doméstica e após tomar um duche saio do quarto. Eu ainda nem tinha feito um dia longe da minha mãe, mas já estava com saudades. Chego até sentir saudades dos, seu resmungo.

Anna, a governanta, explicou-me como devo servir. Não posso fazer barulho e evitar o contacto visual com as pessoas que estiverem na mesa. Após terminar de servir, devo esperar a ordem para que me retire, enquanto não disserem nada, tenho que ficar parada como uma estátua — Não será difícil fazer isso.— sussurro para mim mesma.

Não tenho mais o elástico que uso para prender o cabelo e não deu tempo para pedir a Daniele, então tive que prender o cabelo numa trança mal feita.

Após explicarem-me tudo, caminho até a sala de Jantar com uma jarra de água para despejar nas tigelas de metal "banhadas" de ouro, onde eles lavarão as mãos. Contando com a fortuna dessa família, é possível serem tigelas banhadas de ouro.

Quando chego na sala, encontro uma senhora de meia-idade com cabelos grisalhos-mas muito elegante - sentada na cadeira à direita de Ettore que estava no centro da mesa. Tinha também o mesmo rapaz que esbarrei a pouco. Havia uma menina de cabelos escuros que não parava de mexer no celular e outra que lia um livro, as duas são muito parecidas com a mesma cor de cabelo.

Olho para Ettore e nesse momento ele está com seu olhar penetrante fixos em mim. Engulo a seco, o que será que está a pensar?

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